Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

Reunião do Soviet de Petrogrado em 1917

A Revolução Russa: expressão mais avançada de uma onda revolucionária mundial.

Diretas Já

Luta por dias melhores

domingo, 24 de maio de 2020

A pandemia do coronavírus e o debate do retorno do futebol





Desde dezembro de 2019, o mundo vive o debate e também a tormenta com a pandemia do coronavírus, desde a China (início de toda essa celeuma) até o planeta como um todo, nos dias atuais. Isso chegou, há algum tempo, ao mundo dos esportes também, inevitavelmente ao futebol, um dos esportes mais populares do planeta, e no Brasil considerado a "paixão nacional".
Isso fez com que os campeonatos estaduais, considerados os "termômetros" das rivalidades existentes no futebol nacional há décadas, fossem suspensos. Isso incluiu as competições nacionais como a Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro de todas as divisões. Tal suspensão foi válida também para homens e mulheres, em todas os níveis de competição, já que estamos tratando de futebol.
No último período, começou a ganhar força no país, a partir de um debate internacional, o retorno do calendário esportivo nacional, a partir do futebol. O campeonato de futebol alemão voltou a ter jogos da Liga de futebol daquele país, seguindo protocolo de treinos nos clubes e partidas rígido naquele país que foi um dos que mais controlou a pandemia do coronavírus na Europa. Este exemplo tem estimulado alguns dirigentes do futebol brasileiro a quererem que isto ocorra em terras tupiniquins. A questão que se apresenta é: a realidade alemã pode servir de parâmetro para a realidade brasileira?
Alguns clubes brasileiros se colocam à frente de outros neste debate, como Internacional e Grêmio, ambos do Rio Grande do Sul; e Flamengo e Vasco, do Rio de Janeiro, no sentido de quererem retornar aos gramados e disputar jogos. Outros, como Botafogo, no Rio de Janeiro e São Paulo, no Estado de mesmo nome, se colocam contrários à ideia. 
O presidente do Internacional, Marcelo Medeiros, chegou a dizer que o jogador que não quisesse jogar, podia pedir demissão do clube; já Raí, ex-jogador do São Paulo e atual diretor do clube, posicionou-se contrário ao retorno das atividades do clube às partidas por conta da pandemia do coronavírus
Posição mais terrível e à direita foi tomada em conjunto pelos presidentes do Flamengo e do Vasco, Rodolfo Landim e Alexandre Campelo, respectivamente. Ambos se reuniram recentemente com o presidente Bolsonaro, em Brasília, e acertaram com este, o retorno das atividades destes clubes e deverão. consequentemente pressionar a Prefeitura do Rio de Janeiro a fazer com que esta aceite a elaborar um novo protocolo sobre isso, sob protesto de outros clubes, sobretudo do Botafogo. O ex-presidente deste clube, Carlos Augusto Montenegro, já afirmou que admite o clube perder pontos a disputar partidas em plena pandemia. No mesmo clube, o técnico Paulo Autuori também é contrário o retorno às atividades.
Na verdade, as posturas de Bolsonaro, Landim e Campelo revelam uma postura de irresponsabilidade, populismo e ganância. Bolsonaro apresenta-se como um "Médici" do século XXI, procurando usar da imagem do futebol para tentar, com isso, alavancar sua cada vez mais desgastada imagem perante a opinião pública, por conta dos recentes acontecimentos; Landim e Campelo procuram usar o desgaste natural que a pandemia do coronavírus causa na receita dos clubes para fazer com que isso não cause ainda mais arranhões nas estruturas dos clubes. Na do Flamengo, que não consegue resolver (sequer explicar como consegue arrumar dinheiro para contratar por milhões Gabigol ou renovar o contrato de Jorge Jesus mas, ao mesmo tempo, não encaminha as indenizações das famílias dos "meninos do Ninho") e o Vasco que possui meses de salários atrasados de seus jogadores.
Para os torcedores destes clubes, tais posturas são vergonhosas e dignas de REPÚDIO, merecedoras de serem totalmente alvos de protestos, pois elas mostram que tais dirigentes não estão preocupados nem um pouco outra coisa, a não ser o lucro que estão perdendo com o futebol paralisado nos tempos que estamos vivendo. E assim se comporta também a CBF, que não toma nenhuma atitude para buscar socorrer os médios e pequenos clubes do nosso país.
Tudo isso ocorrendo e esses dirigentes, junto com o genocida de Bolsonaro, em conluio com o irresponsável do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), querem fazer retornar o futebol às suas atividades normais, como se estivéssemos na Alemanha. Fala sério.....


