Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

Reunião do Soviet de Petrogrado em 1917

A Revolução Russa: expressão mais avançada de uma onda revolucionária mundial.

Diretas Já

Luta por dias melhores

sábado, 22 de agosto de 2020

A crise de Bayeux passa e a direção do SINTRAMB fica MUDA e CALADA. Pq será???


Alguns setores políticos de Bayeux, especialmente os ligados à atual prefeita Luciene de Fofinho e de seu vice, Adriano Martins, além do grupo político do ex-prefeito Berg Lima que, após algumas indicações do secretariado da nova prefeita, mantêm-se presente na Prefeitura da cidade, dão por encerrada a crise política que esta viveu recentemente, iniciada justamente com a prisão em flagrante de Berg Lima, em 05 de julho de 2017, no restaurante Sal & Pedra e, segundo estes, "concluída" em 19 de agosto deste ano, com a eleição indireta da vereadora pedetista. Tal crise, portanto, teria durado 3 anos, 1 mês e 14 dias. 

Porém, como já abordamos em artigo recente, tal crise apenas mudou de "cara" (http://antonioradical.blogspot.com/2020/08/a-crise-politica-de-bayeux-parece-nao.html). Ela aparece agora na figura da nova prefeita eleita, Luciene de Fofinho, tendo o causador desta, Berg Lima (PL), "escondido" numa articulação poderosa , que envolve pessoas e partidos que continuam na Prefeitura de Bayeux pelos próximos 4 meses, ao menos. E isso já se faz transparecer em alguns nomes que compõem o secretariado da nova "comandante" municipal.

Em toda a crise política anteriormente citada, verificamos no mínimo, 11 datas importantes que se estabeleceram no período para relembrarmos o andamento dessa triste e lamentável jornada que ocorreu em Bayeux neste período e que, de certa forma, paralisou a cidade, politica, econômica e socialmente. Senão, vejamos, pela ordem: 

05/07/2017 - Início da crise. Prisão em flagrante de Berg Lima no Restaurante Sal & Pedra pelo        Gaeco;

06/07/2017 -  Posse do vice-prefeito Luiz Antonio (PSDB) como novo prefeito de Bayeux;

24/10/2017 - Divulgação de vídeo de Luiz Antonio pedindo propina a empresário local, causando novo escândalo político na cidade;

20/03/2018 - Justiça determina afastamento de Luiz Antonio da Prefeitura de Bayeux;

21/03/2018 -  Vereador Mauri Batista, conhecido como Noquinha (PSL), toma posse como 3º prefeito de Bayeux;

04/04/2018 - Luiz Antonio é cassado pela Câmara Municipal de Bayeux;

19/12/2018 - Justiça determina retorno de Berg Lima à Prefeitura de Bayeux;

20/05/2020 - Justiça determina novo afastamento de Berg Lima (agora, no PL), da Prefeitura de Bayeux;

21/05/2020 - Vereador Jefferson Kita (Cidadania) toma posse como 4º prefeito de Bayeux;

14/07/2020 - Berg Lima entrega sua carta-renúncia na Câmara Municipal;

19/08/2020 - Luciene de Fofinho (PDT) é eleita, indiretamente, prefeita de Bayeux e toma posse na Câmara. É a 3ª mulher a ser prefeita na cidade, a 1ª liderança política a ser eleita de forma indireta e a 5ª figura que ocupará a Prefeitura em menos de 4 anos de mandato. 

Em todos esses momentos políticos importantes, que marcaram a vida de toda uma cidade, de todo um povo e, consequentemente, da categoria dos/as servidores municipais de Bayeux, da qual este que vos escreve faz parte desde 2004, nossa entidade representativa, a partir de sua direção sindical, não fez absolutamente NADA sobre isso. Em nenhum momento, se viu o grupo político que está na direção do SINTRAMB mexer-se politicamente para mobilizar nossa categoria para aproveitar os vários momentos que se criaram durante esta crise causada pelo dublê de ativista cultural/prefeito e sua "tropa de choque" à frente da Prefeitura para, com isso, colocar os/as servidores/as e o sindicato em evidência e tirar proveito de tudo isso para a categoria.

O que vimos, infelizmente, foi um sindicato perder força política com o passar dos anos a ponto de não ser mais reconhecido na cidade, ao contrário de anos atrás. Ao ponto do ex-prefeito Berg Lima, que passou meses na cadeia, recusar-se a receber a direção do SINTRAMB e esta não ter a capacidade de impor-se (politicamente) e rebater tal audácia de um gestor que não tinha - e nunca teve após o lamentável episódio do Sal & Pedra - condição moral de "peitar" algo ou alguém. 

Aliado a tudo isso, assistimos também setores de nossa categoria perderem direitos históricos, conquistados com muita luta, com a direção do "MUDA SINTRAMB" não tendo a capacidade de responder sequer através de uma nota de repúdio à atitude da Prefeitura por conta do ocorrido. Foi assim quando o então prefeito interino Noquinha, de uma canetada, acabou com as eleições diretas para diretores/as escolares em nossa cidade, conquista obtida com a categoria mobilizada nas ruas e nas escolas durante anos e que levou, inclusive, a atual presidente do SINTRAMB, Germana Vasconcelos, a ser diretora eleita da EMEF Ruy Carneiro. Mas, parece que ela "esqueceu" isso.....

Mas, não foi apenas isso que os servidores municipais perderam com a inanição do sindicato durante a crise política em Bayeux durante os pouco mais de 3 anos. A categoria, especialmente o pessoal de apoio, perdeu o direito de receber o direito às férias de forma automática, tendo que requerer isto de forma manual à sua secretaria e, neste caso, quando tal direito não era concedido pela Administração, este acumulava e o servidor acabava perdendo.

Poderíamos elencar mais alguns fatos acerca disso, mas tudo resume-se àquilo que já tratamos em outro artigo, feito em janeiro de 2017 (http://antonioradical.blogspot.com/2017/01/sintramb-de-um-sindicato-classista-de.html). Na ocasião, afirmávamos que o SINTRAMB transformara-se em um "departamento sindical da Prefeitura de Bayeux", por conta da atuação da direção sindical do "MUDA SINTRAMB", que havia sido eleita meses antes e que tinha já dois de seus membros indicados como figurantes da Administração Municipal: o Tesoureiro da entidade tornou-se Secretário da Segurança (o GCM Coelho) e o Secretário de Comunicação do SINTRAMB tornou-se Diretor de Vigilância (Joselito Mendonça). Mais tarde, outros 3 dirigentes sindicais também integraram-se à estrutura oficial da Prefeitura: Assis Trajano tornou-se Diretor da Policlínica Benjamin Maranhão; Amaury Galdino virou Diretor da Policlínica Geraldo Santana; e Epitácio Araújo foi "rondante", como chamam. Tudo isso porque, caso tenha alguém que não se lembre, Coelho e "a turma da Guarda Municipal" que ele articulava fez a segurança pessoal do candidato Berg Lima na campanha eleitoral em 2016. Isso repercutiu quando este tornou-se diretor do SINTRAMB e, por tabela, a gestão como um todo. Só não vê quem não quem quer!!!

