Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

Reunião do Soviet de Petrogrado em 1917

A Revolução Russa: expressão mais avançada de uma onda revolucionária mundial.

Diretas Já

Luta por dias melhores

domingo, 27 de dezembro de 2020

O inimigo de meu inimigo é meu amigo. Será???






A cultura humana, como quase tudo que existe em nossa sociedade, é uma construção dos homens e mulheres que habitam nosso mundo, há milhares de anos. Afirmo quase porque existem coisas que independem da vontade humana, como os fenômenos naturais, por exemplo.

Por ser uma construção humana, a cultura é mutável, pois a sociedade humana é mutável. Por exemplo: na sociedade primitiva, morávamos em cavernas, a partir de um dado momento histórico, passamos a habitar em casas, que pertenciam a vilarejos, hoje cidades. E este hoje já faz um bom tempo, para não dizer milênios de nossa História. E assim podemos abordar aspectos da culinária humana, de suas vestimentas, modos de tratar-se, entre outras coisas. E não apenas de acordo com cada época histórica, mas também dentro de cada momento histórico, de acordo com cada povo e cada região habitada por um mesmo povo. Porque, como já afirmei, a cultura humana é mutável pois a sociedade e o ser humano mudam a cada instante.

A única coisa que não sofre mudança como a cultura humana e outras coisas feitas pelos seres humanas é a . Isso porque esta é absoluta. Ou você crê ou não crê. Não há meio termo para ela. Por isso, não discutimos sobre isso, pois trata-se de questão extremamente subjetiva e deve-se RESPEITAR, independente da crença pessoal de cada indivíduo.

Dito isso, vamos ao título deste artigo. Ele expressa um antigo provérbio, que foi encontrado inicialmente no século IV a.C., em um tratado sobre a arte de governar, escrito na língua sânscrita. Anos mais tarde, foi encontrado outro registro, em inglês, no ano de 1884. O exemplo clássico desse provérbio vem do uso na 2ª Guerra Mundial quando EUA e Inglaterra se uniram à URSS na ocasião para enfrentar e derrotar a Alemanha de Hitler e por fim àquela guerra. As potências capitalistas eram inimigas da URSS - e de seu líder na época, Stálin e vice-versa -, mas estes tinham em comum um inimigo maior, que era Hitler e a Alemanha nazista, por isso decidiram se aliar momentaneamente para derrotá-lo. Com isso, este provérbio ficou ainda mais famoso e seu uso associado, definitivamente, à política e negociações para que um grupo se sobreponha ao outro.

Após isso, muitos outros casos mundo afora usaram este provérbio para exemplificar suas ocasiões, algumas de forma exagerada. No Brasil, o caso mais recente vivido em nossa política foi o impeachment de Dilma Rousseff (PT), que uniu diversas forças políticas para enfrentar e derrotar seu governo e colocar em seu lugar o vice da ocasião, Michel Temer (PMDB). Claro que o objetivo direto era tirar Dilma e o PT do Palácio do Planalto, mas indiretamente a intenção era enfraquecer politicamente o ex-presidente Lula, o que acabou sendo conquistado com sua prisão pela Polícia Federal meses depois. Mas isso é outra história.

Neste momento, vivemos um outro episódio da política brasileira, que os remete a colocar, mais uma vez em xeque, este antigo provérbio. Trata-se da eleição da Câmara dos Deputados, em Brasília, que ocorrerá no início de fevereiro, que definirá não apenas seu novo presidente mas, sobretudo, o destino do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de seu governo no próximo período. 

Temos uma eleição polarizada por dois nomes. De um lado, o candidato de Bolsonaro e do Palácio do Planalto, o deputado do PP/AL, Arthur Lira, e o da "oposição de direita", deputado Baleia Rossi (MDB/SP), lançado e apoiado pelo atual Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ). Maia, especialmente após o resultado adverso que colheu no STF, que o impediu de ser mais uma vez candidato à Presidência da Câmara, tem se posicionado como "oposição" a Bolsonaro e conseguiu, nos últimos dias, construir uma rede de apoio a seu candidato na disputa pelo comando da Câmara dos Deputados.

