Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Bayeux e o 13º salário dos servidores: Noquinha irá pagar???


A crise política-econômica e social de Bayeux já é conhecida por muitos/as, dentro e fora da cidade. Só pra relembrar um pouco, esta iniciou-se com a prisão em flagrante do ex-prefeito (hoje afastado) Berg Lima (na época, Podemos), passou por Luiz Antonio (PSDB), cassado em março deste ano e atualmente é governada por Noquinha (PSL), alçado à condição de alcaide do município desde essa data.  
A crise existente hoje em Bayeux dá-se por conta dos seguidos atrasos de salários, feita por Noquinha à frente da Prefeitura. Primeiro, o atraso se deu com os/as servidores/as contratados/as, atualmente é com toda a categoria, inclusive aposentados/as. O desrespeito praticado pela gestão de Noquinha é total, afetando não apenas a categoria em si, mas a cidade como um todo, especialmente o comércio local. Por isso, a crise extrapolou a mera questão política e econômica, atingindo também o social, pelos motivos elencados acima.
O descaso de Noquinha chega ao cúmulo de recentemente, os/as servidores/as contratados/as terem descoberto que foram exonerados/as em setembro deste ano, mas trabalharam durante todo o mês de outubro e, assim com ocorreu no início do ano, correm o sério risco de não receberem seus salários, que dirá o 13º e dezembro.
Com relação aos/às servidores/as efetivos/as, a situação atual assemelha-se a de 2016, último ano de Expedito Pereira (PSB, na época). Naquela ocasião, havia uma ameaça da Prefeitura de Bayeux não pagar o 13º salário à categoria. Por causa disso, formou-se uma comissão de servidores para ver se essa possibilidade poderia ou não ocorrer com os/as servidores/as. Depois desta comissão ir ao TCE/PB e procurar o secretário de Finanças de ocasião. finalmente o 13º foi pago a todos/as servidores/as municipais de Bayeux.
Em 2018, Noquinha ameaça com a "mesma moeda". Existe na cidade e na categoria um temor de que este direito trabalhista não seja cumprido e, pra piorar isto, o "Bom Dia Paraíba" exibido na data de 29/11 do corrente ano, apresentou uma matéria apontando um estudo feito pela FAMUP (Federação dos Municípios Paraibanos), que afirma que cerca de 10% das prefeituras paraibanas poderão não pagar o 13º salário a seus/suas servidores/as, no final deste ano.
Isso nos preocupa e, por tabela, toda a categoria. Isso porque o caso de Bayeux é mais sério, pois pelo 3º ano seguido a categoria não recebeu a primeira parcela deste, em junho passado. A Prefeitura, portanto, deverá pagar de forma integral este direito aos/as trabalhadores/as. 
Por enquanto, a Prefeitura de Bayeux, através de Noquinha e sua tropa não se pronunciaram. Nem tampouco a atual direção do SINTRAMB, o "MUDA SINTRAMB", que deveria já estar organizando nossa categoria contra mais este desmando governamental. Os/as servidores/as municipais de Bayeux não podem ficar à mercê de um prefeito desmoralizado como Noquinha nem também esperar ad infinitum por uma ação mais enérgica vinda da direção do SINTRAMB, que limita-se a fazer "festa do servidor" em vez de lutar pelos direitos e interesses da categoria.
Chamamos os/as servidores/as municipais de Bayeux a juntar forças com o Coletivo Resistência, Luta e Participação - Oposição à Direção do SINTRAMB - para lutarmos por nossos direitos e garantir nosso direito que não pode ser usurpado por Noquinha.
Vamos à luta!!!  

