Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

Reunião do Soviet de Petrogrado em 1917

A Revolução Russa: expressão mais avançada de uma onda revolucionária mundial.

Diretas Já

Luta por dias melhores

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Trabalhadores e trabalhadoras da Educação municipal de Campina Grande continuam dando exemplo de LUTA enquanto demais sindicatos da Educação da Paraíba derrapam em seus próprios equívocos







Nesta terça-feira, 09 de fevereiro do corrente ano, os/as trabalhadores/as da Educação municipal de Campina Grande, organizados/as no SINTAB (Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema), realizaram mais uma assembleia virtual, aonde decidiram manter a GREVE GERAL da categoria iniciada no último dia 01/02, reivindicando a volta às aulas só após a "vacinação em massa da população, incluindo todos os trabalhadores da educação e só iniciarão as aulas de forma remota se forem oferecidas as condições ideais para tanto" (https://sintab.org.br/8514-2/). Além das reivindicações específicas da categoria, incluídas na pauta de reivindicações aprovada na assembleia de deflagração da greve, já entregue à Prefeitura local e que, segundo a direção do sindicato, ainda não foi respondida.
Desta maneira, não houve outra alternativa aos/às trabalhadores e trabalhadoras da Educação de Campina Grande em continuar com sua justa luta em defesa da vida e por uma Educação Pública, Gratuita e de Qualidade para todos/as. Mais do que isso, continuar dando um exemplo de LUTA e ORGANIZAÇÃO para várias direções sindicais espalhadas pela Paraíba e Brasil nesses tempos de pandemia do coronavírus que vivemos.
Sobre isso, queremos falar acerca de uma reunião virtual que ocorreu na sexta-feira, 05 de fevereiro deste ano, convocada pelo SINTEP/PB e que reuniu, segundo matéria constante no site do sindicato, "diversos sindicatos de profissionais da educação ou de servidores públicos municipais (totalizando cerca de 50 cidades representadas), além de dirigentes da CUT-PB, da Confetam (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal) e do SINTEP-PB" (http://www.sinteppb.com.br/noticias/visualizar/sindicatos-da-educacao-organizam-frente-em-defesa-da-vida-505).
Nesta reunião, os "diversos sindicatos" reunidos tiraram várias deliberações, as mais importantes, segundo a matéria do site: 
"-Manifesto conjunto, assinado pelas entidades presentes, focando principalmente na defesa da vida e que trabalhadores e trabalhadoras em educação só retornarão às atividades presenciais com ampla vacinação da categoria.
-Organizar campanha com outdoors por todo o estado.
-Cada sindicato preparar vídeos e postagens para as redes sociais.
-Formar uma comissão para garantir os encaminhamentos: SINTEP-PB, CUT-PB, SINTEM-JP, CONFETAM e CNTE" (Idem).
Sobre a reunião e suas deliberações, queremos afirmar o seguinte: 1) o fato dela ter sido convocada para debater um assunto de tamanha importância, por si só, foi importante, não resta dúvidas, especialmente por reunir várias entidades sindicais ligadas à educação e de todo o Estado; 2) porém, é inadmissível que uma reunião deste porte, com um debate desta envergadura, não tenha contado com a presença do representante do SINTAB, entidade que está promovendo uma forte GREVE GERAL neste momento em Campina Grande e que, com certeza, motivou a realização desta reunião, entre outros motivos. A não convocação do SINTAB para a reunião é de um equívoco político LAMENTÁVEL; 3) as deliberações da reunião, por mais corretas que sejam, infelizmente são coisas para "inglês ver" pois, passados 4 dias da reunião, nada foi encaminhado e, só falando de João Pessoa, as aulas reiniciaram na rede municipal de ensino e o sindicato da categoria, o SINTEMJP, que faz parte da comissão tirada na reunião para encaminhar as deliberações, sequer soltou uma nota de repúdio sobre isto. Tampouco seu presidente, Daniel de Assis, fez um vídeo repudiando tal procedimento da PMJP.
Isso só mostra que a reunião virtual de 05/02, infelizmente, não produziu e, provavelmente, produzirá poucos efeitos práticos na vida dos/as trabalhadores/as da Educação ligados a estas entidades que participaram da reunião. Isto se estes/as esperarem algo das direções dessas direções sindicais. Por exemplo: estamos sabendo que, em Bayeux, as aulas estão previstas para reiniciarem em 01/03, cujo modelo - se remoto ou hibrido ainda está para ser definido pelo Conselho Municipal de Educação -. O que a direção atual do SINTRAMB diz sobre isso??? Há mobilização na base de Bayeux sobre isso??? Temos informações de que a presidente do SINTRAMB, Germana Vasconcelos, esteve nesta reunião virtual; entrou muda e saiu calada, pra variar. Será esse o comportamento do SINTRAMB neste debate perante a base da Educação de Bayeux??? Será esta a reação dos/as trabalhadores/as da Educação de Bayeux diante dessa importante discussão de seu futuro???
Enquanto isso, trabalhadores e trabalhadoras da Educação de Campina Grande, junto com o SINTAB, continuam de PARABÉNS!!!





sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

O exemplo que vem de Campina Grande!!!