– Quarentena geral já!
– Não ao retorno do futebol!
– Não aos jogos sem torcida!
– Em defesa da saúde de jogadores, torcedores e demais profissionais do futebol!
– Fora Bolsonaro e Mourão!




Bolsonaro, o exterminador de seu governo!!!







Um velho amigo e militante do PSTU costumava me dizer que a realidade é muito mais dinâmica do que nossas avaliações políticas. Isso tem se constatado nos últimos anos e, mais especificamente, nas últimas semanas e nos últimos dias em nosso país de forma impressionante no atual governo Bolsonaro, dada a capacidade fenomenal que este possui de produzir fatos que podem levá-lo rapidamente à autodestruição. 
Em 21 de maio deste ano, pela primeira vez, ocorreu um movimento conjunto de partidos de oposição e entidades sindicais, populares e estudantis que, juntas, assinaram e protocolaram na Câmara dos Deputados, em Brasília, um pedido de impeachment do Presidente da República por crimes de responsabilidade à Constituição Federal e à democracia brasileira (https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/05/21/oposicao-pedido-impeachment-bolsonaro.htm), em sua maioria praticados por conta da série de atos praticados por este (ou contando com sua participação e adesão) às manifestações que ocorreram recentemente em Brasília e no resto do país, aonde as principais palavras de ordem eram pelo fechamento do Congresso Nacional, do STF, pedindo a volta do regime militar, do AI-5, intervenção militar, dentre outras coisas. Sete partidos (PT, PCdoB, PSOL, PCB, PCO, PSTU e UP), além de MTST e Articulação de Povos Indígenas, mais 400 entidades do campo já citado, foram signatários do pedido de impeachment do Presidente Jair Bolsonaro junto à Câmara dos Deputados. Mais um dentre os muitos que já circulam naquela Casa, com a diferença de que este é fruto de uma iniciativa coletiva, unificada, de todas estas organizações partidárias e do movimento como um todo.
No mesmo dia, mas noticiado pela imprensa no dia seguinte (22/05), o ministro do STF, Celso de Mello, relator do processo que investiga denúncia do ex-ministro Sérgio Moro contra presidente Bolsonaro por suposta interferência política na PF, enviou à PGR pedido de perícia nos celulares de Bolsonaro e de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/05/22/interna_politica,857374/celso-de-mello-envia-para-a-pgr-pedido-de-pericia-em-celular-de-bolso.shtml). Evidentemente, isso não apenas aumentou o cerco sobre o presidente, mas causou enorme alvoroço nas hostes bolsonaristas, com rechaço inclusive do general Heleno, responsável pela segurança pessoal do presidente, que emitiu uma "Nota à Nação Brasileira", aonde afirma poder existir "consequências imprevisíveis", caso tal fato ocorra (https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2020/05/general-heleno-ameaca-golpe-apos-stf-pedir-pericia-de-celular-de-bolsonaro/).
Para aumentar o desespero de Bolsonaro e seus fiéis escudeiros - leia-se bolsonaristas e bolsominions -, o mesmo ministro do STF Celso de Mello determinou, no dia 22 de maio do corrente ano, a retirada do sigilo do vídeo da reunião ministerial ocorrida no dia 22 de abril deste ano em que Bolsonaro, segundo o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, teria dito em depoimento à PF e também em sua entrevista quando saiu do comando da pasta, que o presidente teria tido intenção de promover "interferência política" na PF (https://brasil.elpais.com/brasil/2020-05-22/celso-de-mello-retira-sigilo-de-video-de-reuniao-onde-bolsonaro-menciona-trocas-na-seguranca-para-proteger-familia.html). A simples retirada deste sigilo foi suficiente para se verificar o grau da natureza que não apenas Bolsonaro, mas muitos de seus ministros, possuem acerca da coisa pública e também do conceito que possuem daqueles que consideram como sendo seus adversários ou inimigos.  A começar do próprio Bolsonaro, como já afirmamos, passando pelo ministro da Educação, Weintraub; Salles, do Meio Ambiente; Paulo Guedes, da Economia; Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos; indo até o presidente da CEF, Pedro Guimarães, sem citar outros presentes. 
É uma reunião que ilustra perfeitamente o nível da equipe que está a comandar este país e que serve para, neste momento, elevar ainda a temperatura da crise política e econômica que vivemos, além da crise sanitária pela qual passamos com a pandemia do coronavírus, que já causou a morte de mais de 23 mil pessoas (segundo informação mais atualizada do Ministério da Saúde).
Assim, as cenas dos próximos capítulos dessa crise são imprevisíveis, tornando a frase de nosso velho amigo e militante dita acima cada vez mais certa. Porém, apesar da pandemia, nossa capacidade de intervenção na realidade não pode nem deve ficar limitada. Precisamos intervir, de alguma forma, e buscar alternativas de fazer com que nossa classe seja parte integrante (ou até, mesmo, protagonista, deste processo)!!!

