Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

Reunião do Soviet de Petrogrado em 1917

A Revolução Russa: expressão mais avançada de uma onda revolucionária mundial.

Diretas Já

Luta por dias melhores

domingo, 28 de dezembro de 2014

O xis da questão do acidente envolvendo o filho do governador Ricardo Coutinho




O grande assunto dos portais da imprensa paraibana neste domingo, 28/12 do ano em curso, foi acerca do atropelamento de alguns ciclistas na praia do Cabo Branco, provocado por Ford Focus Sedan, de placa PUP 4479, de Belo Horizonte/MG, dirigido pelo presidente do PSB do Conde, Nildo Lacerda, tendo como passageiro Rico Coutinho, que vem a ser o filho do governador, Ricardo Coutinho (PSB).
Para felicidade e sorte dos ciclistas e também dos ocupantes do veículo (e, indiretamente, do governador), as vítimas do atropelamento foram levados ao Trauma e não tiveram maiores problemas, sendo logo liberados. Porém, como esperado, por conta dos envolvidos nesse sinistro, isso causou repercussão na imprensa e, por tabela, nas redes sociais, gerando inúmeros comentários a favor e contra o episódio e. claro, resvalando sobre a figura do governador, feliz ou infelizmente.
Depois de observar vários desses comentários nas redes sociais, instigado por estes, decidi entrar neste debate porque percebi que não foi feito um comentário central sobre este episódio.
Para mim, o xis da questão deste fato ocorrido hoje na orla marítima de nossa capital é o seguinte e peço que atentem bem para isso:

O QUE UM CARRO LOCADO PELO GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA ESTAVA FAZENDO EM PLENO DOMINGO DE MANHÃ, DIRIGIDO PELO PRESIDENTE DO PARTIDO DO GOVERNADOR DA CIDADE DO CONDE, ACOMPANHADO PELO FILHO DO GOVERNADOR? ESTAVAM ESSES CIDADÃOS EM ALGUMA MISSÃO OFICIAL DO ESTADO? SE SIM, COM QUAL DESIGNAÇÃO? SE NÃO, QUEM OS AUTORIZOU A ESTAR COM UM CARRO LOCADO PELO ESTADO EM UM DIA DE FIM DE SEMANA?

Eu, como cidadão, EXIJO que o Ministério Público investigue esse fato!!!   

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A crise institucional em Santa Rita


            O problema em Santa Rita, cidade da Grande João Pessoa, de 4º maior PIB do nosso Estado, é muito superior a uma frenética troca de prefeitos ocorrida durante todo esse ano que ora está se encerrando.
         Só para relembrarmos um pouco o que ocorreu na “terra dos canaviais” ao longo de 2014. Entre o início do ano e agora, em dezembro, houve um entra-e-sai de prefeito interminável em Santa Rita, muitas vezes dentro do mesmo dia. Reginaldo Pereira, o prefeito eleito em 2012, chegou a ser cassado pela Câmara Municipal de Santa Rita, acusado de várias irregularidades, dentre elas a prática de nepotismo, descumprimento de vários PCCR’s, compras superfaturadas, dentre outras. No seu lugar, assumiu o vice-prefeito, Netinho de Várzea Nova. Começava aí uma interminável novela na cidade canavieira. De lá pra cá, Santa Rita viveu uma guerra jurídica, com um sem número de liminares, ora dando razão a Reginaldo, ora dando razão a Netinho. Assim, um dia Reginaldo era o prefeito; no outro, era Netinho. E, neste meio tempo, a insegurança político-administrativa reinava entre a população e, mais especialmente, entre os servidores da cidade. Tanto assim que, neste momento, 23 de dezembro de 2014, antevéspera do Natal, os servidores da cidade não sabem se receberão o décimo-terceiro salário a que têm direito, tampouco o salário de dezembro para poderem comemorar com tranquilidade a chegada do novo ano.
          Essa chuva de liminares beneficiando ora um lado, ora outro nos remetem, inevitavelmente, a um questionamento de ordem legal: se ambos os lados, esporadicamente, conseguem este instrumento legal em seu benefício, então concluímos que ou os dois lados estão corretos nos seus pleitos ou os dois estão errados. Com a palavra, a douta justiça!
            Porém, o que queremos abordar neste artigo é que tudo isso que ocorre hoje em Santa Rita é muito mais do que uma chuva de liminares ou motivo de piadas e chacotas em que virou a centenária “terra dos canaviais”. É preciso constatar que Santa Rita vive uma crise institucional e é preciso dar um basta nesta situação e só há um elemento que pode resolver, pela positiva, este problema: o POVO!!!
      As “autoridades” políticas de Santa Rita estão esgotadas, perderam completamente a credibilidade perante o povo e até mesmo diante da justiça. A Câmara de Vereadores que, no início do ano, cassou o mandato de Reginaldo Pereira e iniciou toda essa crise e que agora decidiu anular a cassação do mesmo com o pífio argumento que percebeu, após 8 meses, que o procedimento havia sido falho, teve sua decisão anulatória cassada pelo TJ/PB. Reginaldo, mesmo diante de tudo que passou, insiste nos mesmos erros. Na sua volta ao governo, nomeia mulher, filho e cunhada como secretários. Mesmo que isso seja legal, é imoral. Já Netinho, no pouco tempo em que permaneceu no cargo, protagonizou algumas pérolas típicas de seu aliado de longa data, o ex-prefeito Marcus Odilon, como o escândalo da licitação de combustíveis que daria para dar 14 voltas no planeta Terra.
            Assim, não há outra saída para Santa Rita a não ser o povo ir às ruas e exigir NOVAS ELEIÇÕES para a cidade, sem a participação de nenhum desses que ultimamente tem feito a cidade virar motivo de piadas e chacotas pelo Estado a fora.