Segundo uma pesquisa feita pelo portal Poder360, o bloco construído por Maia tem, neste momento, maioria na disputa contra o candidato do Planalto e ganharia num 1º turno a eleição na Câmara. Porém, haveria 2º turno contra o alagoano Lira. E aí, a disputa segue incógnita. Pelo placar do portal acima, citado, Rossi tem 269 votos contra 204 de Lira (https://www.poder360.com.br/congresso/bloco-de-maia-ja-teria-votos-para-vencer-eleicao-na-camara-entenda-a-disputa/).

A importância de ter o Presidente da Câmara já foi por demais revelada. Entre outras coisas, é o seu presidente que faz a pauta da Casa e seus projetos avançarem ou não, de acordo com o interesse do governo. Outra coisa não menos importante para o governo Bolsonaro: neste momento, há 56 pedidos de impeachment de Bolsonaro na mesa do Presidente da Câmara. Um aliado deste pode perfeitamente fazer isto não avançar no próximo período e tranquilizar o governo, coisa bem diferente caso um adversário vença a eleição.

Portanto, a disputa pela Presidência da Câmara dos Deputados entre o medebista Baleia Rossi, de São Paulo, e o progressista Arthur Lira, de Alagoas, comprovam que o provérbio "o inimigo de meu amigo é meu amigo", está longe de ser visto como absoluto. Especialmente quando vemos que forças ditas de esquerda, que se colocam como "defensoras dos interesses do trabalhadores", passam a defender um candidato apoiado por aquele que mais contribuiu com o governo Bolsonaro no último período para destruir vários direitos de nossa classe (como a "Reforma da Previdência", o "orçamento de guerra", dentre outros), sem falar no governo Temer, aonde aprovou a lei da terceirização, a "Reforma Trabalhista" e tantos outros ataques aos trabalhadores. Estamos falando de Rodrigo Maia (DEM/RJ) que entre tapas e beijos com Bolsonaro, fez coro com este governo para retirar várias conquistas de nossa classe. 

E agora, em nome de "derrotar" o governo Bolsonaro, PT, PCdoB, PSB, PDT, PV, Rede vem com o discurso falacioso de apoiar o candidato de Maia nesta eleição. O PSOL ainda não está envolvido, mas vem aí o 2º turno da votação, aguardem......

Por isso, concluímos: Em alguns momentos, como este, o inimigo de meu inimigo continua sendo meu inimigo. Por isso, precisamos construir uma ALTERNATIVA SOCIALISTA E REVOLUCIONÁRIA!!!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

O cretinismo parlamentar cobra sua fatura!!!





Em abril deste ano, neste mesmo espaço, fizemos um artigo intitulado "Quando o cretinismo parlamentar e o eleitoralismo se juntam como tática oportunista para camuflar uma alternativa de luta da classe trabalhadora!!!". Abordávamos a decisão do professor universitário da UEPB e militante, Nélson Júnior, em se desfiliar do PSOL e ir para o PCdoB em Campina Grande, seguindo a linha da "filiação democrática", através de uma Carta Aberta feita por este, explicando seus motivos para tal atitude.

Em seu texto, Nélson Júnior afirmava, resumidamente, que tomava tal decisão para enfrentar (e derrotar) o governo de ultradireita de Bolsonaro, vendo no PCdoB melhores condições para fazê-lo - inclusive no terreno eleitoral -, ao invés do PSOL, classificando seu novo partido como um partido coerente com "seus princípios fundantes" e que está "na linha de frente" no combate a um "presidente de perfil neofascista", no caso Bolsonaro. Posteriormente, no período eleitoral, as alianças feitas pelo PCdoB com PSL, DEM (dentre outros) fizeram com que esse perfil citado por Nélson Júnior se esvaíssem como fumaça. Agora, durante o processo da eleição na Câmara dos Deputados, o PCdoB mais uma vez apoia Rodrigo Maia (DEM/RJ) e seu candidato, repetindo o discurso de que isso se deve a combater o governo Bolsonaro e seu preferido. Até quando isso???