FORA BOLSONARO E MOURÃO!!!
QUARENTENA GERAL PARA TODOS, JÁ!!!

sábado, 9 de maio de 2020

Bolsonaro zomba DUAS vezes seguidas da cara do povo brasileiro que sofre com as mortes provocadas pelo coronavírus!!!



Na última quinta-feira, 07 de maio do corrente ano, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou a todo o país, via imprensa, que iria fazer um churrasco para cerca de 30 convidados neste sábado, 08/05, no Palácio da Alvorada (https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/05/07/bolsonaro-diz-que-fara-churrasco-no-proximo-sabado-para-uns-30-convidados.htm). Depois, afirmou em tom irônico (como é de sua característica) a seus seguidores, na grade do Palácio da Alvorada, aonde normalmente concede entrevistas a jornalistas e fala com seus apoiadores, que este churrasco reuniria bem mais convidados. Esta foi a primeira vez que Bolsonaro zombou da cara de todo o povo brasileiro diante da pandemia do coronavírus, que já matou mais de 10 mil pessoas em todo o território nacional, com mais de 148 mil casos confirmados, segundo matéria do portal G1, de acordo com dados das Secretarias Estaduais de Saúde da manhã de hoje (https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/05/09/casos-de-coronavirus-e-numero-de-mortes-no-brasil-em-9-de-maio.ghtml).
Posteriormente, o presidente Bolsonaro anuncia pelas redes sociais que o anúncio feito durante alguns dias (como vimos agora há pouco), do tal "churrasco da morte" tratava-se (segundo o mesmo) de "fake news"  e, para não perder o costume bolsonariano, tratou os jornalistas que divulgaram o evento amplamente informado pelo singular habitante do Palácio do Planalto nestes tempos de coronavírus, de "idiotas" e tratou seus antigos aliados do MBL (Movimento Brasil Livre), de ultradireita, como um bando de "sem noção" por estes terem entrado na justiça para tentar impedir a realização do churrasco (https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/05/09/depois-de-anunciar-churrasco-bolsonaro-diz-que-informacao-e-fake-e-critica-jornalistas.ghtml). Pela segunda vez em três dias, Bolsonaro zombou da cara de milhões de brasileiros e brasileiras.
Pior: agindo desta maneira, Jair Messias Bolsonaro age como não como um presidente eleito por pouco mais de 57 milhões de brasileiros/as, mas como um moleque no mais deplorável sentido da palavra. Assim se comportou Bolsonaro neste episódio. E assim agirá todo aquele/aquela que concordar com este tipo de degradável comportamento.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

O "bloqueio total" (lockdown), o aumento do número de casos e mortes da Covid-19 e a crise do governo Bolsonaro