·       NENHUMA CONFIANÇA NOS VEREADORES DA CIDADE!!!;
·        NENHUMA CONFIANÇA EM NETINHO!!!;
·        NENHUMA CONFIANÇA EM REGINALDO!!!;

·       NOVAS ELEIÇÕES EM SANTA RITA, SEM A PARTICIPAÇÃO DE NENHUM DESSES!!!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Sobre as manifestações pedindo a volta da ditadura militar no Brasil

O resultado das eleições presidenciais deste ano em nosso país vem produzindo uma "onda" de manifestações em determinados locais onde pessoas estão indo`às ruas pedindo o impeachment de Dilma e a volta da ditadura militar, coisa que essas pessoas acreditam serem a solução para os problemas do Brasil.
É bem verdade que essas manifestações são, por enquanto esporádicas e minoritárias, mas o que nos preocupa é a repercussão e espaço que esse tipo de manifestação vem ganhando na mídia. É verdade também que esse coro de "volta, ditadura!" vem das parcelas de nossa população que apostou suas fichas na vitória do tucano Aécio Neves nas recentes eleições. E, por fim, é verdade também que a fina flor do tucanato nacional, a começar pelo próprio candidato derrotado, Aécio Neves, nega de pés juntos concordar com esse tipo de atitude. Nesse ponto, porém, devemos ficar de olhos e ouvidos bem abertos, porque dessa gente não se deve acreditar em nenhum momento.
Sobre a ideia de impeachment de Dilma, que não é o ponto central deste artigo (falaremos sobre isso em outro momento), é certo que numa democracia burguesa como a nossa é possível disso ocorrer. Relembremos o caso do ex-presidente Collor de Mello, que sofreu este duro processo político anos atrás, na esteira de milhões indo às ruas exigindo que o Congresso Nacional tomasse uma posição firme sobre as inúmeras denúncias de corrupção havidas no governo "collorido". Não é esse o caso atual, muito embora as denúncias de corrupção envolvendo o governo petista sejam tão ou mais sérias do que as daquele momento histórico nacional. Porém, há uma diferença substancial entre este instante político e aquele de 1992: as massas ainda não foram às ruas cumprir o papel que tiveram há mais de 20 anos atrás. E, enquanto isso não ocorrer, o governo Dilma permanecerá de pé. Sangrando, mas de pé!
Voltemos ao tema central deste artigo: as manifestações pró retorno da ditadura militar no Brasil. Não podemos esquecer que sempre existiu na sociedade brasileira um setor ansioso pelo retorno do regime de exceção no Brasil. Esse setor era representado especialmente pelos militares da geração que viveu o período do golpe militar, liderados pela ESG (Escola Superior de Guerra). Era um grupo extremamente minoritário, muito embora ainda com alguma influência em extratos da sociedade civil. Porém, de uns anos para cá, esse setor foi ganhando voz e voto na cena política nacional, tendo como sua principal liderança o deputado federal pelo Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro, um ardoroso defensor do regime militar. Não é qualquer coisa o fato de Bolsonaro ter sido reeleito deputado federal, com a maior votação entre todos os candidatos num estado como o Rio de Janeiro (quase meio milhão de votos). E, de quebra, conseguiu eleger seus filhos, Flávio Bolsonaro (reeleito deputado estadual no RJ) e Eduardo Bolsonaro (eleito deputado federal por São Paulo). Esses fatos são extremamente preocupantes, a extrema direita está ganhando corpo na sociedade brasileira e ampliando seus tentáculos no parlamento.
