Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

Reunião do Soviet de Petrogrado em 1917

A Revolução Russa: expressão mais avançada de uma onda revolucionária mundial.

Diretas Já

Luta por dias melhores

sábado, 10 de julho de 2010

Uma avaliação da eleição do Sinfesa

No último dia 5 de julho deste ano, ocorreu a eleição para renovação da diretoria do Sindicato dos Funcionários Públicos de Sta. Rita - SINFESA -. Na disputa, duas chapas, a chapa 1 liderada pelo atual presidente, José Farias, e a chapa de oposição, capitaneada por Manoel Vieira, vice presidente da gestão que encerrava o mandato mas que rompera com José por conta dos desvios de conduta deste à frente da direção da entidade.
O SINFESA tem hoje com José no comando da entidade uma entidade completamente paralisada, que vive sob controle da Prefeitura, sem ter nenhuma autonomia e independência de classe. Daí a necessidade que um setor da categoria sentiu de dar uma resposta efetiva a esta situação. A greve do Magistério, em 2007, foi o estopim para se perceber a traição da maioria da direção do Sindicato quando esta por trás da categoria negociava o fim da greve com a Prefeitura sem nenhuma conquista para os trabalhadores às custas da perseguição a vários lutadores/lutadoras que atuavam na greve. Tudo isso com a permissão do presidente do Sindicato, José e a maioria de seus companheiros/as de diretoria.
Além disso, outra coisa bastante grave que se deu ao longo da gestão foi a completa falta de transparência na prestação de contas da entidade à categoria, afinal trata-se do dinheiro da categoria. Em 4 anos de gestão, nenhuma prestação de contas foi feita e só às vésperas da eleição, de forma muito atabalhoada, tal coisa foi feita e mesmo assim, há muito o que se questionar nas contas apresentadas.
No processo eleitoral em si, o que se viu foi uma tremenda desorganização proposital, tudo para garantir a qualquer custo a vitória da chapa da situação - ou a chapa da Prefeitura, podemos assim dizer -. Desde a eleição forjada da Comissão Eleitoral em Assembleia convocada sem a devida convocação bem feita na base até a atuação da "competente" e "eficiente" presidente da referida Comissão, para não dizer o contrário, que fez de tudo para tumultuar o processo eleitoral. Até mesmo ameaçar eleitores esta presidente fez, a fazvor da chapa 1. Isso é que é isenção!!!
Apesar de tudo isso, somado à "compra de votos" pela chapa situacional com as indicações de diretores/as de escolas, dobras de cargas para vários profissionais em escolas e outros tipos de favores feitos tal qual um candidato burguês da pior espécie, o comportamento político da chapa 2 durante todo o processo eleitoral e, especialmente, o desempenho eleitoral verificado ao abrir das urnas foi EXCELENTE!!!
Na eleição passada, a chapa de oposição a José saiu das urnas com um pífio resultado de 14%. Agora, a chapa 2, de Manoel, Valdir, Cleiton, Glória, Nevinha, Gilmar, Socorro, Elisângela, Elizama, Márcio e cia. saem das urnas com cerca de 34% dos votos, o que lhes dá uma credibilidade para iniciar um forte trabalho na base da categoria com muito mais respaldo.
Ainda mais que olhando para a atual composição da nova gestão do SINFESA, podemos verificar que a tendência é que José e cia. deverão se degenerar cada vez mais rápido, pois agora não há mais um Manoel Vieira para olhar os descalabros da gestão e, em seu lugar, entraram umas figurinhas que nós, servidores/as da base, devemos nos preocupar e muito com o futuro de nosso SINFESA.

A Espanha pode fazer História!

Neste 11/07/10, a Espanha poderá fazer História no futebol mundial e se igualar à Alemanha como a seleção vencedora da Copa do Mundo imediatamente após ter vencido a Eurocopa. Isto só ocorreu antes na História no longínquo período 1972-74, quando a então Alemanha Ocidental, liderada por Beckenbauer, Maier, Gerd Müller e tantos outros craques conquistou a Eurocopa em 1972, vencendo na final a URSS por inapeláveis 3x0 e dois anos após, jogando em casa, derrotou a fantástica Holanda de Crujff e Cia., por 2x1, conquistando seu segundo Mundial.
A Espanha de Puyol, Casillas e Villa pode repetir esse feito tentado por tantos outros mas não conseguido, o que convenhamos realmente não é fácil. Porém, terá pela frente uma Holanda que honra a velha tradição da "Laranja Mecânica" de seus melhores tempos, em que chegou às finais das Copas de 74 e 78 e não levou. A Holanda de Sneider e Robben tem uma vantagem que as de Crujff e van der Kerkhoff não tinham: uma defesa consistente, já avaliaram vários críticos da bola - e quando falo críticos da bola, não estou me referindo a Neto nem a Galvão Bueno, façam-me o favor, isto aqui é um blog de vergonha, ok? -. Portanto, isto só aumenta a dureza da tarefa que a Espanha terá se quiser repetir o feito que a Alemanha produziu há exatos 36 anos.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Uma avaliação mais atualizada do "Escola Nota 10", de Ricardo Coutinho