O site G1 registra, na manhã de hoje, 04 de maio do corrente ano, de acordo com os dados das Secretarias Estaduais de Saúde de todo o país, um aumento no número de casos e mortes causadas pela Covid-19, não apenas nas últimas 24h, mas também quando comparamos na última semana, infelizmente. E é um crescimento considerável. Crescimento que faz com que nosso país tenha superado a China e que leva o Brasil a ficar entre os 10 países que figuram no topo dos países em todo o mundo neste triste e lamentável ranking no último período.
De acordo com o site citado, temos hoje (até agora), 102.155 casos confirmados da Covid-19 com 7.055 mortes já registradas em todo o território nacional (uma taxa de letalidade de 14,47%). Em relação ao mesmo período, ocorrido na semana anterior, houve de 51,5% no número de casos confirmados e de 53,2% em número de mortes
Isso tudo faz com que alguns governos, estaduais e municipais espalhados pelo país, passassem a ter um outro olhar sobre a questão da Covid-19 e seu combate. Desta maneira, a partir desta segunda-feira, 4 de maio, cidades como São Paulo e Estados como Maranhão, terão implantados em seus respectivos locais o "bloqueio total" como forma de combater, de forma mais efetiva, a propagação do coronavírus. Coisa que, por exemplo, foi feita em países como a Nova Zelândia e deu resultados em poucas semanas. Mas, é bom lembrar: deu certo neste país porque a política foi implantada de forma efetiva e séria, com apoio decisivo da população e rigoroso cumprimento da mesma por conta das autoridades, a começar da justiça e polícia, com aplicação de multas e até de prisões para aqueles/as que ousassem descumprir o "bloqueio total".
Aqui na Paraíba, apesar do novo decreto feito pelo governador João Azevedo (Cidadania) e pelos prefeitos Luciano Cartaxo (PV) e Romero Rodrigues (PSD), de João Pessoa e Campina Grande, respectivamente, dentre outros, nenhum se assemelha à decisão tomada pelo prefeito Emerson Panta (PSDB), de Sta. Rita que, em vídeo, anunciou que também implantará naquela cidade da Grande João Pessoa o "bloqueio total" como forma de combater o coronavírus. 
Acreditamos que, assim como o isolamento social, a radicalização da implantação do "bloqueio total" a ser feito por Estados e Municípios, assim como já foi feito em países com Itália e Nova Zelândia, sejam políticas eficazes no combate a esta doença, enquanto não vem a vacina. Porém, deve ser uma coisa muito bem planejada e, principalmente, bem feita.
Outra coisa que devemos pensar é o seguinte: caso esta política seja vitoriosa, o governo Bolsonaro (que já está em crise), poderá aprofundar definitivamente esta crise, fazendo com que sua intenção de criar uma base de sustentação no Congresso, via "Centrão", vá por água abaixo, e este busque sustentação ainda mais nas Forças Armadas que, a estas alturas, se transformaria numa incógnita ainda maior do que já é. Evidentemente, que tudo isso é mera suposição. A realidade sempre é maior do que nossa projeção. Por isso, precisamos esperar pelos acontecimentos.
Um outro elemento que não devemos desprezar é a política que vem sendo levada pelas direções do movimento da classe trabalhadora, que não vem ajudando em nada nossa classe a enfrentar este duro momento pelo qual passamos. Vejamos o último período.
Tivemos a celebração do 1º de Maio da classe trabalhadora, aonde poderíamos ter experimentado um instante de unificação dos setores que estão na luta dos trabalhadores para chamar nossa classe a resistir e construir o enfrentamento contra os ataques que estamos sofrendo há tempos, deste governo e de seus aliados, principalmente durante esta pandemia do coronavírus, aonde nossos algozes vêm se aproveitando do momento para, ainda mais, retirar nossos direitos. Mas, o que aconteceu? As lideranças majoritárias do movimento, a começar pela CUT, CTB, Força Sindical, FBP, dentre outras, se uniram e decidiram chamar para um mesmo palanque (mesmo que virtual, por conta da pandemia), esses nossos algozes, como FHC, Rodrigo Maia, Alcolumbre, Dias Toffoli, Doria, Witzel, para dividir o mesmo local conosco, que estamos cotidianamente na luta de nossa classe. Esses caras, que passam o tempo todo tramando para acabar com nossos direitos, foram chamados para celebrar a data histórica de nossa classe. Não por acaso, pouco depois, na madrugada de sábado para domingo - de 2 para de 3 de maio - Alcolumbre (DEM/AP), dirigiu sua tropa no Senado para aprovar mais um ataque contra nossa classe, dizendo que era um "socorro financeiro" para Estados e Municípios por causa do coronavírus. Me engana que eu gosto..........
Precisamos construir uma saída de classe para enfrentarmos o governo Bolsonaro e seus aliados no Congresso e no Judiciário. Defender "Frente Ampla", no terreno eleitoral, não resolverá a crise da classe trabalhadora. É preciso construir uma Frente Única para enfrentarmos o governo Bolsonaro, com unidade de ação. Só assim conseguiremos derrotá-lo. 
Precisamos também apostar na construção, pela base de nossa classe, da política do "FORA BOLSONARO E MOURÃO". Não é possível acreditar que haja dicotomia entre a permanência de Bolsonaro e a luta contra a Covid-19 em nosso país. Bolsonaro no poder é um empecilho a que haja uma real enfrentamento da crise sanitária que temos no país. E Mourão em seu lugar já deu provas mais do que suficientes de que será mais do mesmo, caso assuma o posto.
Portanto, apoiar o isolamento social, a política do "bloqueio total" a ser implantado em alguns locais mas, ao mesmo tempo, seguir defendendo a ruptura com este governo e a defesa do "FORA BOLSONARO E MOURÃO" e criticar a política da "Frente Ampla", defendida pela "esquerda oficial" (leia-se PT, PCdoB, PSOL, PDT, Rede e seus "satélites") é o que deve continuar a ser feito. Sem falar na defesa inconteste do SOCIALISMO  e da REVOLUÇÃO!!!