Há cerca de um ano no Brasil e na Paraíba, todos começamos a sofrer uma brutal mudança em nossas vidas, com o surgimento da pandemia do coronavírus em nossos cotidianos. Apesar do governo Bolsonaro, de seus seguidores, de seu negacionismo e das consequências desastrosas que isso vem causando desde então no país, refletindo-se em cerca de 9,5 milhões de casos confirmados no Brasil, com pouco mais de 230 mil mortes. Tudo isso demonstra que não estamos diante de uma "gripezinha", como chegou a classificar o presidente Jair Bolsonaro nem que esta terrível doença será curada por meio de cloroquina ou outros medicamentos igualmente ineficazes, sem comprovações científicas. Apenas as vacinas que vêm sendo aplicadas em todo o mundo, inclusive no Brasil (apesar do negacionismo que insiste em persistir) poderão salvar todos/as deste mal que aflige a humanidade. Além do uso de máscaras e outros cuidados protetores recomendados pelas autoridades científicas, como lavagem das mãos e distanciamento social.
Há meses também que vem sendo travado um debate em terras tupiniquins sobre a volta às aulas, com a consequente pressão dos empresários do setor educacional sobre as autoridades públicas - federal, estaduais e municipais - para que estas retornem mesmo durante a pandemia do coronavírus. Neste momento, apesar dos números mostrarem um novo aumento da Covid-19 no país, os empresários da Educação continuam a pressionar  o Poder Público nos Estados e Municípios para que haja uma volta às aulas, sobretudo na rede particular de ensino. Na rede pública de ensino, existem locais em que datas de retorno às aulas estão previstas, ainda que de forma híbrida.
No que diz respeito ao setor privado, tal decisão dos empresários educacionais revela a total insensibilidade destes com a VIDA humana e a única preocupação destes com o LUCRO, apesar do discurso "humanista" que muitos colocam para pais e mães, sem falar na "conivência criminosa" que Estados e Municípios têm com estes quando autorizam o funcionamento destas escolas. Um exemplo do risco que estas escolas colocam aos alunos e à comunidade como um todo verificou-se recentemente em Campinas/SP, quando três escolas particulares reabriram e tiveram que fechar após registrarem novos casos de Covid-19; uma delas teve 42 alunos infectados (https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/02/03/escola-de-campinas-tem-42-casos-de-covid-19-e-fecha-apos-volta-as-aulas). 
No caso da rede pública de ensino, há uma polêmica sendo travada entre a oferta do ensino remoto x ensino híbrido. Alguns Estados e Municípios têm a proposta de oferecer o ensino remoto; outros querem ofertar o ensino híbrido; poucos, ao que conheço, têm a proposta da oferta do ensino presencial. Mesmo assim, uma coisa é consensual, quando o assunto surge na grande mídia: todos falam, diretores de escolas, secretários de Educação (de Estado ou do Município), donos de escolas. Menos diretores de sindicatos ou professores. Coincidência??? Claro que não!!!
Assim, o exemplo que vem da cidade de Campina Grande, através dos/as trabalhadores/as da Educação municipal desta cidade, organizados no SINTAB (Sindicato dos Trabalhadores Municipais do Agreste da Borborema), é muito importante. 
Em assembleia virtual realizada no dia 01/02, servidores/as da Educação municipal de Campina Grande decidiram, por UNANIMIDADE, entrar em GREVE GERAL  e não iniciar o ano letivo de 2021.
Segundo a categoria reunida em assembleia, "ainda não é o momento para o retorno das aulas presenciais, ainda que de forma híbrida, já que a volta às atividades nas unidades educacionais neste momento, pode resultar em ainda mais mortes de profissionais da educação vítimas do novo coronavírus, como aconteceu com a professora Christianne Fátima, gestora da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Manoel Francisco da Motta, que veio a óbito precocemente neste domingo, 31" (https://sintab.org.br/8444-2/).
A decisão dos/as trabalhadores/as da Educação de Campina Grande se deve, portanto em primeiro lugar, à  repercussão da pandemia do coronavírus no interior da categoria, mas também existem outras reivindicações específicas da categoria que não foram esquecidas pelo conjunto do movimento, como: "não pagamento do 14º salário da educação; não cumprimento das progressões; atrasos na recarga do cartão de passagem e falta de EPIs" (idem).
O SINTAB e os/as trabalhadores/as municipais de Campina Grande, com esta GREVE GERAL deflagrada no início de fevereiro, dão um exemplo de organização e luta para os demais trabalhadores da Educação da Paraíba e também do Brasil em plena pandemia do coronavírus, contra a ganância e insensibilidade dos patrões do ensino e a conivência criminosa de governadores e prefeitos espalhados pelo país, que se aliam a estes quando autorizam a reabertura das escolas particulares ou quando pretendem reiniciar as aulas em suas respectivas redes, apesar do avanço da Covid-19.
Que, em se tratando de Paraíba, sindicatos como SINTEP (que representa os/as trabalhadores estaduais da Educação), SINTEMJP (que representa os/as trabalhadores municipais da Educação de João Pessoa), SINTRAMB (que representa os/as trabalhadores municipais da Educação de Bayeux), SINFESA (que representa os/as trabalhadores municipais da Educação de Sta. Rita), além de outros sindicatos municipais de todo o Estado, sigam o exemplo que vem do  SINTAB e de Campina Grande e ponham suas categoria nos trilhos da LUTA!!!



terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Só a LUTA muda a VIDA!!!

 


   

Nesta segunda-feira, 01 de fevereiro do corrente ano, os motoristas e cobradores de João Pessoa, organizados pela Sindicato dos Motoristas da Paraíba, que vem sendo dirigido pela Junta Governativa que está à frente da entidade enquanto esta aguarda as eleições desta que ocorrerão no próximo mês de maio (assim determinado pela Justiça), realizaram a 2ª paralisação da categoria em pouco mais de uma semana. A primeira havia ocorrido no dia 25 de janeiro e ambas se deram pelos mesmos motivos: contra as demissões que continuam ocorrendo entre os trabalhadores do setor, promovidas pelos patrões (apesar da pandemia, mesmo com estes recebendo recursos públicos dos governos federal, estadual e municipal, com compromisso de não demitir nenhum trabalhador); contra a redução no valor dos tickets-alimentação de cada trabalhador; contra as "duplas pegadas; contra a dupla função, que obriga o motorista a também ser cobrador e faz com que estes sejam demitidos aos montes. Além de todas essas reivindicações específicas dos motoristas e cobradores, havia nessas paralisações uma reivindicação que atinge a todo povo trabalhador de João Pessoa: o não aumento das passagens de ônibus pretendido pelos empresários do setor, com o consequente congelamento destas.    

Este reajuste nas passagens de ônibus em João Pessoa foi solicitado no início deste ano à SEMOB (Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana), autarquia ligada à Prefeitura Municipal de João Pessoa, no início deste ano, pelo SINTUR (sindicato dos empresários de ônibus) onde, com este gesto, eles já cobravam do novo prefeito da cidade, Cícero Lucena (PP), a fatura da campanha eleitoral passada (https://mauriliojunior.maispb.com.br/2021/01/08/sintur-pede-aumento-na-passagem-de-onibus-em-joao-pessoa/#new_tab&_ga=2.243909701.1965056016.1612307089-1981953311.1608553755).

Após a realização da segunda paralisação dos motoristas e cobradores que, como já afirmamos, também se deu na defesa do não reajuste das passagens de ônibus e pelo seu congelamento, além das pautas específicas da categoria já  aqui citadas, eis que repercutiu na imprensa local a notícia de que foi feito um acordo entre a SEMOB e o SINTUR de suspenderem um possível reajuste nas passagens de ônibus e manterem o atual preço de R$ 4,15 (R$ 4 no cartão de passagem) pelos próximos 60 dias. Com um detalhe importante: segundo o  SINTUR, nas palavras de seu diretor Isaac Júnior Moreira, "a proposta é manter o preço da passagem cobrado atualmente, que é de R$ 4,15" (https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2021/02/02/reajuste-da-tarifa-de-onibus-em-joao-pessoa-e-suspenso-por-60-dias.ghtml).

Evidentemente, nem os empresários de ônibus nem a Prefeitura de João Pessoa admitirão que tal acordo foi feito por conta da mobilização feita com sucesso pelos motoristas e cobradores da capital paraibana nos últimos dias. Mas, para bom entendedor, fica evidente e explícito que tais paralisações organizadas pelos trabalhadores do transporte coletivo de João Pessoa foram fundamentais para a mudança de postura de empresários e Prefeitura de João Pessoa - leia-se Cícero Lucena - neste delicado assunto chamado reajuste de passagens de ônibus em João Pessoa.

Assim, fica a lição para todo o povo trabalhador de João Pessoa e demais movimentos sociais da cidade e do Estado: só a LUTA muda a VIDA!!!