Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

Reunião do Soviet de Petrogrado em 1917

A Revolução Russa: expressão mais avançada de uma onda revolucionária mundial.

Diretas Já

Luta por dias melhores

sábado, 22 de dezembro de 2018

O caos de Bayeux, os servidores municipais da cidade e a atual direção do SINTRAMB




Aprendi em pouco mais de 30 anos de militância, iniciada no movimento estudantil da UFPB em 1987, que não devemos fazer galhofas nem desprezar aqueles e aquelas que lutam. Estes/as merecem nosso respeito, mesmo que eventualmente tenhamos nossas diferenças políticas. Isto porque estes/as dedicam suas vidas e energias a colocá-las a serviço de uma causa coletiva, na defesa de setores e grupos que, muitas vezes, não podem fazê-lo ou não possuem a compreensão política dessa tarefa naquele momento.
Porém, além dessas questões levantadas, é preciso que a direção do movimento tenha a exata dimensão de um fator importante para realizar determinadas atividades, que possam, neste sentido, reunir um bom número de pessoas para que tal atividade cumpra a função a que se propõe. Senão, além de não atingir o fim determinado e pretendido, pode-se jogar o movimento e a entidade em questão a um ostracismo e a um descrédito perigosos. 
A foto acima revela um pouco disso. Em primeiro lugar, quero afirmar a todos/as que porventura leiam este artigo, que não participei de tal ato porque, na mesma hora da atividade, havia uma consulta médica já previamente agendada e não poderia estar presente. Avisei isso à presidente do SINTRAMB, Germana e ao companheiro Joel (conselheiro do Fundeb, como eu) que compareceu ao evento. Tudo isso devidamente registrados nos whatsapps de cada um. 
Em segundo lugar, afirmo isso porque, quando estivemos na direção do SINTRAMB, também realizamos um ato semelhante a este, em número reduzido, com relação ao "aniversário" de construção da UPA de Bayeux, na época do então prefeito Expedito, que já fazia 1 ano (na ocasião) de sua construção que não andava. Avalio hoje que faltou, de nossa parte, mais divulgação e preparação para a realização daquela atividade. Creio que, neste "ato de Natal", chamado pela atual direção do SINTRAMB, tenha faltado as mesmas coisas, sem falar em outra coisa, desconhecida para a maioria das pessoas, que revelo aqui: a teimosia política de uma direção que não aceita ser vencida pela base da categoria em assembleia. Digo isso porque, na última assembleia ocorrida em 13 de dezembro deste ano, quando houve a nossa eleição para o Conselho do Fundeb, junto com o companheiro Joel, discutiu-se também acerca da realização de uma atividade sobre o não pagamento do 13º salário aos servidores municipais de Bayeux. Na ocasião, a direção do SINTRAMB queria fazer isso no dia 20/12, mas após um debate na referida assembleia, decidiu-se que isto deveria ocorrer no dia 14/12, como ocorreu, em frente à Prefeitura, contra a vontade da direção do "MUDA SINTRAMB", que manteve sua posição de que tal evento deveria ser no dia 20/12. Assim, ocorreram em uma semana dois atos com a mesma finalidade. O resultado disso??? Dois atos esvaziados. Que isso significa, politicamente??? Movimento e sindicato desgastados politicamente. Isso é muito ruim, mas parece que a atual direção do SINTRAMB só sabe colocar a "culpa" disso na categoria. Lamentável..........
Não precisa ser um expert em política, pós-doutor em Ciência Política, para saber que Bayeux vive no caos há algum tempo, mais precisamente desde quando Berg Lima (hj, sem partido) foi preso em flagrante no dia 05 de julho de 2017 e que seus sucessores, Luiz Antonio (PSDB) e Noquinha (PSL) apenas ampliaram esse caos. E que, infelizmente, o "MUDA SINTRAMB" pouco ou quase nada fez neste período para que nossa categoria respondesse à altura esta grave crise que a cidade e a categoria dos servidores municipais também vive. O exemplo mais concreto disso é a política traçada por essa direção, tendo à frente a professora Germana, acerca do pagamento do 13º salário deste ano. Só agora, às vésperas da data final para a Prefeitura cumprir seu "dever de casa", é que Germana e cia se mexem para dar alguma satisfação à base. E, neste caso, não bastam ações jurídicas. Pois estas fazem parte do bê-a-bá do dicionário sindical. O que esta direção deveria ter feito e não fez, era preparar a categoria para o enfrentamento e a luta há pelo menos dois meses atrás, porque neste período já era visível que isso poderia ocorrer. Mas, o que o "MUDA SINTRAMB" fez??? Com a respostas, vocês!!!
Como disse anteriormente, esses erros de avaliação política podem ocorrer. Todos cometemos, é normal que aconteçam. O "x" da questão é quando isso ocorre mais de uma vez. Isso acaba comprometendo a credibilidade do movimento e da entidade como um todo. É isso que verificamos hoje em dia com nosso sindicato, pois observamos que não é a primeira vez que tal coisa acontece, seja em atos ou assembleias. Verificamos, já há um tempo, um certo distanciamento entre a atual direção do SINTRAMB e a base da categoria. Assim, só uma nova direção pode fazer com que nosso sindicato possa voltar a ter dias de protagonismo na cidade e, principalmente, na nossa categoria.