A defesa da volta à ditadura militar, na minha modesta opinião. tem duas explicações: ou a pessoa NUNCA leu um livro de História que seja para saber o que foi o regime militar no Brasil e na América Latina de conjunto, só para ficarmos nessa área do planeta; ou então é pura má fé, buscando mais uma vez iludir nosso povo com promessas mirabolantes, que não irão se concretizar na prática. Acredito que as manifestações refletem um pouco das duas coisas, basta ver alguns vídeos desses atos e as declarações de algumas pessoas que deles participaram pra se ver o nível de argumentação política.
Porém, nesse meio existem os que lá estão porque REALMENTE defendem o regime de exceção, como os parlamentares da família Bolsonaro e outros mais. Há também os "bobos da corte", como o cantor Lobão, que se prestou ao ridículo papel de ser "MC do golpe". Esses dois tipos de personagens devemos guardar o máximo de distância possível, muito embora devemos vigiar atentamente seus passos e pronunciamentos. Ambos têm ressonância em uma parcela da população e, principalmente, espaços generosos na mídia. 
O líder da Revolução Russa, Lênin, afirmava sobre a democracia que "A democracia burguesa, sendo um grande progresso histórico em comparação com a Idade Média, continua a ser sempre — e não pode deixar de continuar a ser sob o capitalismo — estreita, amputada, falsa, hipócrita, paraíso para os ricos, uma armadilha e um engano para os explorados, para os pobres" (do livro "A revolução proletária e o renegado Kautsky). Assim, mesmo com suas limitações expressadas por uma sociedade dividida em classes, a pior democracia burguesa é melhor do que qualquer ditadura. Algumas das pessoas que estão participando dessas manifestações não percebem - ou não querem perceber - que é essa democracia burguesa, com suas limitações e falhas (muitas falhas, diga-se de passagem) que garante a elas o direito de expressar suas opiniões, mesmo as mais esdrúxulas.
A ditadura militar não apenas perseguiu e matou pessoas, homens e mulheres, que lutavam por um país melhor. Ela dizimou não apenas vidas, mas sobretudo a perspectiva de um Brasil diferente, que se expressava nas lutas por uma reforma agrária a serviço dos trabalhadores, por ampliação dos direitos civis, por uma cultura mais próxima de nosso povo, buscando aproximar cada vez mais as diferentes tradições culturais - riquíssimas - de nosso país. A ditadura militar destruiu tudo isso com o golpe de 1964.
Nosso povo não pode cair em mais um conto de vigário desse tipo. Devemos contestar a democracia em que vivemos? Sim, ela está, como diria Lênin, a serviço dos interesses de uma classe, no caso os patrões e suas organizações. O combate, portanto, a ser feito é de contestar as colunas de sustentação desse regime que, a cada dia que passa, torna-se mais excludente e, consequentemente, mais opressor de nossa classe. A volta da ditadura militar não resolverá isso, pelo contrário, ampliará esta opressão sobre nossa classe. Não precisamos mais passar por essa triste experiência, a hora agora é de avançarmos na consciência de nossa classe, com vistas a construir uma verdadeira alternativa de classe, a sociedade socialista.                  

sábado, 25 de outubro de 2014

Votar NULO no 2º turno e preparar as lutas que virão!