Em 28 de março próximo passado, fizemos uma análise do principal programa educacional do então prefeito de nossa capital e hoje candidato da oposição de direita, Ricardo Coutinho - PSB - o "Escola Nota 10" e perguntávamos, ao final do artigo, se este realmente merecia esta nota.

O MEC acaba de divulgar, há alguns dias, o novo IDEB, com os dados definitivos do ano de 2009. Quando escrevemos o artigo, em março passado, ressaltávamos naquela oportunidade que fazíamos aquele baseado em duas premissas importantes a serem verificadas: 1- que os dados fornecidos pelo MEC, naquela oportunidade, eram projeções e; 2- que realizaríamos nossa análise com os dados do IDEB dos anos finais, quando os alunos/as estão saindo da escola. A primeira premissa está descartada agora nesta análise que ora fazemos, pois como afirmamos anteriormente, o MEC já divulgou o IDEB definitivo de 2009, mas a segunda continua valendo.

Iremos realizar nossa análise utilizando também a pesquisa feita pelo IDEME apontando os 15 municípios paraibanos de maior e menor PIB e, assim, fazermos um comparativo do IDEB destes com o de João Pessoa na era Ricardo Coutinho.

Antes da análise em cima destes dados, vamos aos números definitivos do IDEB 2009, segundo o MEC, dentro dos 15 municípios de maior PIB e os 15 de menor PIB na Paraíba:

João Pessoa - 3,4

Campina Grande - 2,9

Cabedelo - 3,2

Santa Rita - 2,4

Bayeux - 2,8

Patos - 3,0

Caaporã - 2,9

Cajazeiras - 2,7

Sousa - 2,3

Guarabira - 2,8

Pedras de Fogo - 2,9

Conde - 3,3

Mamanguape - 2,2

Alhandra - 2,7

Sapé - 2,6

Analisando os 15 municípios mais ricos da Paraíba, já se percebe uma diferença em relação ao estudo anterior feito por nós, em março deste ano, com as metas projetadas pelo MEC. Naquela oportunidade, João Pessoa, o município de maior PIB da Paraíba perdia para outros 8 municípios dentre os 15 de maior PIB - Campina Grande, Cabedelo, Caaporã, Cajazeiras, Sousa, Guarabira, Conde e Alhandra - e agora, com os números definitivos do MEC, isso não ocorre mais, muito embora municípios como Conde, Cabedelo e Patos se aproximem muito do índice alcançado pela Cidade das Acácias.

Vamos agora olhar para a situação do IDEB dos 15 municípios de menor PIB do Estado e a sua relação com o estudo anterior:

Bom Jesus - 3,8

Passagem - 3,3

Bernardino Batista - 2,8

Amparo - 3,1

Riacho de Sto. Antonio - 3,1

Santarém - s/IDEB dos anos finais

Várzea - 3,9

Carrapateira - 4,5

Zabelê - IDEB não disponível

Curral Velho - 3,1

Parari - IDEB não disponível

Coxixola - IDEB não disponível

São José do Brejo do Cruz - 2,9

Areia de Baraúnas - 2,6

Quixabá - 3,8

Também neste ponto aqui há uma pequena melhora para o município de João Pessoa. No estudo anterior, João Pessoa perdia para 8 municípios mais pobres da Paraíba - Bom Jesus, Amparo, Santarém, Várzea, Carrapateira, Curral Velho, São José do Brejo do Cruz e Areia de Baraúnas -. Neste novo estudo, 3 municípios da análise anterior permanecem á frente de João Pessoa - Bom Jesus, Várzea e Carrapateira - e mais um somou-se a lista - Quixabá - que no estudo anterior sequer tinha IDEB disponível e agora conta com um índice de 3,8. No mínimo, decepcionante para as pretensões de quem deseja ocupar a cadeira mais importante de nosso Estado.