O ex-presidente da ADUEPB conseguiu, em seu projeto eleitoral pelo PCdoB, na tentativa de chegar à Câmara Municipal de Campina Grande, exatos 300 votos. Com certeza, ele teve um desempenho um pouco superior ao conquistado nas duas vezes em que conseguiu ser vitorioso nas eleições em que tornou-se presidente da ADUEPB. Mesmo assim, o resultado deve ter sido bem aquém do que pensou em obter, levando-se em consideração as expectativas criadas em sua Carta Aberta, divulgada entre março/abril deste ano, que divulgamos no artigo feito por nós, já citado.

Isso apenas revela o traço do cretinismo parlamentar que já identificávamos naquela ocasião, misturado a uma pitada grande de eleitoralismo que, historicamente serve para confundir e iludir a consciência dos trabalhadores e levá-los a acreditar que é possível mudar suas vidas num regime burguês cada vez mais decadente e nocivo a seus interesses. Ainda mais numa situação como essa em que vivemos, aonde estudos e mais estudos, inclusive divulgados por PCdoB, PSOL e demais setores reformistas vivem a afirmar que, mesmo durante a pandemia do coronavírus, os lucros dos grandes empresários e banqueiros cresceu como nunca (no Brasil e no mundo), enquanto a miséria humana aumentou de forma assustadora. Porém, esses mesmos setores levam para milhões de trabalhadores a mensagem de que, via eleições, tudo pode ser resolvido, inclusive tal situação. O resultado de tamanho cretinismo parlamentar apresenta-se agora, passado o dia 15 de novembro. 

Será que Nélson Júnior e outros/as de mesmo tipo aprenderão a lição ou farão o mesmo de sempre, colocando a "culpa" no povo que não sabe votar???

Cenas dos próximos capítulos..............

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Bayeux celebra 61 anos de emancipação política ainda em meio a uma grave crise!!!






Neste dia 15 de dezembro do corrente ano, a cidade de Bayeux celebrou seus 61 anos de emancipação política num momento extremamente delicado da vida política nacional, estadual e local. No plano nacional, estadual e local, vivemos sob uma pandemia do coronavírus que, infelizmente, voltou a ter números alarmantes de casos e mortes, forçando a que tenhamos novas medidas restritivas em nosso cotidiano de vida enquanto não chega a vacina, apesar desta já estar presente em várias partes do mundo, como Reino Unido, Canadá Bahrein, México, EUA e outras partes do mundo. Aqui no Brasil, ainda há uma grande indefinição quanto a isso e uma excessiva politização quanto a este assunto, de interesse público, tanto da parte do governo Bolsonaro (sem partido), quanto da parte do governo Doria (PSDB/SP), como também de outros governantes, como até mesmo o governador João Azevedo (Cidadania/PB) e o prefeito eleito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP/PB), que foi se reunir com o governo de São Paulo para tratar da aquisição da vacina chinesa Coronavac para nossa capital. Enquanto isso, o STF cobra que o governo federal entregue a este um plano nacional de imunização para o todo o povo brasileiro e este entrega um plano sem o aval de especialistas. E assim caminha a humanidade. No caso, o Brasil com quase 200 mil mortos por causa da Covid-19. E, apesar de tudo isso, Bolsonaro lança a ideia na Câmara dos Deputados, com o relator da "MP da Vacina", de que cada brasileiro/a que tome a vacina, seja ela qual for, assine um "termo de responsabilidade". Daí, surge a pergunta que não quer calar: para quê e porquê esse "termo de responsabilidade" se a vacina já terá o aval da Anvisa??? Coisas de Bolsonaro..................

Saímos um pouco do tema do artigo para enfatizar que, não apenas o Brasil, mas Bayeux também passa por momentos turbulentos. E não apenas na questão da saúde. Bayeux, infelizmente, convive há meses com a pandemia do coronavírus e também com o "fantasma" da bandeira amarela do "Plano Novo Normal PB" decretado pelo governo estadual já há algum tempo, o que faz com que vários serviços existentes na cidade não possam ocorrer da maneira devida, prejudicando a já sensível economia da cidade. Isso só faz agravar ainda mais a situação da cidade, que convive há pelo menos 3 anos com uma grave crise político-administrativa iniciada pelo ex-prefeito Berg Lima, quando de sua prisão em flagrante, em 05 de julho de 2017.