Neste domingo, 26/10, serão realizadas o 2º turno das eleições para governador da Paraíba e presidente do Brasil. Milhões de brasileiros/as e paraibanos/as irão até suas seções eleitorais para, mais uma vez, expressar seus sentimentos nas urnas. Muitos/as cheios/as de esperança de termos, a partir de janeiro do próximo ano, um Brasil e uma Paraíba melhores, com mais garantia de direitos para aqueles e aquelas que cotidianamente constroem a riqueza desse país e do Estado, mas que infelizmente não usufruem das benesses dessa riqueza por eles/as produzida. 
Porém, os revolucionários têm, por exigência histórica e dever de compromisso com a nossa classe, que falar aquilo que muitas vezes os/as trabalhadores/as não querem ouvir. Apesar da esperança e da expectativa positiva de milhões em ter uma melhoria no seu salário, na qualidade dos serviços públicos essenciais para nosso povo (saúde, educação, segurança, transporte, moradia, dentre outros), não será isso que teremos a partir do dia 27/10, quando votarem em qualquer um dos candidatos postos nesta fase eleitoral, seja no plano nacional seja no plano local.
Não se trata aqui de fazer exercícios de futurologia, mas sim fazer uma leitura do que assistimos ao longo dos últimos anos. A política econômica levada em nosso país, privilegiando os lucros sempre crescentes dos banqueiros, aliada ao oferecimento de algumas migalhas á nossa classe sob a forma de "políticas sociais compensatórias" aplaudidas de pé hoje por um setor da esquerda que há alguns anos torcia o nariz e tapava os ouvidos quando ouvia esta expressão, será mantida seja qual for o candidato eleito para governar o nosso país a partir de 2015. Isso não nos dá margens a perceber que teremos dias melhores para nossa classe no próximo período. 
Em nosso Estado, a situação não é diferente. Seja quem quer que ganhe o direito de ocupar o Palácio da Redenção pelos próximos quatro anos, teremos dias difíceis. Nenhum dos candidatos postos tem compromisso efetivo com nossa classe, mas sim com os grandes grupos econômicos que bancaram suas milionárias campanhas este ano. Assim, não teremos dias promissores aqui também.
Portanto, como sempre avaliamos pela nossa perspectiva de classe, pois é a ela - a classe trabalhadora - que dedicamos boa parte de nossa vida e de nosso tempo - que queremos, mais uma vez, chamar TODOS/AS trabalhadores/as da Paraíba a não darmos trégua alguma a quem quer que ganhe as eleições deste domingo, para que não nos deixemos iludir pelas belas promessas expressadas pelo bom papo dos candidatos que chegaram ao 2º turno.
Aos trabalhadores/as que depositaram suas confianças em nós nesta campanha, queremos mais uma vez agradecer este apoio e renovar nosso compromisso com as lutas que virão. 

NÃO DEPOSITAR NENHUMA CONFIANÇA EM DILMA, AÉCIO, RICARDO OU CÁSSIO!!!
ORGANIZAR A RESISTÊNCIA DOS/AS TRABALHADORES/AS AOS ATAQUES QUE VIRÃO!!!
NESTE DOMINGO, 26/10, VAMOS VOTAR 16 OUTRA VEZ!!!

        
João Pessoa, 25 de outubro de 2014.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Sobre o corte no orçamento estadual da Paraíba de mais de R$ 350 milhões da educação em 2015: uma polêmica necessária com Feitosa