domingo, 16 de dezembro de 2018

Sobre um ataque à mulher e o silêncio do movimento de mulheres




No final de semana passada, mais precisamente no dia 09 de dezembro deste ano, a Paraíba ficou sabendo de mais um caso de violência cometido contra uma mulher, e este logo ganhou repercussão na mídia local por envolver o prefeito de Sousa, Fábio Tyrone (PSB) e, na época do fato, sua companheira, a advogada Myriam Gadelha. A própria vítima das agressões perpetradas contra ela foi autora de uma queixa na Polícia e depois divulgou imagens nas redes sociais dessa violência sofrida por ela, no dia 06 de dezembro passado, após uma festa realizada em João Pessoa.
Ao longo da semana que passou, outras coisas ocorreram envolvendo este fato, como a fala do prefeito de Sousa, Fábio Tyrone, vindo a público afirmar que o que ele fez foi fruto de uma "legítima defesa"; notícias dando conta de que ele é reincidente, pois responde a um outro processo, de mesmo tipo, no Ceará, contra sua ex-esposa; os tios de Myriam, ambos da família Gadelha, dando declarações à imprensa, de que não irão deixar isso "barato", e outras questões a mais.
Porém, o mais impressionante, na minha humilde opinião, é ter verificado, até o presente momento, o silêncio ensurdecedor dos movimentos de mulheres da Paraíba acerca deste caso. Para deixar bem claro, logo de início, algumas coisas para algumas pessoas. Tenho minha identidade de gênero e orientação sexual muito bem definidas, além de minha posição política. E, por tudo isso, defendo os direitos e conquistas das mulheres, assim como de outros setores tão ou mais oprimidos do que estas em nossa sociedade. Reconheço, enfim, que nós, homens, somos machistas, criados numa sociedade machista e que precisamos, a cada dia que passa, nos educarmos para desconstruirmos essa terrível chaga que o capitalismo faz questão de manter para dividir nossa classe.
Neste aspecto, não importa para mim, nesse caso, a origem social de Myriam Gadelha, nem de nascença ou atual. Pouco me importa saber se ela é uma mulher pequeno-burguesa (e é, na verdade) ou trabalhadora. Importa saber e reconhecer que ela, agora, infelizmente, entrou para o triste ranking das mulheres vítimas do machismo que existe em nossa sociedade, mais especialmente no Nordeste brasileiro e na Paraíba, em especial, aonde um homem (como Fábio Tyrone) se acha o "todo-poderoso", "dono" da mulher e, assim, pode fazer o quem bem quiser de sua companheira de ocasião, inclusive espancá-la.
Lamentável é assistirmos este silêncio do movimento de mulheres paraibano que não se pronunciou, até agora, sobre este caso. Todos, em geral, sem exceção. A começar do movimento de mulheres do PSB, mesmo partido do prefeito "valentão" de Sousa. Parlamentares como Estela Bezerra, Cida Ramos, Sandra Marrocos, a secretária estadual da Mulher e Diversidade Humana, Gilberta Soares (também do PSB), nenhuma (nem o movimento) emitiu uma nota sequer. Mesma linha de infeliz de atuação seguiu o Centro da  Mulher 8 de Março e sua líder, Valquíria Alencar (também do PSB), o Coletivo Cunhã Feminista (ligado à deputada Estela Bezerra), o Movimento de  Mulheres da UFPB, a Marcha Mundial de Mulheres na Paraíba, o MML (Movimento de Mulheres em Luta). Se existirem outros movimentos de mulheres não citados aqui, é porque não conheço ou não lembro de imediato. O mais importante, aqui, é lembrar disso: o silêncio perturbador das entidades de mulheres paraibanas a respeito deste caso. Fica aqui a pergunta: porquê será??? Será que é por conta do agressor ser prefeito de uma importante cidade e do PSB??? Ou há outros motivos???