Assim, com mais um episódio dessa crise política se configurando, Germana, Camila e Daniel, que formam o tripé de sustentação do grupo do "MUDA SINTRAMB", que está à frente do SINTRAMB desde julho/2016, a entidade representativa dos servidores municipais de Bayeux precisa, definitivamente, se posicionar acerca do grave momento porque passa a cidade. E isso não significa emitir uma nota, apenas. É preciso adotar medidas efetivas, concretas em defesa da categoria que estes/as que dizem dirigir a categoria dos servidores municipais. Fazer muito mais do que negociar migalhas em torno da "Reforma da Previdência Municipal", que só faz adiar os prejuízos para nós, servidores/as municipais!!!

 




A crise política de Bayeux parece NÃO ter fim.....



As "raposas" políticas costumam dizer que "a política é dinâmica", chavão muito usado há anos e que se utiliza muito para justificar as práticas oportunistas, fisiológicas, demagógicas e tudo de ruim que, infelizmente, estamos acostumados a perceber na maioria dos nossos políticos, espalhados pelo Brasil afora.

Em Bayeux, infelizmente, isso não foge à regra. Em 19 de agosto, na última quarta-feira, a cidade viveu um processo eleitoral indireto, aonde os/as 17 vereadores/as da cidade votaram e elegeram a também vereadora, Luciene de Fofinho (PDT), a nova prefeita do 5º município paraibano que mais arrecada impostos na Paraíba e um dos maiores colégios eleitorais do Estado, tendo como vice o também vereador, Adriano Martins, do MDB. Luciene recebeu de seus pares 13 dos 17 votos possíveis!!!

Em 20 de agosto, neste mesmo espaço, fizemos um artigo sobre isto, aonde afirmávamos (e reforçamos) que a principal tarefa da nova prefeita de Bayeux era "resgatar a autoestima de um povo que, ao longo dos últimos 4 anos, foi bastante castigada, graças à desastrosa gestão do ex-prefeito Berg Lima (eleito pelo Podemos em 2017, hoje no PL) e de seus sucessores no comando do Executivo Municipal da cidade (...)" (http://antonioradical.blogspot.com/2020/08/luciene-de-fofinho-e-nova-prefeita-de.html). Afirmávamos ainda, no mesmo artigo, que Luciene precisava dissipar um boato que circulava na cidade desde a pré-campanha dela na eleição indireta, de que seria a "candidata laranja" de Berg Lima à Prefeitura (já que este havia renunciado, dando origem a este processo eleitoral inédito em Bayeux até então). E que, em nossa opinião, havia uma forma dela acabar com este boato, agora na Prefeitura: dependendo da forma de como será composto seu secretariado. E é sobre isso que trataremos a partir de agora.

Luciene de Fofinho, efetivamente, já começa a trabalhar como a nova prefeita de Bayeux. Já designou algumas pessoas que irão trabalhar junto a ela nos próximos 4 meses no comando da Prefeitura de Bayeux. De início, ela afirmou que convocaria para isso pessoas de Bayeux. Até aí, nada demais. Trata-se de um critério pessoal, do qual não avaliaremos. Porém, analisaremos os critérios políticos!!!

Dos nomes que já estão confirmados na equipe de Luciene de Fofinho, dois nos chamam a atenção. São eles: o advogado Aécio Farias, nomeado novo Procurador Geral do Município de Bayeux (mais uma vez) e Diego Medeiros, indicado para ser o novo superintendente (ou diretor, não sei qual a nomenclatura correta) do IPAM (mais uma vez, assim como Aécio Farias na Procuradoria).

Reafirmando: estou a analisar a questão política, nada pessoal contra os dois nomes e suas respectivas indicações. Mas, não custa relembrar: Aécio Farias foi advogado de Berg Lima em suas causas e Diego Medeiros, atualmente (até o dia 31/12 deste ano) é presidente municipal do PL/Bayeux, tendo como seu vice na organização partidária, o ex-prefeito Berg Lima. Apenas isso. Preciso explicar algo mais???

Estas nomeações deixam claro, para todo bom entendedor, que a figura de Berg Lima não está completamente afastada da Prefeitura de Bayeux, infelizmente. E, se isso não ocorre, o povo trabalhador, honesto e decente da cidade não tem certeza disso, não pode dormir tranquilo. Muito menos os/as servidores/as municipais, especialmente aposentados/as e pensionistas. Entrevistado por "Careca tá de olho" em frente ao IPAM, Diego Medeiros afirmou que "estava retornando àquela casa para botar tudo em ordem". Como assim, "botar tudo em ordem", se no período que ele e Berg Lima estavam na Prefeitura, aposentados e pensionistas ficaram dois meses sem receber seus salários??? Tal afirmação deixou esse pessoal de "cabelo em pé"!!!

Quanto aos demais nomes já confirmados por Luciene de Fofinho, não me atrevo a fazer avaliações acerca de suas ligações políticas em Bayeux, mas algumas considerações. Por exemplo: o novo secretário de Segurança nomeado pela prefeita, Thalles Trajano, foi Corregedor dessa mesma secretaria quando do 1º mandato de Berg Lima (antes deste ser preso em flagrante pelo Gaeco) e, naquele curto período, notabilizou-se por ser um exímio perseguidor dos vigilantes da cidade de Bayeux, naquela ocasião. Espero que não repita, nestes quatro meses, a mesma situação.

Este, definitivamente, NÃO é um bom começo para um mandato de 4 meses de Luciene de Fofinho e suas pretensões para novembro próximo. A preço de hoje, a crise política de Bayeux, que iniciou-se em 05 de julho de 2017, por conta de Berg Lima, parece não ter acabado, apenas ganhou mais alguns meses. Infelizmente............



quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Luciene de Fofinho é a nova prefeita de Bayeux. Crise política acabou???



A vereadora Luciene Gomes, popularmente conhecida como Luciene de Fofinho, do PDT, foi eleita nesta quarta-feira, 19 de agosto do corrente ano, a nova Prefeita da cidade de Bayeux. Ela já está na História da cidade que, em 15 de dezembro próximo, completará 61 anos de sua emancipação política: é a terceira mulher a governar a cidade (antes, tiveram esta condição Severina Freire de Melo - conhecida como Dona Niná -, esposa do também ex-prefeito e líder político de Bayeux, Lourival Caetano em 1976; e Sara Cabral, em 2001). Além disso, Luciene torna-se o primeiro político da cidade a ser eleita em um pleito indireto, realizado na Câmara Municipal de Bayeux, através do voto dos/as 17 vereadores/as, dos quais ela obteve 13, contra 2 dados ao então prefeito Jefferson Kita (Cidadania) e outros 2 dados ao vereador Roni Alencar (PMN).