O "Jornal da Paraíba" desta quinta-feira, 23 de outubro do corrente ano, colocou como manchete principal o seguinte título: "Governo corta R$ 350 mi da Educação em 2015". Sem dúvidas, uma notícia extremamente preocupante para todo o povo paraibano.
Essa determinação do governo Ricardo Coutinho mostra o (des) compromisso deste com o ensino público em nosso Estado, apesar do discurso em época de campanha e também durante o mandato. Ricardo tem dito, ao longo do processo eleitoral, que irá dobrar o salário dos professores no próximo mandato, caso reeleito. Pergunta-se: como isso será possível com um corte desse tamanho no orçamento estadual da pasta? Além disso, o tamanho do corte influencia de forma decisiva na qualidade do ensino a ser oferecida aos estudantes da rede pública no próximo ano. Mas, será que Ricardo e sua tropa estão preocupados com isso?
Postei essa matéria em meu facebook e, depois de algum tempo, recebi alguns comentários. E o que mais me impressionou,e aqui desejo travar a polêmica, foi do professor e dirigente estadual do PT, da CUT/PB e da Federação Estadual dos Servidores Públicos Municipais, ligada à CUT, Josenilton Feitosa. Antes, um breve resumo da matéria acima citada.
Nesta, feita pela competente jornalista Michelle Farias, o secretário de Planejamento do Estado, Thompson Mariz - ex-reitor da UFCG - não diz em nenhum momento que a notícia do periódico local traz alguma inverdade,. como um dos comentários em meu facebook quer fazer crer. Ao contrário, o secretário afirma que "a redução no orçamento se justifica pela migração dos recursos do Fundeb para os municípios". Apesar desta justificativa servir aos interesses do governo do Estado e sua tropa, é aceitável que este argumento venha de um secretário de Estado, já que ele está no posto em que está para defender o governo. Mas, quando este argumento pífio vem de um militante político experiente e que representa algumas das entidades mais importantes do nosso Estado, aí a coisa fica um pouco mais séria. No seu comentário à minha postagem, Feitosa escreveu com suas palavras o seguinte: "Antonio Radical sabe que o Governo Estadual entregou todas as creches e a maioria da pre escola aos municipios com isso o repasse do Fundeb passa aos municipios, pelo contrario com o ensino medio e profissionalizante que seus recursos aumentarao bastante no Estado".
É absurdamente incrível como um dirigente político e sindical de tantos anos de militãncia como Feitosa possa escrever tantos despautérios em tão poucas linhas. Ele afirma. com outras palavras, o qe o secretário do governo Ricardo, já havia afirmado à reportagem. E esta justificativa não encontra eco na realidade. Pois senão, vejamos.
A lei 11.494/97 - popularmente conhecida como lei do Fundeb - afirma textualmente, em seu artigo 17, que: "Os recursos dos Fundos, provenientes da União, dos Estados e do Distrito Federal, serão repassados automaticamente para contas únicas e específicas dos Governos Estaduais, do Distrito Federal e dos Municípios, vinculadas ao respectivo Fundo, instituídas para esse fim e mantidas na instituição financeira de que trata o art. 16 desta Lei". O artigo 16, por sua vez, afirma que é o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal que serão os repassadores desses recursos às contas citadas no art. 17. Portanto, fica claro, caro Feitosa, que NÃO HÁ NENHUMA VINCULAÇÃO entre a queda de receita para a educação pública da Paraíba no próximo ano a ser feita pelo governo que ora você e seu aprtido apoiam com o fato deste ter repassado creches e pré-escolas à prefeituras. O dinheiro do Fundeb destas irá direto para as contas destas e não primeiro irá para a conta do Estado para, a partir daí, rumar para as prefeituras.
Portanto, Feitosa, me senti na obrigação de travar essa polêmica aberta com você por achar que seu comentário, na verdade, presta um desserviço a quem você deseja representar, os servidores municipais de parte significativa do Estado da Paraíba que, acreditando em seu discurso e na sua versão, só terão prejuízos nas lutas que poderão travar com as prefeituras e também, aos professores do Estado, na luta que não poderá acabar, seja Ricardo ou Cássio no governo a partir de 2015.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Separando o joio do trigo!






