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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Carta Aberta ao Governador Ricardo Vieira Coutinho


Excelentíssimo Senhor Governador Ricardo Vieira Coutinho

Antes de evidenciar o real motivo pelo qual escrevo esta carta a V. Excia., gostaria de lhe fazer algumas perguntas. Não precisa responder, sei que o senhor é muito ocupado, costuma chegar em sua humilde residência por volta de duas, três horas da manhã, como certa vez falou em um dos muitos debates dos quais participamos na última campanha para Governador  do Estado da Paraíba, em 2014.

A 1ª das perguntas que quero lhe fazer é a seguinte: o senhor costuma se autoproclamar como sendo "socialista", inclusive pertence a um partido que carrega esse termo em seu nome. Governador Ricardo Vieira Coutinho, o senhor tem certeza de que é mesmo "socialista"???

A 2ª pergunta que lhe faço é: desde que o senhor assumiu a PMJP, em 2005, e a partir de 2011, quando chegou ao Palácio da Redenção, uma de suas falas favoritas é afirmar que sua forma de governar é "republicana". Assim, governador Ricardo Vieira Coutinho, V. Excia. tem certeza de que governa de maneira "republicana" esse Estado???

Por fim, governador, apesar de sua arrogância, empáfia e prepotência, até recentemente, achava eu que pelo menos havia uma coisa comum entre o senhor e eu e os demais paraibanos e paraibanas. Achava eu que éramos formados de carne, osso, nervos e músculos. Mas houve um fato ontem que mudou essa minha impressão. Cheguei à conclusão de que todos/as paraibanos e paraibanas são formados por carne, osso, nervos e músculos, menos um: o senhor, governador Ricardo Vieira Coutinho!   

E que fato tão foi esse que causou essa impressão que me fez mudar de opinião? O fato atende pelo nome de JOÃO BATISTA, trabalhador aposentado que residia em Bayeux, que faleceu na madrugada desta terça-feira, 19 de janeiro deste ano, por conta do DESCASO do Governo do Estado da Paraíba que, mesmo de posse de uma decisão judicial emitida há quase um ano determinando a imediata cirurgia de uma angioplastia venosa no citado cidadão, mas que por conta da bur(r)ocracia estatal não foi feita e que, por causa disso, piorou o quadro de saúde do trabalhador a tal ponto que ele teve seu braço esquerdo amputado uma semana antes de seu falecimento e, após este procedimento, seu quadro piorou ao ponto dele não resisitir e vir a falecer na data acima colocada.

Isso tudo porque V. Excia, o governador Ricardo Vieira Coutinho, se coloca politicamente como "socialista" e "republicano"!!! Imagine se não fosse!!! Para quem não sabe ou "esqueceu" o que significam esses dois conceitos políticos, em poucas palavras, ser REALMENTE socialista significa, entre outras coisas, ter amor pela vida humana, em especial pela vida de um trabalhador que passou uma vida inteira dando o máximo de suas energias por um mísero salário para sustentar sua família e, na hora em que mais necessitou do amparo do Estado e do serviço público desse Estado - para o qual passou a vida inteira pagando impostos e contribuindo com o suor de seu trabalho com a previdência pública -, justamente nessa hora ele e sua família se vêem completamente desamparados, apesar de possuírem uma decisão judicial dando pleo direito à sua causa, que nada mais era do que o direito à VIDA!!! Neste ponto, governador Ricardo Vieira Coutinho, o senhor foi reprovado no teste do socialismo: não, governador, o senhor pode ser qualquer coisa neste mundo, menos socialista!!!

Quanto a ser "republicano", o senhor também foi reprovado neste teste. Pois, para ser REALMENTE republicano, governador, precisa-se cumprir um princípio fundamental nesta prova: o VERDADEIRO republicano, governador Ricardo Vieira Coutinho, respeita e, principalmente, CUMPRE as leis. TODAS as leis, não apenas aquelas que lhe interessam! O trabalhador aposentado de Bayeux, João Batista, tinha em suas mãos há quase um ano, governador, uma decisão judicial, lhe assegurando uma cirurgia para que ele fosse curado da doença que o afligia. Ele morreu, governador Ricardo Vieira Coutinho, porque o SEU governo não conseguiu assegurar a seu João Batista um DIREITO garantido pela Justiça paraibana. Este é seu conceito de ser "republicano", governador Ricardo Vieira Coutinho??? 