Bayeux situa-se na Grande João Pessoa e possui cerca de 100 mil habitantes, tornando-se um dos maiores colégios eleitorais da Paraíba. É também um dos municípios de maior PIB do Estado e o 5º maior arrecadador de impostos. Porém, apresenta muitos problemas, como uma alta densidade demográfica e falta de saneamento básico, sem falar na precariedade dos serviços públicos espalhados pela cidade, como inúmeras ruas sem calçamento, escolas municipais e postos de saúde sucateados, com população desassistida nestes espaços, aonde costuma-se faltar o mais elementar dos serviços. Isso ocorre há anos, sem que se tenha uma solução a curto e médio prazo.

Isso são alguns dos desafios que Luciene de Fofinho enfrentará em pouco mais de 4 meses à frente da Prefeitura de Bayeux. Porém, seu maior desafio como nova prefeita da cidade, mesmo que eleita indiretamente, será resgatar a autoestima de um povo que, ao longo dos últimos 4 anos, foi bastante castigada, graças à desastrosa gestão do ex-prefeito Berg Lima (eleito pelo Podemos em 2017, hoje no PL) e de seus sucessores no comando do Executivo Municipal da cidade - Luiz Antonio (PSDB), Noquinha (PSL) e Jefferson Kita (Cidadania). Não custa relembrar que, entre os mandatos de Noquinha e Kita, Berg Lima retornou à Prefeitura de Bayeux por determinação judicial, tendo sido novamente afastado, em maio deste ano. Luciene de Fofinho torna-se, assim, a 5ª pessoa a ocupar um 6º mandato na principal cadeira do Executivo bayeuxense desde janeiro de 2017. É mais um capítulo da crise política que assola a cidade desde quando Berg Lima foi preso em flagrante pelo Gaeco em 05 de julho de 2017 e iniciou toda essa lamentável e triste história neste município paraibano.

Desde quando aventou-se a possibilidade de ocorrer eleições indiretas em Bayeux, ocorreram duas coisas: primeiro, uma "chuva" de ações judiciais tentando protelar e/ou impedir a realização destas eleições na cidade, algumas partindo do então prefeito Jefferson Kita; outras, vindas de candidatas que teriam sido impedidas de concorrer ao pleito. Tais disputas chegaram até ao STF, tendo sido negadas pela mais alta Corte Judiciária do nosso país, o que assegurou sua realização na tarde do dia 19/08 deste ano, garantindo a eleição da chapa Luciene de Fofinho (PDT)/Adriano Martins (MDB) para a Prefeitura Municipal até o final de 2020. 

Outra coisa que ocorreu durante todo o processo que permeou as eleições indiretas em Bayeux se deu via redes sociais. Circulou nestas o boato (que, até agora, não se tem comprovação disso) de que Luciene de Fofinho teria feito um acordo político com o ex-prefeito Berg Lima para esta ser sua candidata neste processo e, desta forma, em ela sendo eleita, o grupo político de Berg Lima poder ocupar alguns cargos no seu futuro governo. Explicando melhor a situação: as eleições indiretas em Bayeux só tornaram-se possíveis porque, em 13 de julho deste ano, Berg Lima entregou, na Câmara Municipal da cidade, sua carta-renúncia. Desta forma, abriram-se as vacâncias nos cargos de prefeito e vice-prefeito, que só poderiam ser preenchidas por meio de escolha indireta, conforme determina a Lei Orgânica do Município, através de uma Emenda que foi votada por unanimidade pela Casa Severaque Dionísio em 2019, através de iniciativa da vereadora Luciene de Fofinho.

Este boato, como afirmamos, até agora, não foi confirmado. Possivelmente, nunca será. Porém, a nova prefeita de Bayeux tem uma chance de afastar completamente das mentes e convicções de todos/as bayeuxenses as suspeitas acerca dessa questão nas próximas horas. Basta ver como Luciene de Fofinho comporá o seu secretariado. Esta composição balizará, definitivamente, sua forma de atuação nos próximos meses e de que lado ela se encontra. Ela tem, portanto, uma chance de ouro, inicial, para mostrar a toda Bayeux, para que veio. Ou não!!!


quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Marx estava certo (pra variar)



O revolucionário Karl Marx possuía várias máximas em sua vida militante. Uma delas, das mais famosas, é quando este afirma: "A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda, como farsa". Infelizmente, podemos verificar e constatar a veracidade desta afirmação quando observamos a votação ocorrida na Assembleia Legislativa, na quarta-feira, 19/08, acerca do 2º turno da PEC nº 20/2019, popularmente conhecida como "Reforma da Previdência Estadual" de João Azevedo (Cidadania). Nesta votação, o placar ocorrido repetiu o que havia sido assistido pelos servidores públicos estaduais e suas entidades no dia 12 de agosto. Exatamente 24 deputados/as estaduais votaram com o governo que, por sua vez, repetiu o que o governo Bolsonaro fez com sua "Reforma da Previdência" e deu seguimento ao já aprovado PLC nº 12/2019, no início deste ano.

A "Reforma da Previdência Estadual" de João Azevedo define regras de transição, aumenta tempo de contribuição, de serviço e idade mínima para mulheres (de 55 para 62 anos de idade) e homens (de 60 para 65 anos de idade), além de propor a criação de uma taxa extraordinária dos servidores públicos ativos, aposentados e pensionistas, caso seja apresentado déficit na previdência (https://parlamentopb.com.br/reforma-da-previdencia-estadual-e-aprovada-na-assembleia-legislativa/).

Entre os vários/as deputados/as que votaram com o governo na "Reforma da Previdência Estadual" e, portanto, contra os servidores públicos, estão Jeová Campos (PSB), que construiu sua carreira nas lutas sociais, desde o movimento estudantil; e o pré-candidato a prefeito de Campina Grande pelo PCdoB, Inácio Falcão.

Este merece um registro especial. Quem acompanha minimamente a história política de Campina Grande nos últimos anos, sabe que Inácio Falcão não possui nenhuma relação com as lutas da classe trabalhadora da cidade e da Paraíba. Ao contrário, tem uma estreita ligação com os grupos políticos tradicionais, de direita, inimigos dos trabalhadores, como Cunha Lima, Vital do Rego, os Ribeiro, dentre outros. Porém, neste processo eleitoral, surge como o "candidato das esquerdas", apoiado pelo Fórum Pró-Campina, um organismo supra-partidário que reúne partidos como PT, PDT, PSB, REDE, PSOL, além do próprio PCdoB na "Rainha da Borborema". A notícia da possibilidade da pré-candidatura do "comunista" Inácio Falcão já levou a artigos e notas de setores do PSOL/CG contestando o apoio de outros setores do partido local ao deputado Inácio Falcão à sua pretensão de suceder Romero Rodrigues (PSD) na Prefeitura de Campina Grande.