Nesta quarta-feira, 1º de outubro, ocorreu o último debate eleitoral com os candidatos ao governo da Paraíba, promovido pela Rádio Correio FM. Todos compareceram, exceto o governador candidato á reeleição Ricardo Coutinho (PSB). Durante o debate, circulou nas redes sociais uma notícia acompanhada da imagem exposta acima nesta nota de que a Polícia Federal teria ido até à sede do PSTU e lá teria feito uma busca e descoberto uma quantidade de dinheiro que seria utilizada por nosso partido para prática de boca de urna. Como se vê na imagem, uma quantidade mínima. 
Evidentemente, que a imagem tem a clara intenção de ridicularizar o PSTU, tentando subliminarmente jogar para a população em geral a ideia que nosso partido tentaria, assim como outros que atuam no jogo das eleições, recolher recursos para praticar a nefasta compra de votos, mas que não teria conseguido tal intento.
O gozado de tudo isso é que tal imagem circulou nas redes sociais no exato momento do debate quando abordávamos (e, evidentemente, criticávamos a prática do financiamento de campanha feito pelos candidatos dos grandes partidos envolvidos na disputa na Paraíba).
O PSTU não faz proselitismo nem demagogia com isso, REPUDIAMOS a prática da compra da consciência dos/as trabalhadores/as pelos políticos tradicionais e por aqueles que, tendo vindo dos movimentos sociais, enveredaram pelo mesmo caminho. Temos como um de nossos princípios fundamentais de militância a defesa da INDEPENDÊNCIA DE CLASSE e por isso defendemos, em TODOS os processos eleitorais que participamos, recebermos contribuições APENAS de trabalhadores/as e da juventude comprometida com as lutas de nossa classe. É preciso separar o joio do trigo, sempre! 
Queremos informar a todos/as que receberam pelas redes sociais esta imagem acima exposta nesta nota NÃO foi produzida pelo PSTU, mas com certezaq por alguém ou algum grupo com o firme propósito de tentar atingir a integridade de nosso partido. Pedimos que REPUDIEM e desconsiderem mais este ataque contra nossa organização e queremos, neste momento, chamar os/as trabalhadores/as da Paraíba e do Brasil a, no próximo dia 05 de outubro, a reafirmarem nas urnas o seu compromisso com as lutas dos trabalhadores, confirmando seu voto no PSTU 16.

POR UM BRASIL E UMA PARAÍBA 
PARA OS TRABALHADORES!!! 



segunda-feira, 16 de junho de 2014

Expedito Pereira, sua vitória de Pirro e a lição que ele insiste em não aprender


Para quem não sabe, vitória de Pirro é uma expressão popular que significa “uma vitória obtida a alto preço, potencialmente acarretadora de prejuízos irreparáveis”. Evidentemente, estes “prejuízos irreparáveis” são debitados na conta do vencedor da disputa.
O prefeito CASSADO Expedito Pereira e sua tropa possuem, efetivamente, uma avaliação diversa dessa que expressamos. Porém, o sentimento existente nos/as lutadores/as que, ao longo de 45 dias, enfrentaram toda sorte de ameaças, intimidações vindas da Prefeitura e seus prepostos, têm uma avaliação de que a luta não acabou, pelo contrário, estamos hoje em outro patamar desta, aonde a Prefeitura se encontra encurralada pela mediação feita pelo Ministério Público, impondo uma negociação que poderá ser benéfica a nós, servidores/as municipais de Bayeux.
O mais engraçado de tudo isso – para não dizer RIDÍCULO – é ver alguns prepostos (alguns destes/as eleitos pelo voto direto da comunidade) do prefeito CASSADO Expedito Pereira comemorando a suspensão da greve, querendo assim fazer uma “queimação” do SINTRAMB na base da categoria. Não percebem estes/as IMBECIS que a judicialização da greve feita por Expedito, com o não atendimento temporário de alguns de nossos pontos de pauta representa um prejuízo para a categoria, dentre esta, estes mesmos/as IDIOTAS. Porém, não é a opinião desses ENERGÚMENOS que trilhará nossa tática de enfrentamento ao prefeito CASSADO Expedito Pereira. A estes/as, nosso maior sentimento de PENA desses/as pobres coitados/as.
O que mais nos impressiona é que, episódio após episódio, o prefeito CASSADO Expedito Pereira e sua tropa de choque não aprende. Me parece que o governo Expedito 4 sofre de um profundo sentimento de masoquismo. Só isso para explicar as sucessivas bobagens promovidas por seu governo.
A mais recente envolve a questão do pagamento da metade do 13º salário. Há anos que a prefeitura de Bayeux vem pagando esta metade no mês de junho, completando o pagamento deste benefício trabalhista em dezembro. Praticamente, todas as prefeituras e governo do Estado fazem isso. Só para citar alguns exemplos, enquanto redijo estas linhas no dia 16 de junho de 2014, algumas prefeituras, como João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo, Conde, além do governo do Estado, já fizeram este pagamento. Tal pagamento é bom não apenas para o/as servidor/a como também, principalmente, para a economia do município e do Estado como um todo. Não é à toa que não apenas o/as servidor/a como também os comerciantes esperam ansiosos por isso.
Há um boato corrente em Bayeux que a (indi) gestão Expedito Pereira só pagará o 13º em dezembro. O secretário Álvaro Vasconcelos, da Administração, chegou a me dizer por telefone este informe. E ainda fez menção à lei que garante ao prefeito CASSADO Expedito Pereira promover tal prática. Como se nós não soubéssemos!!!
Legalmente, o prefeito CASSADO Expedito Pereira tem, até o dia 30 de novembro de cada ano, que pagar a metade do 13º. Se, nesta data não fizer isso, terá que pagar o benefício integralmente até o dia 20 de dezembro. Desta maneira, se esta for a forma encontrada pela Prefeitura de Bayeux para pagar o salário extra da categoria, do ponto de vista legal, Expedito (depois de muito tempo, diga-se de passagem) estará cumprindo a lei. Bom seria se ele agisse assim sempre, em relação aos direitos assegurados em leis aos servidores municipais de Bayeux.
Mas, fica claro também para nós que tal decisão – repetimos, se ela for verdadeira – se configurará em uma RETALIAÇÃO aos servidores municipais de Bayeux que promoveram, recentemente, a maior greve da história desse município. E isso, caríssimo prefeito CASSADO Expedito Pereira, só aumentará a ira da categoria em relação a você e a seu (des) governo. Se vc prefere assim................