Finalmente, governador Ricardo Vieira Coutinho, o senhor demonstrou neste episódio não possuir a principal das qualidades. Ninguém, nem mesmo o senhor, precisa ser socialista ou republicano. Isso são escolhas políticas que qualquer um de nós podemos ou não fazer ao longo de nossas vidas. Mas, há uma coisa que nós não escolhemos, ou pelo menos, pensava eu, nascíamos com ela: a qualidade de sermos humanos, feitos de carne, osso, nervos e músculos. Mas, com esse fato lamentável cocorrido com o trabalhador aposentado de Bayeux, João Batista, e sua família, começo a perceber que as coisas não são bem assim. Que existem diferenças entre nós muito além das escolhas políticas ou dos gostos pessoais que cada um temos em se tratando de opções musicais, literárias, etc. O senhor governador Ricardo Vieira Coutinho mostrou que, ao contrário de todos/as nós, não é feito do mesmo material orgânico que nós, pobres mortais. Pois se fosse, não teria permitido, com SUA autoridade de GOVERNADOR de Estado, ter ocorrido o que ocorreu com este trabalhador. Será que sua autoridade de governador, Ricardo Coutinho, serve apenas para massacrar os servidores estaduais concedendo 1% de reajuste salarial? Ou para ir até à justiça estadual pedir a decretação da ilegalidade da greve dos servidores estaduais? É para isso que serve sua AUTORIDADE equanto GOVERNADOR???  

Ricardo Vieira Coutinho, sua omissão e, principalmente, seu compromisso com aqueles que exploram nossa classe fizeram mais uma vítima. Seu nome: JOÃO BATISTA, trabalhador aposentado de Bayeux. Que você carregue esse peso em sua consciência até o fim de sua vida, Ricardo Coutinho. Porque essa morte é de sua INTEIRA e TOTAL RESPONSABILIDADE!!!                   

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Quando foi que o governo Cartaxo deixou de ser conservador??? Parte I



O PT de João Pessoa, aos poucos, parece acordar e sair da letargia em que ficou após a pancada que levou ano passado quando o prefeito Luciano Cartaxo anunciou, para surpresa de todos/as no partido, sua saída da estrela vermelha e ingresso nas fileiras do PSD de Rômulo Gouveia. Nesta segunda-feira, 18/01, a Executiva Municipal reunida aprovou, por unanimidade (fato raro no PT) que o partido terá candidatura própria na capital paraibana. Só não se sabe ainda quem será o/a candidato/a. Sabe-se apenas que não será o deputado federal Luiz Couto, que já anunciou que não topa essa empreitada.
Na resolução aprovada pela Executiva Municipal do PT/JP, chamou a atenção deste blogueiro uma coisa, em especial. É quando, no ponto V desta, a Executiva afirma que "João Pessoa não pode ficar premida entre um presente conservador e uma visão meramente gerencial de governo...". 
Esta é uma afirmação que imediatamente levanta várias perguntas, tais como: quando foi que João Pessoa NÃO teve uma visão "meramente gerencial de governo?" A gestão Cartaxo só apresenta um presente conservador após a saída de Cartaxo do PT? Se, após a saída de Cartaxo do PT, João Pessoa apresenta um "presente conservador", então com Cartaxo no PT, a cidade vivia um ambiente "revolucionário"? Que pontos o PT/JP pode elencar para considerar isso na época de Cartaxo no partido e na gestão nessa época?
São questionamentos que precisam ser respondidos pela Executiva Municipal do PT/JP para a sociedade pessoense, pois senão passa a velha impressão das correntes de esquerda de que, enquanto aquela pessoa está dentro de suas fileiras, militando entre seus quadros, esta é a melhor pessoa do mundo, não tem nenhum defeito, mas basta ela sair da organização, ela se transforma em um demônio e tudo que ela faz ou fez é ruim, nada presta pou prestou. É este o discurso que o PT/JP vai apresentar aos/às eleitores/as na campanha que se aproxima?