Inácio Falcão (PCdoB) e Jeová Campos (PSB) são dois dos 24 parlamentares estaduais que repetiram seus votos na "Reforma da Previdência Estadual" de João Azevedo. Para o conhecimento de todos/as, segue abaixo a relação completa daqueles/as que votaram CONTRA os/as servidores/as públicos/as estaduais:

Adriano Galdino - PSB/Branco Mendes - Podemos/Buba Germano - PSB/Caio Roberto - PR/Chió - Rede/Doda de Tião - PTB/Dr. Érico - Cidadania/Dr. Taciano Diniz - Avante/Edmilson Soares - Podemos/Eduardo Carneiro - PRTB/Felipe Leitão - Avante/Inácio Falcão - PCdoB/João Gonçalves - Podemos/Jullys Roberto - MDB/Júnior Araújo - Avante/ Lindolfo Pires - Podemos/Manoel Ludgério - PSD/Moacir Rodrigues - PSL/Nabor Wanderley - Republicanos/Pollyanna Dutra - PSB/Ricardo Barbosa - PSB/Tião Gomes - Avante/Wilson Filho - PTB.

Entre os/as que votaram NÃO à "Reforma da Previdência Estadual", encontramos (tanto na votação do dia 12/08 quanto no dia 19/08), divisões em partidos como PSB  e Cidadania, como alianças pontuais entre partidos de "esquerda" e alinhados com o bolsonarismo, como PT, PSL e Patriotas.

Marx, com a máxima que ilustra o título deste artigo, nos remete a não semearmos ilusões na democracia burguesa que vivenciamos, muito menos nos "lobos vestidos com pele de cordeiros". Precisamos verificar muito bem tudo isso e tirarmos as lições de mais esta tarefa que a História nos apresenta!!!





sexta-feira, 14 de agosto de 2020

PSOL de Campina Grande decide apoiar PCdoB à Prefeitura de Campina Grande e pavimenta construção de Frente Ampla na "Rainha da Borborema"











Em 04 de abril deste ano, neste espaço, fizemos um artigo analisando a "filiação democrática" do professor universitário e ex-presidente da ADUEPB, Nélson Júnior, que fora candidato do PSOL ao Senado nas eleições 2018, ao PCdoB (http://antonioradical.blogspot.com/2020/04/quando-o-cretinismo-parlamentar-e-o.html). Para nós, como o título do artigo já indica, tratava-se (e ainda avaliamos como tal), uma postura equivocada, recheada de aspectos eleitoreiros, oportunistas e típica de "cretinismo parlamentar", definido por Lênin, no início do século passado, nos idos da Revolução Russa.

Naquela oportunidade, em sua Carta Aberta, Nélson Júnior já indicava qual seria o futuro próximo do PSOL em Campina Grande. Afirmava ele em seu documento: "Diante da urgência do quadro nacional, ancorado por uma realidade cimentada no atraso e no conservadorismo das elites nacionais, a exemplo das oligarquias campinenses, entendo que os partidos de esquerda em Campina Grande (PSOL, PCdoB, PT e UP) devem construir a maior unidade possível para este processo eleitoral tanto na chapa majoritária, quanto na formação de chapas de Vereadores, que permita a esse espectro político eleger uma bancada de Vereadores em Campina Grande com foco na defesa dos reais interesses da população campinense, sem esquecer o debate dos grandes temas nacionais que atingem a nós todos", afirmava o militante da APS, que em tempos atrás, combatia o governo Lula e suas propostas de ataques às conquistas da classe trabalhadora.

Em nome de um atraso na consciência da classe, aonde ele se coloca meio que cansado em não querer mais lutar pelo avanço desta, Nélson Jr chama a "unidade" do que ele classifica como "partidos de esquerda" organizações que ele, ao longo de sua vida militante, combateu, como PCdoB e UP (antigo PCR). Além disso, apela para a necessidade de uma perspectiva puramente eleitoreira nesta "unidade" e enfatiza que esta deve se dar com base na "defesa dos reais interesses da população campinense", sem que se deixe de lado "o debate dos grandes temas nacionais que atingem a nós todos", conclui.

Belas palavras finais, que revelam (pelo menos, em tese) a chama de um lutador. Mas, apenas a chama. Porque a realidade já apagou a mínima fagulha que ainda havia. Basta ver o que o novo partido de Nélson Jr, PCdoB, está fazendo nesta pandemia do coronavírus (e até mesmo antes). Seja no Maranhão, seja no Congresso Nacional.

O PCdoB votou a favor, no Congresso Nacional, da entrega da Base de Alcântara para uso do governo norte-americano; votou a favor do "orçamento de guerra", votado em plena pandemia, para atender aos interesses dos grandes empresários (sob pretexto de combater o coronavírus), além de massacrar comunidades inteiras no estado nordestino, a exemplo do "Cajueiro", para atender uma empresa japonesa. Mas, segundo Nélson Jr e o PSOL, o PCdoB é um "partido de esquerda"!!!

A tática do ex-candidato a senador em 2018 pelo PSOL é simples. Segundo ele, filiar-se ao PCdoB deve-se ao fato do seu antigo partido não possuir, em Campina Grande, condições de eleger alguém à Câmara Municipal e, de acordo com este, o PCdoB reúne mais possibilidades de alcançar esta condição. Assim, a "filiação democrática" está justificada. Abria-se, assim, a justificativa do PSOL/CG de apoiar o PCdoB na cidade, como acabou ocorrendo.

A direção municipal do PSOL, em Campina Grande, divulgou uma Resolução Política, de nº 001/2020, aonde nesta defende a aliança em torno do nome do deputado estadual Inácio Falcão, do PCdoB, para ser o candidato apoiado pela legenda, à Prefeitura Municipal da "Rainha da Borborema" em novembro próximo. Mais: defende que Falcão deve ser o nome da"unidade" dos partidos que compõem o Fórum Pró-Campina, um organismo que, segundo o documento psolista, se reúne desde 2019 e unifica,além dos partidos já citados, o PT, PDT, REDE e PSB. Todos "na luta contra a extrema-direita, rumo ao enfrentamento ao bolsonarismo nas eleições 2022", afirma a direção do PSOL em sua resolução política. Com um detalhe muito importante: subscrita não apenas por sua direção, mas pelas principais correntes políticas da Regional, a "Primavera Socialista" (majoritária no partido) e a "Resistência Socialista", que tem como expoentes na cidade (e no Estado) os sindicalistas David Lobão e Sizenando Cavalcanti.