Ah, só mais um recado, destinado aos IMBECIS prepostos da Prefeitura de Bayeux: façam fila e agradeçam mais este ato de boa vontade do prefeito CASSADO Expedito Pereira!!!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Yes, nós temos apartheid!!!



Recentemente, todos assistimos às cenas de brutalidade praticadas pela PM paulista contra jovens da periferia paulistana num shopping por estes se reunirem em um dos "rolezinhos" marcados pela internet. Isso porque a administração do shopping solicitou o auxílio da PM a expulsão dos jovens do centro comercial, amparada numa liminar judicial que previa, inclusive, multa de R$ 10 mil para cada participante do "rolezinho". E a PM paulista, com sua tradicional "diplomacia", fez isso da forma como bem conhecemos: a la cassetete e balas de borracha, provocando um tumulto muito maior do que a administração do shopping supunha que os jovens poderiam provocar com o "rolezinho".
Isso já havia ocorrido em João Pessoa no ano passado no Shopping Tambiá quando jovens haviam marcados um encontro na praça da alimentação daquele centro comercial e foram brutalmente arrancados do local por seguranças privados e PM's chamados pela direção do estabelecimento. 
Na verdade, o que estamos começando a assistir é aquilo que já sabemos existir há muito tempo e que começa a se expor de forma mais visível agora: o apartheid social que existe em nosso país.
A juventude pobre e negra que vive nas periferias de nossas cidades, sem nenhuma condição de acesso a alguma opção de lazer, ao mesmo tempo que percebe uma ilha de opções diversão crescendo ao seu redor, como a construção de shoppings, vê nisso uma oportunidade de entretenimento. Porém, percebe que este lazer é dirigido não à "nova classe média" construída pelo governo do PT nos últimos 10 anos, conforme divulgado ufanisticamente pela propaganda oficial e pelos apoiadores do governo, mas sim para os de sempre - os que têm dinheiro e cara de riquinho/a -. Essa é a democracia que vivemos em nosso país de prosperidade petista!!!
Nos causa mais espanto e, ao mesmo tempo, ojeriza é quando verificamos fatos desse tipo ocorrerem em um país cujo governo, nos últimos 10 anos, promove uma propaganda enganosa de promoção de "distribuição de renda" que vem sendo confrontada diretamente pela realidade e não por outra coisa qualquer. Os "rolezinhos" são em exemplo claro de que a "distribuição de renda" petista é, no mínimo, questionável do ponto de vista de sua aplicabilidade. Não é possível que os petistas continuem cegos/as quanto a isso! 
Na verdade, o que estamos presenciando com os "rolezinhos" é uma continuidade do processo que se abriu em junho, com as mobilizações pela luta por um transporte público de qualidade, seguido por grandes passeatas por melhorias nos serviços públicos de saúde, educação, moradia, dentre outros pedidos. Não sabemos onde este momento vai dar, mas é preciso que todos/as lutadores/as e organizações do movimento emprestem todo o apoio necessário a esta luta justa da juventude da periferia das cidades que querem apenas ter o direito de se divertir, nada além disso.
Os empresários dos shoppings alegam, de forma cínica, que o espaço é privado e, por isso, eles têm o direito de defender o patrimônio deles e dos comerciantes que ali estão. Porém, partindo do pressuposto dessa discussão jurídica, aonde fica o direito de ir e vir desses jovens? Além disso, é nesse momento que verificamos, com mais nitidez, o papel da PM ao criminalizar a juventude pobre de nosso país pelo simples fato de que esta procura diversão.
Esta é a face do preconceito e da discriminação mais explícita que se apresenta em nosso país à juventude pobre e negra de nosso país.
Esta é a face do nosso apartheid social. 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