Quando toda a cidade (ou, pelo menos, a maioria desta) pensava que tais questões começariam a acabar - ou a minimizar - a partir de novembro deste ano, com a eleição da nova prefeita de Bayeux, feita pelo povo, nas urnas, à pedetista Luciene de Fofinho, eis que Bayeux já se encontra mergulhada em mais vários capítulos de uma nova crise política que afeta a cidade. Um destes capítulos atinge diretamente a prefeita reeleita, Luciene de Fofinho, com 6 ações na Justiça, suspeita de ter sido eleita por uso ilegal da máquina pública durante a campanha e seu mandato à frente da Prefeitura (já que fora eleita de forma indireta para o cargo, em agosto, pela Câmara Municipal da cidade); depois disso vir à tona, surgiu a denúncia, que também já começa a ser investigado pelo MP, que cerca de 10 vereadores/as eleitos e reeleitos/as teriam assinado uma "carta renúncia" de seus mandatos na próxima legislatura (a partir e 2021), para que apoiassem a eleição do vereador Noquinha (PSL) à presidência da Câmara Municipal da cidade e, ao mesmo tempo, "derrubassem" a prefeita Luciene de Fofinho (PDT) de seu cargo. Como afirmamos, tudo está sendo apurado por investigações do MP.

Assim, Bayeux chega a 61 anos de sua História abalada com tais denúncias de corrupção envolvendo pessoas que deveriam dar o exemplo de bem cuidar da cidade e zelar por sua imagem. Porém, não é isso que o povo trabalhador, honesto e decente de seus 97.203 habitantes - segundo o Censo de 2020, feito pelo IBGE - percebe no dia-a-dia pelo seu "ganha pão". Além disso, recentemente, este mesmo povo foi surpreendido cm a lamentável notícia do brutal assassinato do ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira, quando este passeava numa rua do bairro de Manaíra, em João Pessoa, perto de sua residência.

Todos/as que me conhecem em Bayeux sabem que possuía muitas diferenças políticas com Expedito Pereira. Estas se aprofundaram no período em que este foi prefeito de Bayeux pela última vez (2013-16) e eu estive na direção do SINTRAMB - Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Bayeux -, no mesmo período. Durante este momento, Expedito cassou as consignações do sindicato por 6 meses, fizemos uma greve geral da categoria dos servidores municipais em 2014 por 45 dias, conseguimos uma vitória na Justiça do reajuste dos vigilantes em 2015 (de forma definitiva), além de várias outras conquistas. Tudo isso serviu para, de certa forma, arrefecer ainda mais os ânimos entre nós, do ponto de vista político. Porém, nunca desejei o mal a Expedito Pereira, muito menos querer que este tivesse uma morte trágica como foi esta que ele teve. Quero aqui desejar nossos sentimentos à família e que os responsáveis por isto sejam punidos exemplarmente, como determina a lei.

Enquanto isso, que Bayeux volte a ter dias melhores, se livre de todos esses escândalos que vêm passando e, principalmente, das pessoas que causam tantos danos e males à cidade e à sua imagem. Que Bayeux tenha muito mais do que 61 anos e que esse presente lamentável de hoje seja um aprendizado para não errarmos mais num futuro próximo.

Parabéns, Bayeux!!!

Parabéns ao povo trabalhador, honesto e decente de Bayeux!!!





 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Algumas impressões sobre as eleições municipais 2020 em João Pessoa






Em artigo anterior feito neste mesmo espaço (http://antonioradical.blogspot.com/2020/11/algumas-consideracoes-sobre-as-eleicoes.html), debatemos sobre os números das eleições municipais estabelecidos em todo o país, divulgados pelo TSE e amplamente repercutidos pela grande mídia. Segundo estes números, a média de abstenção em todo o país atingiu a marca recorde de 29,43%, superando eleições anteriores. De acordo com a Justiça Eleitoral e vários analistas dos principais sites e canais da grande mídia do país, isso se deveu sobretudo à pandemia do coronavírus, que começa a aumentar consideravelmente no Brasil e no mundo nos últimos dias. Coincidência que isso está se dando após as eleições??? Tema para um próximo comentário neste blog.