O que o PSOL/CG, Nélson Jr, as correntes internas psolistas e o deputado estadual Inácio Falcão (PCdoB) e pré-candidato deste partido e da "esquerda" em Campina Grande precisam explicar à classe trabalhadora campinense, paraibana, brasileira e quiçá mundial é como irão enfrentar a "extrema-direita e o bolsonarismo" aplicando o mesmo projeto destes. Explicamos: o ilustre "comunista" Inácio Falcão votou A FAVOR da "Reforma da Previdência Estadual" na Assembleia Legislativa, na última quarta-feira, 12 de agosto do corrente ano, numa PEC organizada pelo governo João Azevedo (Cidadania), que nada mais é do que uma cópia da "Reforma da Previdência" feita por Bolsonaro. Inácio Falcão portanto, votou contra os trabalhadores e servidores públicos estaduais numa "matéria que atinge a nós todos", como afirmou Nélson Jr em seu documento que anunciou o ingresso no PCdoB, no início desse ano. E aí, caro professor, como fica essa situação??? Para ilustrar ainda mais: bolsonaristas, nesta mesma votação, foram CONTRA a "Reforma da Previdência Estadual" de João Azevedo. E aí vai um parênteses bem grande: temos ilusões com estes??? Não, mas tal exemplo serve para demonstrar os limites da democracia burguesa e o cretinismo parlamentar (além de seu charlatanismo) que rodeia esta.

A construção da UNIDADE não pode se basear em cima de acordos eleitorais e eleitoreiros, apenas em possibilidades numéricas de quantas cadeiras haverão de ser ocupadas em parlamentos. A UNIDADE deve ser forjada na luta contra o sistema que explora e oprime a classe trabalhadora. Classe trabalhadora esta que PCdoB e PSOL, apenas para citar esses dois, em que Nélson Jr diz trafegar, afirmam representar. 

Defendemos a UNIDADE, mas esta que afirmamos acima, Para ser construída desde a base, a partir das lutas de nossa classe contra aqueles/as que nos exploram e oprimem para, através da democracia operária e da ação direta, edificarmos uma sociedade de novo tipo, com independência de classe, na defesa dos direitos e conquistas de nossa classe, sem tergiversações.





   

domingo, 9 de agosto de 2020

Brasil chega à lamentável marca de 100 mil mortes causadas pela Covid-19!!!


Neste sábado, 08 de agosto 2020, o Brasil alcançou a triste e lamentável marca dos 100 mil mortos atingidos pela disseminação da Covid-19 em terras tupiniquins. Fruto de uma politica inconsequente, negacionista e completamente errante (proposital, diga-se de passagem), levada à frente pelo governo Bolsonaro, desde quando surgiu no espectro mundial a figura do coronavírus em nossa sociedade. 

Inicialmente tratada como uma "gripezinha", depois como uma "histeria" da imprensa e governadores e, posteriormente, como uma "chuva", aonde todos/as podem pegar, Bolsonaro ainda tratou com desdém a morte de centenas de pessoas em todo o país ao fazer referência à parte de seu nome (Messias), quando se referia ao fato do país ter ultrapassado a China  em número de óbitos em 28 de abril deste ano, numa resposta à pergunta de um jornalista em frente ao Palácio da Alvorada. Ainda afirmou, em 02 de junho passado, em mensagem de conforto às famílias por seus lutos, que a morte de seus entes queridos por causa da Covid-19 "é o destino de too o mundo". Pense numa mensagem de conforto.....#sqn. Recentemente, após a verificação da possibilidade (cada vez mais iminente) do país chegar ao número de 100 mil mortos por causa da doença, afirmou em sua live de 06 de agosto, junto com o dublê de general e ministro interino Saúde, Eduardo Pazuello, que "a gente lamenta todas as mortes, vamos chegar a 100 mil, mas vamos tocar a vida e se safar desse problema". Como se isso fosse apenas mais um dado estatístico.....

Porém, infelizmente, muitas pessoas espalhadas por nosso país ainda não perceberam a gravidade do problema que estamos enfrentando, devido à falta de um atuação consistente dos Estados federal, estaduais e municipais no enfrentamento à Covid-19. Dizer que estão enfrentando a doença remetendo R$ 600 de auxílio-emergencial para os trabalhadores ou fornecendo cestas básicas para aqueles que estes julgam como vulneráveis é muito pouco diante da gravidade da situação que vivenciamos cotidianamente. Principalmente quando assistimos a extrema dificuldade de nossa classe em receber esses R$ 600 ou estas cestas básicas e, ao mesmo tempo, a ganância dos empresários de vários setores da economia em reabrir seus estabelecimentos comerciais às custas da superexploração dos/as trabalhadores/as que, graças ao presidente Bolsonaro, governadores de todos os partidos e deputados e senadores do Congresso Nacional, têm seus direitos mais elementares cada vez mais retirados em plena pandemia do coronavírus, ao mesmo tempo que os lucros dos patrões são cada vez mais ampliados no mesmo período. Graças a estes mesmos "senhores"!!!  

Como costumamos afirmar, "ainda não caiu a ficha" para o grosso de nosso povo sobre o gravíssimo momento que atravessamos por conta desta pandemia que vivemos, desde março deste ano. Segundo o neurocientista e coordenador voluntário do Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Consórcio Nordeste, Miguel Nicolelis, "a cada três dias caem duas torres gêmeas do World Trade Center, a cada dia caem três Boeings". Evidentemente, isso é uma equivalência. Mas, não deixa de ser um dado impressionante. Porém, as decisões tomadas pelo presidente Bolsonaro, por governadores e prefeitos em todo o país parecem ignorar tudo isso, como se nada disso existisse. E as pessoas seguem no mesmo ritmo, salvo raras exceções.

Quando pegamos a triste marca de 100 mil mortos existente no país e vamos à realidade, percebemos com mais dureza o que representa este número. Esperamos, com isso, fazer com que as pessoas comecem a verificar o que significa a Covid-19 e sua terrível consequência para nosso povo e, assim, a real necessidade para nos cuidarmos diante dela e exigirmos de nossos governantes políticas eficazes do combate a esta. Não dá para assistirmos notícias do tipo de que o TCE/PB constatou que o governo João Azevedo (Cidadania), em pouco mais de 5 meses de pandemia) só tenha investido pouco mais de 2% dos recursos enviados pela União para o tratamento da Covid-19 no Estado. É preciso se indignar com esta situação e exigir providências na resolução disto!!!

Voltando ao que vínhamos afirmando, a realidade do número de 100 mil mortos é extremamente dura, mas necessária de ser mostrada.

Quando trazemos tal número para a percepção de um Estado como a Paraíba, por exemplo, podemos ter uma ideia do que isso significa. A Paraíba possui 223 municípios dos quais, segundo o IBGE, de acordo com sua contagem feita em 2019, apenas 4 destes possui uma população acima de 100 mil habitantes. São eles, pela ordem: João Pessoa, Campina Grande, Sta. Rita e Patos. Bayeux, que está em 5º, chega perto mas não tem 100 mil habitantes (tem exatos, segundo o órgão, 96.880).

Significa dizer que, pelo número infeliz de mortos que o Brasil alcançou causado pela Covid-19 neste sábado (08/08/2020), a Paraíba perderia 219 municípios e ficaria com apenas 4, dois deles na Grande João Pessoa. Uma situação pra lá de catastrófica. Algo semelhante ocorreria no resto do país. Segundo o mesmo IBGE, o Brasil possui 5570 municípios e destes, apenas 324 têm mais de 100 mil habitantes, o que representa 6% desse total; ou seja, de acordo com o órgão, o país perderia (de acordo com essa triste marca alcançada pelo país por conta da Covid-19), 94% dos municípios nacionais (ou 5246 em seu total). Uma tragédia!!!