"Melhor ser uma burra feliz do que uma esperta amarga."

Calma, homens e mulheres! Antes de mais nada, um esclarecimento se faz extremamente necessário. O título do artigo expressado acima é referência a uma frase dita pela personagem Joana (interpretada pela atriz Bel Kutner), na novela global "Amor à Vida", no capítulo levado ao ar no 1º dia de 2014. Para entender o contexto dessa infeliz frase, vamos colocá-lo aqui ao conhecimento de todos/as (como se isso amenizasse a infelicidade dessa declaração, o que evidentemente, não ocorrerá!)
Para quem acompanha ou não a novela da Globo, Joana é a enfermeira chefe do Hospital San Magno, local onde se passa boa parte das cenas da novela, por sinal. Esta é uma mulher quarentona, independente, resolvida financeiramente, mora sozinha e como se costuma dizer, "dona de seu próprio nariz". Até o dia em que conhece Luciano (interpretado pelo ator Lucas Romano), filho da enfermeira Ordália (interpretada pela atriz Eliane Giardini). Luciano é um jovem ambicioso, que deseja ser médico e que se relaciona com Joana, que através desse relacionamento banca o curso de Medicina do garotão. Após a conclusão do curso, Luciano abandona a enfermeira, que fica arrasada por ter sido usada pelo jovem médico. Depois de um tempo, Luciano volta a procurá-la, se dizendo arrependido, querendo retomar a relação e ela, naturalmente, desconfiada dos sentimentos do garotão. Até que no capítulo do dia 1º de janeiro deste ano, ela finalmente cede aos encantos do jovem médico e vai pra cama novamente com ele e retoma a relação. No dia seguinte, assim que acorda, o cara pede a Joana as chaves de seu carro pra dar uma saída e ela, mesmo titubeante, dá as chaves. Assim que ele sai, é que ela solta a "bendita" frase do título, depois de pensar na possível besteira que pode ter feito: "melhor ser uma burra feliz do que uma esperta amarga".
É aí que queremos abrir a discussão com todos/as que estão lendo este artigo. Até quando teremos que continuar vendo e ouvindo estes comentários machistas a respeito das mulheres e, em especial, das mulheres que, como Joana, possuem mais de 40 anos e são independentes financeiramente e moram sozinhas? Por que, para boa parte da mídia e da sociedade, as mulheres para serem felizes, precisam estar se relacionando com um homem ao seu lado? E, pior, por que considerar que só serão felizes as mulheres que estiverem com um homem ao seu lado? E se não estiverem com um homem, serão infelizes? Quer dizer que todas as lésbicas são infelizes?
Esses estereótipos que nos são colocados pela mídia todos os dias, todas as horas, precisam ser desconstruídos e DESTRUÍDOS. Não é possível aceitar que esses conceitos e afirmações invadam nossas casas sem pedir licença e assistamos a isso de forma passiva, sem esboçarmos nenhuma reação. 
O movimento de mulheres, em particular, e o movimento operário comprometido com a luta das mulheres PRECISAM dar uma resposta a esta postura da Rede Globo, que é na verdade um ataque à luta das mulheres pela sua liberdade sexual!