Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

Reunião do Soviet de Petrogrado em 1917

A Revolução Russa: expressão mais avançada de uma onda revolucionária mundial.

Diretas Já

Luta por dias melhores

sábado, 24 de março de 2012

Ricardo Coutinho, o terrorista



O jornal "Correio da Paraíba" deste sábado, 24 de março do ano em curso, traz uma manchete que é nitroglicerina pura. 
Nesta manchete, o jornal destaca que o governador Ricardo Coutinho afirma, com todas as letras, que o reajuste salarial infame que ele aplicou nos contracheques do funcionalismo estadual poderá ser anulado e mais: segundo o governador "socialista", os servidores estaduais poderão ter que devolver o dinheiro que receberam a mais. A justificativa para tal ataque jamais visto na História do Brasil republicano, segundo Ricardo, é porque a Assembleia Legislativa não quer aprovar a MP da Data  Base.
A MP da Data Base, segundo a matéria do "Correio da Paraíba", é a que contém os reajustes salariais do funcionalismo estadual, bem como cria uma data base para este setor da população trabalhadora paraibana. Porém, dentro dela está um artigo que o Palácio da Redenção colocou, que pretende revogar um artigo da Lei do Subsidio, garantida ainda no governo Cássio aos servidores/as do Fisco Estadual. Ainda segundo o jornal, a bancada de oposição ao governo na AL deseja suprimir este artigo da MP, por entender (de forma correta, segundo a avaliação deste blogueiro) que uma MP passado NÃO pode revogar uma Lei, cabendo este papel a outra Lei. Este é o ordenamento jurídico existente no nosso país, coisa que Ricardo Coutinho - desde que virou governo - não gosta muito de cumprir, a não ser que atenda a seus estúpidos propósitos.
Com esta medida, que Ricardo garante que tomará em breve, só podemos observar que isso corresponde a duas razões: ou o governador Ricardo Coutinho ficou louco, perdeu completamente o juízo ou tornou-se um terrorista dos mais baratos que existe.
Como não acredito na primeira hipótese, resta a segunda. Ao ter definitivamente passado pro outro lado da trincheira no cenário da luta de classes, Ricardo Coutinho assume de uma vez por todas seu lado truculento, portando com isso sua face mais tenebrosa.
Contudo, quero crer que ele não levará isso a frente. Ricardo Coutinho sabe muito bem o que a aplicação de tal medida acarretará na conjuntura estadual. Com certeza, isso não passará impune, haverá uma reação forte dos setores organizados do movimento e da classe como um todo. Mas, de todo terrorista - mesmo o mais barato, como Ricardo Coutinho - pode se esperar tudo.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Aumento? Que aumento? Mais uma picaretagem do PSB em João Pessoa

Os principais jornais e portais da Paraíba estamparam hoje, em suas manchetes, o anúncio feito pelo prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), de que estaria concedendo um reajuste salarial de 14,23% ao funcionalismo municipal. 
Saindo das manchetes - que costumam enganar muito aos incautos leitores de apenas esse tipo de notícia - e aprofundando-se na leitura da notícia, eis que TODOS os veículos de comunicação já citados ressaltam que o tal reajuste salarial anunciado com pompas e circunstâncias em ano eleitoral, nada mais é do que a equiparação dos salários desses servidores ao índice do salário mínimo, divulgado pelo governo federal e que já deveria estar na conta desses mesmos servidores desde janeiro do corrente ano.
Assim, Agra utiliza-se de uma coisa já dada aos servidores municipais desde a publicação do decreto da presidente Dilma, estabelecendo que o novo salário mínimo, da incalculável fortuna de R$ 622,00, deveria ser paga a partir de janeiro de 2012.
Porém, só agora, quase três meses após a correção do salário mínimo, é que o prefeito Agra e sua tropa de choque da Prefeitura de João Pessoa, lembraram-se de que vivemos num país chamado Brasil e que este tem uma Constituição desde 1988 que estabelece, entre outras coisas, que NENHUM  trabalhador/a deste país pode receber menos do que um salário mínimo. E, na maior cara de pau, com um supremo ato de picaretagem explícita, anuncia aos 4 cantos que a Prefeitura de João Pessoa e seu "bondoso" alcaide estão dando um presente aos servidores municipais de nossa capital.
Sinceramente, não dá mais para conviver com a cara e atitudes desse povo que governa nossa cidade há 8 anos. Temos que mudar e colocar os trabalhadores no controle da Prefeitura Municipal de João Pessoa.
O PSTU convida a todos/as a acompanhar este processo de mudança porque necessita, URGENTEMENTE, a nossa cidade.     