Se fôssemos mais para baixo um pouco, a situação ficaria ainda pior. Em João Pessoa, capital da Paraíba, dos 67 bairros que existem na cidade, apenas Mangabeira continuaria de pé, já que possui um pouco mais de 100 mil habitantes. O restante seria dizimado, infelizmente.

Esta é a situação pela qual passamos em nosso país, governado por um genocida, que está muito mais preocupado em se perpetuar no poder, mirando apenas em construir uma base eleitoral para 2022 e, assim, as demais questões, como a saúde pública e direitos de nossa classe são assuntos secundários, apesar do discurso parecer o contrário.

É preciso acordar para a realidade e exigir providências imediatas por parte dos governos (federal, estaduais e municipais) e, ao mesmo tempo, construir uma alternativa classista, por dentro das organizações de nossa classe, que chame a saída socialista como única via de resolução dos graves problemas que nosso povo enfrenta!!!

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Seis candidaturas disputam as eleições indiretas em Bayeux dia 13 de agosto. Alguma de interesse dos trabalhadores???





Depois de muita discussão jurídica, a Câmara Municipal de Bayeux encerrou, nesta sexta-feira (07/08/2020), as inscrições para a eleição indireta de escolha do prefeito da cidade, que ocorrerá no próximo dia 13 de agosto. No encerramento das inscrições, seis candidaturas se habilitaram no processo e concorrerão ao voto dos/as 17 vereadores/as da Casa Severaque Dionísio na data supracitada. Nesta situação, todos/as candidatos/as se colocam à disposição do povo trabalhador, honesto e decente de Bayeux. Pelo menos, no discurso.
Em alguns portais de notícias, a notícia sobre tais candidaturas surgem de várias formas, expressão da forma como a cidade de Bayeux tem sido vista por conta dos acontecimentos verificados desde o fatídico 05 de julho de 2017, data da prisão em flagrante do ex-prefeito Berg Lima (PL), fato que originou toda essa crise política porque passa a cidade atualmente.
A chapa 1 é encabeçada pelo ativista cultural Carlos Santos (PTB), tendo como vice Amanda Fernandes. De acordo com o G1PB, ambos foram assessores de Berg Lima quando este foi prefeito na 1ª vez que este assumiu a Prefeitura, mas o que o site omitiu é que estes romperam com o ex-prefeito quando este cometeu o suposto crime do qual é acusado e foi preso e atualmente apoiam o pré-candidato a prefeito de Bayeux, Diego do Kipreço (PP); a chapa 2 é composta pela vereadora Luciene de Fofinho (PDT) e seu vice é o também vereador, Adriano Martins (MDB). A vereadora pedetista é também pré-candidata a prefeita nas eleições de novembro da cidade; a chapa 3 tem o atual presidente da Câmara Municipal, vereador Inaldo Andrade (Republicanos) e a vereadora Lucília Freitas (DEM), como vice; a chapa 4 possui o Coronel Ardenildo (Solidariedade) como cabeça de chapa e a vice, Janicleide Paiva; a chapa 5 tem o atual prefeito, Jefferson Kita (Cidadania) como candidato e seu vive é Fabiano Constâncio; e, finalmente a chapa 6, que tem o vereador Roni Alencar (PMN) como candidato a prefeito e o médico Fernando Ramalho, vice. 
Numa eleição indireta e pulverizada como esta, arriscar um prognóstico é muito complicado, Mas, evidente que o atual prefeito interino, Jefferson Kita (Cidadania), tem um pouco de vantagem sobre as demais candidaturas postas. Afinal, está no poder e tem a "caneta" a seu favor. Porém, como é uma escolha a ser feita pelos/as vereadores/as, tudo pode acontecer. Surpresas podem vir, ainda mais quando temos meia dúzia de candidatos/as concorrendo a um "mandato tampão" na Prefeitura de Bayeux.
Como já afirmei em outra ocasião, quando o assunto era acerca da eleição municipal que ocorrerá em novembro próximo sobre o prefeito que virá governar Bayeux, reafirmo aqui o que disse naquela oportunidade: não vejo, dentre os/as seis candidatos/as postos/as, nenhum/a que represente os interesses da classe trabalhadora da cidade que possui cerca de 100 mil habitantes e possui um dos maiores PIBs do Estado, além de ser um dos maiores colégios eleitorais da Paraíba.
Outra coisa que desejo afirmar: não possuo nada pessoal contra nenhuma das candidaturas colocadas à votação no próximo dia 13/08. Minhas considerações possuem um caráter político, apenas. 
Pra concluir, no meio de toda essa panaceia em que se transformou a crise política de Bayeux, uma coisa é certa no próximo dia 13/08: o/a prefeito/a que for eleito/a nesta eleição indireta estará, certamente, nas mãos da Câmara Municipal de Bayeux (mais uma vez) nos próximos meses. Pelo menos, até dezembro deste ano. Cenas dos próximos capítulos.....

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

A outra Paraíba em seus 435 anos de vida!!!