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

STJ, Bayeux e a Justiça que nós temos




Bayeux completa, neste dia 15 de dezembro de 2018, 59 anos de emancipação política. É mais uma data histórica a entrar no calendário desta que é a 5ª cidade que mais arrecada impostos no Estado da Paraíba na atualidade e possui cerca de 100 mil habitantes. Porém, outras datas bem menos importantes e mais vexatórias para Bayeux vem entrando, ultimamBente, para a História da cidade e a transformando em chacota nacional, infelizmente.
Tudo isso começou em 05 de julho de 2017 quando Berg Lima (na época, do Podemos), foi preso em flagrante por uma força tarefa da Polícia Civil e do Gaeco, acusado de receber propina de um empresário local por conta de uma dívida que a Prefeitura Municipal de Bayeux tinha com este empresário do ramo de alimentação há alguns meses. Na ocasião, Berg Lima foi filmado recebendo o dinheiro e, após preso, foi encaminhado ao 5º BPM situado no Valentina Figueiredo, aonde ficou por cerca de 5 meses, donde saiu para, em seguida, ser processado pela Câmara Municipal de Bayeux (e absolvido) de uma possível cassação de mandato, em dezembro do mesmo ano. Após sua prisão, foi afastado do cargo de prefeito da cidade, tendo assumido o posto o então vice, Luiz Antonio (PSDB), que posteriormente foi cassado pela mesma Câmara Municipal por conta de outro escândalo político e veio a assumir a Prefeitura o então Presidente daquela Casa Legislativa, o vereador conhecido por Noquinha (PSL), que é até a presente data o prefeito interino da cidade.
Porém, nesta quinta-feira, 13 de dezembro do corrente ano, veio de Brasília uma notícia que abalou (literalmente) as estruturas da cidade de Bayeux, de toda sua população. Os juízes do Superior Tribunal de Justiça - STJ - derrubaram todas as medidas cautelares do processo penal a que estava submetido Berg Lima por 5x0 e, com isso, este pode retornar (a qualquer momento) ao posto de prefeito de Bayeux. Só não fez isso (ainda) porque existe contra ele um processo na área cível, no TJPB, que o impede de retornar ao maior posto político na cidade de Bayeux. Mas, como diz o velho ditado popular, "por onde passa um boi, passa uma boiada........."!!!
Mas, o que se deve analisar nesta questão que envolve Berg Lima e a decisão conquistada por ele junto ao STJ, em Brasília, é a qualidade da "JUSTIÇA" que nós, brasileiros e brasileiras, possuímos, Com esta decisão, fica mais uma vez claro (para quem quiser ver, evidentemente) que  o princípio constitucional "somos todos iguais perante a lei", existe apenas e tão somente no papel, porque na vida real, isso é mera ficção. Se vc não tiver dinheiro e/ou poder político, esqueça isso, é letra morta. Se não fores aliado (leia-se babão) de Berg Lima, sabes perfeitamente que este é um corrupto de primeira hora, pois o vídeo não deixa de negar isso.
Outra coisa. Os 10 vereadores/as de Bayeux que não cassaram Berg Lima na sessão legislativa que começou em 29 de dezembro e terminou na madrugada de 30 de dezembro de 2017 são os principais responsáveis por esta gravíssima situação porque passa Bayeux na atualidade. Poderiam ter evitado tudo isso se tivessem feito o "dever de casa" nesta oportunidade, mas não o fizeram. Quem são estes/as??? Aí seguem os nomes, se não se lembram mais: Kita, França, Adriano do Táxi, Lico, Netinho, Guedes, Zé Baixinho, Tenente Ricardo, Uédson Orelha e Noquinha. Sendo que, na ocasião, Noquinha era o presidente da Câmara e Kita era o relator do processo. Tinham, portanto, mais influência nesta questão.
Além disso, a atual direção do SINTRAMB, durante todo este período, nada fez em nossa categoria e também junto ao povo de Bayeux para que nos levantássemos contra este absurdo. Também pudera, assim que Berg Lima assumiu a Prefeitura, haviam 5 (cinco) diretores do "MUDA SINTRAMB" na gestão municipal. Como servir a dois senhores ao mesmo tempo???
Concluindo, a decisão do STJ escancara, mais uma vez, a todos e todas que nossa (in) JUSTIÇA não serve aos interesses de nosso povo. Pelo menos, não ao povo que, cotidianamente, ganha sua vida com o suor de seu trabalho, mas sim àqueles/as que, preferindo o caminho mais fácil da corrupção, desvios de dinheiro e coisas afins, ganham rios de dinheiro e podem contar com serviços de bons advogados e aproveitar-se das "brechas da lei". Assim foi e está sendo com Berg Lima e os "grandões" da "Operação LavaJato"e outros casos país afora. Infelizmente..................