domingo, 18 de março de 2012

A vitória de Luciano Cartaxo e as eleições 2012 em João Pessoa

Acaba de ser anunciado o resultado das eleições internas no PT/JP, ocorrida durante todo o dia de hoje. Venceu a tese da candidatura própria do PT, liderada pelo deputado estadual Luciano Cartaxo, virtual pré-candidato do partido nas eleições municipais deste ano. Venceu por 271 votos de diferença: 1.497 contra 1226 que apoiava a aliança com o PSB na capital paraibana.
Este resultado traz muitas novas perspectivas no quadro político local, A primeira repercussão disso é o enfraquecimento do setor que apóia o governo Ricardo Coutinho no interior do PT, liderado pelo deputado federal Luiz Couto, que sai dessa disputa bastante enfraquecido: sem apoio da direção nacional do partido e, agora, sem apoio da maioria deste em João Pessoa.
O governador Ricardo Coutinho é o segundo derrotado. Vê, com a vitória de Luciano Cartaxo, aumentar o seu inferno astral. Ricardo enfrenta hoje seu momento mais difícil no governo, com perda acentuada de popularidade e enfraquecimento na Assembleia Legislativa. Como se não bastasse, o senador Cássio Cunha Lima anunciou recentemente que vai apoiar Cícero Lucena na disputa pela prefeitura da capital, para "atender a um desejo de seu pai", como afirmou o senador campinense. Isso sem falar que Ricardo Coutinho ainda tem que enfrentar vaias por onde passa e a oposição sistemática que começa a ser feita pelo recém-criado Fórum dos Servidores Públicos Estaduais.
Por fim, a vitória de Luciano Cartaxo provoca mais um grande derrotado: a pré-candidata Estelizabel Bezerra perde e muito com este resultado, pois sua candidatura tende a ficar ainda mais isolada, perdendo musculatura. Não nos surpreendamos se ela vier a renunciar à disputa eleitoral deste ano, escancarando ainda mais a crise no ninho governista. 
Para a Frente de Esquerda, que ainda esperamos construir junto com o PSOL, será mais um desafio a ser encarado de frente, pois agora o governo Dilma terá, em João Pessoa, sua candidatura puro-sangue. E isso será muito interessante para o debate político nas eleições 2012.

O Fórum dos Servidores Públicos Estaduais e as vaias a Ricardo Coutinho

A conjuntura estadual começa a ter uma mudança significativa nos últimos dias. A construção do Fórum dos Servidores Públicos Estaduais se estabelece no mesmo instante em que o governador Ricardo Coutinho começa a ser questionado não apenas pela vanguarda do movimento, mas também (e principalmente) pela massa trabalhadora de nosso Estado, que já começa a perceber o real significado deste governo. As vaias que o governador tem recebido por onde passa é um sintoma importante desta conjuntura.
Não custa relembrar que Ricardo Coutinho foi eleito em 2010 numa situação que, naquele momento, era amplamente favorável. O início de seu governo também mostrou isso, pois apesar dos duros ataques aos policiais civis e militares em greve e, logo em seguida, aos médicos e professores, lhe deu ampla aceitação popular, proveniente de uma gigantesca operação de propaganda institucional e grande apoio de boa parte da imprensa local. Apesar de ter colocado seu governo em profundo desagrado diante dessas categorias. Depois de tudo isso, ainda veio a greve dos auditores fiscais estaduais, onde aí sim a mídia governista se aproveitou para criminalizar o movimento, ao mesmo tempo em que se debruçava em elogios ao governador.
Talvez influenciado por tudo isso mais o apoio massivo que vinha da Assembleia Legislativa, Ricardo Coutinho continuou aumentando a dosagem dos ataques às categorias, desrespeitando leis e passando por cima de quem viesse pela frente. Porém, isso começou a mudar com a rebelião do presidente da Comissão de Constituição e Justiça - CCJ - na Assembleia, deputado Janduhy Carneiro, quando este se virou contra o governo e fez este ser derrotado na referida comissão no caso da terceirização do Hospital de Trauma. A partir dali, verificamos hoje, começou o inferno astral de Ricardo, que segue se aprofundando.
Para piorar a situação do governador, começaram a  se dar momentos constrangedores para Ricardo Coutinho. O até então inatacável Ricardo Coutinho começou a ouvir, aqui e ali, vaias à sua pessoa. Isso se deu na procissão da Penha, na inauguração de um posto policial no bairro São José, no recente Botauto, e agora na posse dos novos professores da rede estadual, no Teatro Paulo Pontes. Pode-se afirmar, como dizem os puxa-sacos de plantão, que tudo isso é coisa orquestrada por setores militantes descontentes com os rumos do governo, mas isso não corresponde mais à realidade. Não são apenas militantes organizados que promovem este tipo de constrangimento ao governador, mas populares insatisfeitos sim com este governo. Ou será que na procissão da Penha as vaias partiram de militantes? No Botauto, também?
O que ocorre hoje é o que afirmamos antes: existe uma profunda insatisfação social com o governo Ricardo Coutinho, e esta não se dá mais apenas ao círculo de militantes partidários e/ou sociais. Neste aspecto, o surgimento do Fórum dos Servidores Públicos Estaduais se dá em um excelente momento. 
O Fórum dos Servidores Públicos Estaduais serve para unificar TODOS os setores descontentes com as atitudes do atual governo e tem incomodado este com ações no Estado, desde atos públicos (como o ocorrido na última sexta-feira, 16/03) até sessões especiais nos parlamentos (Câmaras Municipais e Assembleia Legislativa), passando pela realização de cafés da manhã para debater o assunto com as bancadas estadual e federal paraibanas.
Porém, mais do que isso, o Fórum dos Servidores Públicos Estaduais é, neste momento, a única ferramenta organizativa possível de construirmos a resistência ao atual governo. Não estar no Fórum ou se negar a construí-lo é fornecer mais munição para nosso inimigo, que neste momento está encastelado no Palácio da Redenção. É fundamental continuar a organizar este Fórum, sempre na perspectiva de construir a UNIDADE de todos que estão sendo esmagados pelo governo.