Segundo dados revelados pelo "Monitor da Violência" e "Atlas da Violência", que estudam índices da violência em nosso país através dos anos, podemos verificar a triste escalada desse fenômeno social existente no Brasil. Isso inclui a Paraíba. 
Em 435 de existência, celebrados neste 05 de agosto de 2020, a Paraíba - e sua capital, João Pessoa - (que já foi Nossa Senhora das Neves, Filipéia de Nossa Senhora das Neves, Frederica, Parahyba e, desde setembro de 1930, João Pessoa), muito se tem comemorado esta data e jogado-se confetes sobre a cidade, colocando-se sobre esta referências acerca de suas belezas naturais, evidenciadas pela natureza, ao longo de milênios que, infelizmente a ação humana não tem feito ser devidamente preservadas, como é o caso da Ponta da Seixas, que faz nossa capital ser o ponto mais oriental das Américas, coisa que, ao que parece, perderá este título em breve por conta disto (a ação humana). Lembro-me de, quando  estudante de 5ª série do antigo ginásio, em Maceió, sentia-me orgulhoso por ser o único da turma em ser paraibano e poder ver que, no livro de geografia, constava que na Paraíba, em João Pessoa, estava o ponto mais oriental das Américas. Mas, hoje, e isso faz algum tempo, as pessoas que administram nossa cidade e Estado pouco têm se importado com este patrimônio histórico. Assim como também não se importam com outros. Vide a estátua de Jackson do Pandeiro que, em seu centenário de nascimento, foi dilapidada em pleno centro de João Pessoa, levada pela PMJP para ser restaurada e atualmente, quase um ano depois do ocorrido, não foi recolocada em seu lugar. E estamos a falar de uma lenda da cultura popular da Paraíba e do Brasil!!!
Este é só um dos outros lados da Paraíba em seus 435 anos de história. Infelizmente, esquecido. Mas, há outros. E abordaremos aqui. Não porque queremos nos desfazer das comemorações que estão a fazer do "aniversário" da Paraíba e da cidade de João Pessoa. Nada disso, apenas queremos reavivar a memória das pessoas para o que se passa entre nós, em nosso cotidiano. Se acham que isso é deveras chato, infelizmente chamo isso de REALIDADE!!!
Como citei antes, revelarei neste artigo alguns dados extraídos do "Monitor da Violència" e do "Atlas da Violência", em estudos feitos por estes nos anos de 2020, 2019, 2018, 2017, 2016 e 2015. Portanto, bem recentes.
O "Monitor da Violência" revela que, na Paraíba, entre 2018-20, tivemos uma taxa de crimes violentos variável por 100 mil habitantes, que merece ser vista com atenção. Em 2018, esta taxa foi 86 por 100 mil habitantes; em 2019, de 76; em 2020, voltou a subir e alcançou o número de 92. Detalhe: até o mês de maio de cada ano. Quando analisamos tal taxa referente ao tipo de crime de homicídio doloso, verificamos, constatamos novamente que há uma variação muito grande: em 2018, esta taxa foi de 83 por 100 mil habitantes; em 2019, de 72; em 2020, de 90. Mais uma vez, a análise compreende até o mês de maio de cada ano.
O "Monitor da Violência" revela ainda que, na Paraíba, entre 2017-19, houve um número muito grande de feminicídio no Estado, aonde a taxa desse tipo de crime, em terras tabajaras, chegou a ultrapassar a taxa nacional para o mesmo tipo de crime. Isso serve para revelar o ranço machista que ainda persiste na Paraíba após seus mais de 4 séculos de existência.
Neste quesito, o estudo aponta que, em 2017, ocorreram 22 feminicídios, com uma taxa de 1,1  contra uma taxa de 1,0 no Brasil; em 2018, este número foi de 34 (taxa de 1,6 na PB e 1,1 no Brasil); em 2019,, 38 feminicídios na PB, com uma taxa de 1,8 no Estado e 1,2 no país
Ainda prosseguindo nos índices de violência que acomete a Paraíba e setores de nossa população mais sofrida e vulnerável, verificamos que o "Atlas da Violência" realizou um estudo entre 2010-17 e constatou outros números, que também precisam ser vistos e analisados, para que possamos enxergar o outro lado de nossa Paraíba e identificarmos que os 435 anos de História da Paraíba não são apenas flores.
De acordo com esse estudo do "Atlas da Violência", entre 2015-17, a relação de homicídios entre negros e negras na Paraíba e de não negros e negras no mesmo período é gritante, o que serve para identificarmos plenamente a existência do RACISMO em nosso Estado e uma política de extermínio do povo negro na Paraíba, como de resto ocorre no país, há séculos.
Entre negros e negras, o número de homicídios na PB em 2015 foi de 1306 (com uma taxa de 52,7 contra 37,9 nacional); em 2016, este número caiu um pouco para 1187 (com uma taxa de 46,5 contra 40,2 nacional); finalmente, em 2017, o número voltou a subir para 1227 homicídios (com uma taxa de 46,4 contra 43,1 nacional). Detalhe: sempre por 100 mil habitantes.
Quando este numero passa para não negros e negras, percebemos de imediato a diferença. Senão, vejamos. e2015, o número de homicídios foi de 90 (com uma taxa de 6,1 contra 15,3 nacional); em 2016, este número caiu um pouco para 83 (com uma taxa de 5,8 contra 16,0 nacional); finalmente, em 2017, o número voltou a subir para 96 homicídios (com uma taxa de 7,1 contra 16,0 nacional). Detalhe: sempre por 100 mil habitantes. Mais uma , reafirmamos: o "Atlas da Violência" constata a presença do RACISMO em nossa sociedade e a violência, infelizmente, retrata isso da pior maneira.
Mas, não são apenas as mulheres e o povo negro da Paraíba que são as vítimas da violência. Em seus 435 anos de História, a Paraíba também assiste, de forma lamentável, a população LGBT ser presente nestas estatísticas nos estudos acerca da escalada violenta em nosso país.
De acordo com o "Atlas da Violência", entre 2015-2017, verificamos existir números sobre casos envolvendo a comunidade LGBT em nosso Estado. Senão, vejamos.
Segundo o "Atlas da Violência", em 2015 houve 40 denúncias de LGBTs; em 2016, 44; em 2017, 46. Tais denúncias significam, entre outras coisas, práticas de abusos, tentativas  de extorsão, entre outras coisas.
Ainda de acordo com o "Atlas da Violência", em 2015, ocorreram 12 denúncias de lesão corporal a LGBTs; em 2016, 10; em 2017, 15. E, ainda segundo este estudo, o número de homicídios cometidos contra LGBTs na Paraíba foi de 0 em 2015; 2 em 2016; e de 8, em 2017.
Vale lembrar que, durante boa parte deste estudo produzido, entre 2011-2018, seja pelo "Monitor da Violência" ou pelo "Atlas da Violência", a Paraíba esteve governada por um governador que se dizia "socialista". Isso vem demonstrar, mais uma vez, a falácia desse governo que estava instalado no Palácio da Redenção na ocasião.
A Paraíba tem inúmeras riquezas naturais, sem dúvida. Ponta do Seixas, Pedra do Ingá (Itacoatiara), Pico do Jabre, Tambaba, dentre outras. Assim como João Pessoa também (Praia do Cabo Branco, Praia de Tambaú, Busto de Tamandaré, Igreja de São Francisco, Por do Sol no Hotel Globo, dentre outras). Mas, tudo isso não pode esconder de todos nós os reais e graves problemas sociais que temos e que devemos enfrentar, sem meias palavras, em nosso cotidiano.  

domingo, 2 de agosto de 2020

Até quando o povo de Bayeux terá que conviver com a crise política que vem desde julho de 2017???