E agora, mais uma vez, a pergunta, caro/a leitor/a: você acha, realmente, que o programa "Escola Nota 10" de Ricardo Coutinho merece esta nota?


domingo, 4 de julho de 2010

Agora ficaram 4!

Chegamos às semifinais da Copa do Mundo 2010. Uruguai e Holanda de um lado, Alemanha e Espanha do outro, farão as partidas da fase semifinal da primeira Copa disputada no continente africano, berço da humanidade. A Europa, que até então estava mal das pernas na competição, mostra sua força na reta final. Dos 4 semifinalistas, 3 são do Velho Continente, apenas 1 da América. A África, mais uma vez, ficou pelo caminho com Gana, que esbarrou - literalmente - na trave, no jogo contra a Celeste Olímpica, como é conhecida a seleção uruguaia, num jogo onde o artilheiro Suárez, com certeza, ganhará várias homenagens quando retornar a Montevidéu por conta daquela mão salvadora no último minuto de jogo contra a seleção ganesa.
Podemos fazer várias projeções de quem chegará à final do próximo domingo, 11/07, por vários caminhos. Um deles é pela paixão. Por esse caminho, torço pelo Uruguai, em primeiro plano, por ser irmão latino americano; depois, pela Espanha, pelo ineditismo da conquista. Creio que isso seria muito bom para o futebol mundial como um todo, incluir mais uma força no hall dos campeões mundiais, apimentaria ainda mais a disputa nos próximos mundiais. Alguns poderiam argumentar que a Holanda também poderia cair neste critério, mas prefiro hoje a Espanha por conta desta jogar um futebol mais bonito do que esta, apenas isto. Só não quero a Alemanha, por conta desta ter eliminado minha seleção favorita, a Argentina.
Outro critério é examinarmos, detidamente, as campanhas de cada uma das seleções que chegaram à fase decisiva do Mundial 2010. Das 4 seleções, apenas Uruguai e Holanda estão invictas na competição, sendo que a "Laranja Mecânica" venceu TODAS as 5 partidas que disputou até agora, enquanto o Uruguai empatou 2 das 5 partidas que disputou. Alemanha e Espanha trazem no seu currículo 1 derrota cada uma nesta Copa, ambas na 1ª fase - Alemanha perdeu para a Sérvia e a Espanha para a Suiça, ambas por 1x0 -, ganhando as outras 4 partidas disputadas. Os alemães, das 5 partidas realizadas, venceram 3 marcando 4 gols em seus adversários (4x1 sobre a Inglaterra e 4x0 em cima da Austrália e Argentina), fazendo com que estes possuam o ataque mais positivo da Copa 2010, com 13 gols marcados e que seu atacante, o polônes naturalizado Miroslav Klose, já tenha 14 gols marcados em suas participações em Copas do Mundo, se igualando ao legendário artilheiro alemão das Copas de 1970/74, Gerd Müller e se aproximando da marca do maior artilheiro de todas as Copas, o brasileiro Ronaldo Fenômeno, que anotou 15 gols em 3 atuações em Copas - 1998, 2002/06 -. Alemanha, Espanha e Uruguai possuem as defesas menos vazadas da Copa, com 2 gols sofridos cada uma, mas é a Alemanha que tem o melhor saldo de gols, 11. O artilheiro da Copa é espanhol, David Villa, com 5 gols, uma marca impressionante, pois a Espanha marcou até agora na Copa 2010 exatos 6 gols, ou seja, sozinho Villa é responsável por 83,3% dos gols da "Fúria", o que mostra uma extrema dependência da seleção espanhola de seu atacante, o que é um dado preocupante ´para qualquer equipe que se pretenda campeã de qualquer competição, ainda mais de uma Copa do Mundo.
Portanto, se formos recorrer aos números postos pelas campanhas das equipes que chegaram às finais da Copa 2010, poderíamos concluir com base nisto que a final da Copa será Alemanha e Holanda, ou seja, a repetição da Copa '74, disputada na então Alemanha Ocidental e vencida pela dona da casa, onde a grande novidade daquela Copa foi o "Carrossel Holandês" de Rinus Michel comandado em campo por Crujff, Neeskens e cia., mas que sucumbiu na final à Alemanha de Beckenbauer, Breitner, Müller, Maier e cia.
Vamos esperar pelos acontecimentos, pelas definições que virão nas próximas terça e quarta-feira, com as semifinais e torcer para que o bom futebol prevaleça e não botinadas a la Felipe Melo. É isso que nós, amantes do bom futebol, queremos sempre.