Em João Pessoa, as eleições municipais encerradas no último domingo, 29 de novembro passado, não fugiram à regra do que ocorreu no restante do país. Também na "Cidade das Acácias" verificou-se um alto índice de abstenção no processo eleitoral, tendo o número no 2º turno superado o registrado no 1º turno - 23,34% (121.917 eleitores/as) contra 21,28% (111.120 eleitores/as). Quando somamos estes números aos votos brancos e nulos no 2º turno, temos um resultado ainda maior: 36,4% de eleitores/as pessoenses se abstiveram, anularam ou votaram em branco nas recentes eleições. Em números absolutos, exatos 174.184 pessoas decidiram não participar do processo eleitoral apoiando nenhuma candidatura posta. Entre a forca e a guilhotina, entre a "Operação Confraria" e a "Operação Vitrine", estas pessoas escolheram a luta!!!

Há outros dois números bem interessantes verificados na eleição municipal de João Pessoa. O primeiro diz respeito ao ocorrido na 76ª zona eleitoral da capital. Nesta, os votos dados ao candidato Nilvan Ferreira (MDB), foram menores do que a abstenção. Segundo mapa eleitoral do TRE/PB, nesta zona eleitoral, ocorreram 30.858 abstenções, enquanto o candidato do MDB recebeu 24.292 votos (https://paraibaja.com.br/cicero-lucena-conquistou-quatro-das-cinco-zonas-eleitorais-em-joao-pessoa/). Uma demonstração explícita da insatisfação popular com o processo eleitoral. As abstenções superaram os votos dados a um candidato e se aproximaram - e muito - da quantidade dada ao candidato vencedor na citada zona eleitoral.

O número mais significativo desta eleição em João Pessoa surgiu no resultado final do processo, quando Cícero Lucena (PP) foi anunciado o novo prefeito da cidade. Cícero foi eleito com exatos 185.055 votos (53,16% dos votos válidos). Porém, teve uma votação menor do que quando foi reeleito prefeito da capital paraibana em 2000. Naquela ocasião, Cícero Lucena era candidato pelo PMDB, disputou a eleição contra o candidato do PT, Luiz Couto, e venceu o processo em 1º turno com 193.156 votos. Isso num universo eleitoral total de 343.326 pessoas em João Pessoa naquele ano, bem inferior ao registrado neste ano, que foi de 522.269 eleitores/as aptos/as a votar nas últimas eleições.

Estes números só reforçam aquilo que estamos afirmando há tempos: a indignação de nosso povo com o sistema político que vivenciamos cotidianamente. Além disso, estamos comprovando cada vez mais que, se o voto não fosse obrigatório, estes números seriam ainda maiores do que já foram e a crise política seria ainda maior.

Isso faz com que a esquerda socialista e revolucionária de nosso país repense urgentemente suas táticas e estratégias no próximo período junto à classe trabalhadora, aprofundando e/ou modificando algumas elaborações que estão em curso ou construindo novas políticas com e para a classe e os explorados do capital!!!

Os números da vitória eleitoral e política de Cícero Lucena mostram que seu futuro governo não será um "mar de rosas". De cara, ele já construiu uma "oposição de direita", caracterizado na figura de Nilvan Ferreira e no MDB; há também o setor da esquerda, seja a "esquerda oficial", seja a esquerda socialista e revolucionária que, apesar de fragilizada, possuem uma base social que, de acordo com a evolução da conjuntura nacional e local, podem provocar problemas na gestão do PP. Assim, podemos sugerir que o governo Cícero Lucena será um governo de conflitos, à direita e à esquerda. A evolução da conjuntura (local e nacional) dirá como isso se resolverá!!!