"A maior crise política da história de Bayeux", "nunca Bayeux passou por uma crise tão grande quanto essa", "uma crise terrível", "uma vergonha". Várias são as terminações e/ou adjetivos utilizados para expressar a crise política pela qual passa Bayeux desde o fatídico dia 05 de julho de 2017, quando o então prefeito Berg Lima (na época, no Podemos), foi preso em flagrante, no restaurante Sal & Pedra, numa operação conjunta do Gaeco e da Polícia Civil, acusado de receber propina de um empresário local, por conta de (segundo denúncia) tentativa de troca de uma dívida que a Prefeitura de Bayeux teria com o restaurante citado. Por conta disso, Berg Lima passou cerca de 5 meses numa cela no 5º BPM no Valentina de Figueiredo. A partir daí, Bayeux começou a viver sua via crucis, que perdura até os dias atuais, fazendo com que a cidade viva mergulhada numa profunda crise política, que afeta a economia do  município, que é um dos maiores da Paraíba, não apenas em população (possui pouco mais de 100 mil habitantes), como também é um dos seus maiores arrecadadores de impostos (está entre os 5 maiores do Estado), além de ser um de seus 10 maiores PIB's. Portanto, não estamos falando de um município qualquer. Além de tudo isso, Bayeux faz parte da Grande João Pessoa e é um dos maiores colégios eleitorais paraibanos.
Esta crise política gerada com a prisão de Berg Lima e que produziu, após isso, mais 3 prefeitos, sendo um destes, seu vice-prefeito, Luiz Antonio (PSDB), que foi cassado pela Câmara Municipal da cidade por conta de outro escândalo político; e outros dois presidentes da Casa Severaque Dionísio, que se tornaram prefeitos interinos (Noquinha - PSL -; e Jefferson Kita - Cidadania -), sendo este último o atual prefeito da cidade e um dos protagonistas da polêmica em vigência na "novela" da crise.
Em Bayeux, desde que tal crise iniciou-se, quando se pensa que a crise política está perto de um final, eis que vem mais episódio que a põe em mais evidência.
Porém, como estamos a falar de Bayeux, aonde tudo acontece, no dia 14 de julho do corrente, o prefeito Berg Lima (atualmente, no PL), entregou sua renúncia à Secretaria Legislativa, na Câmara Municipal de Bayeux. Com este movimento, Berg Lima queria alcançar três objetivos: 1) tira seu mais novo rival da cena política de Bayeux, o também ex-prefeito (agora) Jefferson Kita (PSB); 2) joga os processos que tem contra si para a 1ª instância, por não possuir mais o foro privilegiado, o que faz com que suas ações judiciais sofram um retrocesso muito grande, demorando ainda mais a serem julgadas; 3) como ele não foi cassado (apesar, por 3 vezes, a Câmara Municipal de Bayeux ter tentado) e sim renunciou ao cargo, ele pode - se assim quiser - concorrer a algum cargo nas próximas eleições de novembro deste ano ou em qualquer outra. 
Após a prisão de Berg Lima, a subida ao poder de seu vice, a queda do mesmo e a ascensão de Noquinha, o retorno de Berg à Prefeitura, as 3 tentativas de cassação de Berg Lima na Câmara (todas sem sucesso, tendo o presidente da Câmara, na época o vereador Jefferson Kita - na época, do PSB -, exercido um papel fundamental neste processo), sua segunda saída decretada pela Justiça e a ascensão de Kita (agora, no Cidadania) ao cargo de prefeito, parecia que a crise havia acabado e se encaminhava a um final razoavelmente feliz, que seria esperar a realização das próximas eleições municipais, que elegerá o/a próximo/a prefeito/a da cidade.
Mas, repetindo, como estamos tratando das coisas de Bayeux, a crise política não pára. Com a renúncia de Berg Lima, esperava-se que ocorresse as eleições indiretas, a ser feita pela Câmara Municipal em um prazo máximo de 30 dias, convocada pela Mesa Diretora da Casa Severaque Dionísio. Evidentemente, além de todos os objetivos acima citados pretendidos por Berg Lima com sua renúncia, este também pretendia (e pretende, de certa forma) colocar alguém de sua confiança à frente da Prefeitura até novembro próximo para, quem sabe, continuar após esta data com outra pessoa no comando da maquina pública da cidade. Claro que trata-se de um projeto político. Se dará certo ou não, isto é outra história.....
Mas, a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Bayeux começou a demorar nos encaminhamentos para fazer as eleições indiretas acontecerem na cidade, o que forçou o juiz da 4ª Vara da cidade a determinar que este realizasse os procedimentos para a realização desta em 30 dias, contando esta data a partir da entrega da carta-renúncia de Berg Lima. Ou seja, as eleições indiretas deveriam ocorrer, na ótica do juiz, até o dia 14 de agosto próximo. Isto se deu no dia 20 de agosto deste ano.
Contudo, no último dia 28 de agosto, 6 vereadores/as de Bayeux, tendo à frente o vereador Betinho da RS (PDT), entregaram um requerimento ao presidente da Câmara Municipal, Inaldo Andrade (PR), pedindo que as eleições indiretas em Bayeux fossem anuladas, com o argumento de que estas feriam a legislação vigente, pois a Emenda à Lei Orgânica que previa sua realização, proposta pela vereadora Luciene de Fofinho (PDT), não teria sido publicada no Diário Oficial do Município, assinada pela Prefeito da época, portanto não tendo validade. Assim segundo os/as parlamentares, não pode haver eleições indiretas, pois prevalece o que determina o texto original da LOM, que impede sua realização. Neste sentido, o presidente da Câmara acatou o pedido e suspendeu a realização do processo.
Entramos, neste momento, num debate político-jurídico, que aprofunda a crise política porque passa Bayeux há mais de três anos, que faz a cidade e seu povo sofrer a cada dia.
O artigo 31, parágrafo 2º, da Lei Orgânica do Município e o artigo 167, do Regimento Interno da Câmara Municipal de Bayeux, são muito claros quanto a essa polêmica.
O primeiro citado diz textualmente o seguinte: "A emenda será promulgada pela Mesa Diretora da Câmara Municipal, com o respectivo número de ordem"
O segundo citado diz textualmente diz o seguinte: "As emendas à Lei Orgânica serão promulgadas e publicadas pela Mesa da Câmara com a seguinte cláusula obrigatória: O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BAYEUX, FAZ SABER QUE, TENDO SIDO APROVADA PELO PLENÁRIO, PROMULGA A SEGUINTE EMENDA À LEI ORGÂNICA: (parágrafo 2º, do artigo 31 da Lei Orgânica do Município)".
Um detalhe importante para o debate sobre esta questão; quando a Emenda proposta pela vereadora Luciene de Fofinho (hoje no PDT, na época que propôs a emenda estava no PSB), o presidente da Casa Severaque Dionísio era Jefferson Kita (também era do PSB, na ocasião).
Outra coisa não menos importante. O artigo 167, do Regimento Interno da Câmara Municipal de Bayeux, mostra perfeitamente que não é preciso que, para que uma Emenda à Lei Orgânica tenha validade, esta seja publicada em Diário Oficial do Município, depois de assinada pelo prefeito da cidade. Mostra também que, caso esta não tenha sido promulgada e publicada pela Mesa Diretora da Câmara na ocasião, trata-se portanto, de um ato do qual os membros desta devam responder por ele e não o povo de Bayeux.
Por fim, quero reafirmar aqui uma coisa que aqueles/as que me conhecem em Bayeux sabem perfeitamente, mas não custa reafirmar: não apoio nenhum/a pré-candidato/a a prefeito/a em Bayeux, porque não vejo nenhum/a comprometido com os interesses dos/as trabalhadores/as, apesar do discurso de alguns/algumas neste sentido. Faço as considerações neste texto porque não consigo suportar a hipocrisia e demagogia de muitos/as que estão envolvidos/as nesta polêmica e que procuram, com isso, enganar (mais uma vez) o povo honesto, trabalhador e decente de Bayeux!!!