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

A vitória de Bolsonaro, as igrejas neopentecostais e nossas tarefas no próximo período





No último dia 28 de outubro deste ano, Jair Bolsonaro foi eleito o mais novo presidente do Brasil e, com ele, sagrou-se vitorioso um setor expressivo da ultra-direita liberal deste país, com apoio de grupos expressivos das Forças Armadas brasileiras, que estão representadas não apenas na chapa do presidente eleito (seu vice é um general da reserva, Mourão, representante direto do reacionarismo deste setor), mas também está presente como um de seus "braços direitos" outro general da reserva, Augusto Heleno, recém-nomeado por Bolsonaro como Ministro do Gabinete da Segurança Institucional, que atuará direto com o mesmo, a partir de 1º de janeiro, quando da posse do presidente eleito. Bolsonaro já adiantou também que outro general ocupará o Ministério da Defesa e não mais um civil, como vinha sendo até então, inclusive no famigerado governo Temer.
Bolsonaro inaugura, com sua vitória, um novo capítulo na História do processo de redemocratização brasileira, inaugurada em 1985, com o fim da ditadura militar e ascensão (com eleição indireta) da dupla Tancredo Neves/José Sarney ao governo, naquela oportunidade. Por conta de problemas sérios de saúde, que o levaram à morte, Sarney assumiu o governo no lugar de Tancredo e assim ficou até 1990, quando então chegou ao governo, Collor (do então PRN), eleito um ano antes, numa disputa acirrada contra Lula (PT), na 1ª eleição presidencial após a ditadura militar, iniciada em 1964. Bolsonaro chega ao Planalto Central com um discurso reacionário, defendendo a ditadura militar, a tortura e seu principal algoz, o coronel Ustra (já falecido) e uma série de preconceitos e discriminações contra mulheres, negros/as e LGBTs, sem falar nos ataques contra a classe trabalhadora como um todo. Construiu toda sua campanha no  ódio ao PT e, por tabela, contra a esquerda por inteiro e contou, para isso, com o apoio substancial de setores expressivos da população, como boa parte da classe trabalhadora (para não falar do operariado) e das igrejas evangélicas, destacando-se aí os "neopentecostais". E é aí que queremos fazer um diálogo acerca disso.
Muitos setores reformistas, que apoiaram o PT e até mesmo o PSOL na recém-concluída campanha eleitoral, ainda hoje fazem um discurso raivoso e, na minha modesta opinião, desprovido de autocrítica e recheado de paixão, jogando grande parte da "culpa" pela derrota petista e, consequentemente, vitória de Bolsonaro, nos ombros dos "neopentecostais", através destes/as serem suscetíveis (segundo boa parte destas críticas) às orientações de seus pastores de plantão. Por mais que tal argumento seja verdadeiro, será que isso teria ocorrido com todos/as "neopentecostais", em todo o país??? Além disso, há um outro argumento, mais poderoso do que este, colocado pelo companheiro Atnágoras, da Executiva Nacional da CSP Conlutas, em recente plenária estadual da central na Paraíba, que trata-se do seguinte: durante os 13 anos em que o PT foi governo central, os "neopentecostais" foram base de sustentação deste governo. Sendo assim, porque, de repente, de uma hora para outra, este setor migrou do PT para o PSL??? Por que saiu de Lula/Haddad e foi cair nos braços de Bolsonaro??? Há que se ter uma explicação. Há que se investigar, a fundo, o porquê desse descolamento. Com isso, queremos dizer: é preciso que o PT e seus "satélites" de plantão façam autocrítica. É bom e não dói. 
Por fim, é hora de pensar no próximo período que teremos de enfrentar. Bolsonaro e seu parceiro de plantão, Paulo Guedes, estão avisando o tempo todo que irão fazer (pelo menos, querem isso) a "reforma da previdência". E nos sistema de capitalização, à la Chile. Ou seja, se a proposta de Temer era ruim, a de Bolsonaro/Guedes consegue pior. Portanto, a hora é de reunir as forças com todos/as que desejam lutar contra este ataque que virá de Brasília contra nossa classe. Mas, precisamos mais do que isso. Precisamos construir uma FRENTE ÚNICA contra este governo, que com certeza, reunirá a burguesia nacional e internacional contra nós, para destruir todas as nossas mínimas conquistas. Para que isso não aconteça, precisamos da unidade de  nossa classe nas mais elementares bandeiras de luta, como por exemplo: 
- Contra a "Reforma da Previdência";
- Contra o fim do Ministério do Trabalho;
- Não ao "Escola Sem Partido";
- Contra a criminalização dos movimentos sociais;
- Em defesa da liberdades democráticas;
- Contra as privatizações;
- Contra a opressão, preconceito e discriminação de mulheres, negros/as e LGBTs.