Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

quinta-feira, 18 de março de 2010

Por que Maranhão se nega a atender aos professores

Desde o dia 1º de março que os professores e professoras do Estado se encontram em greve por tempo indeterminado. Isso porque o governo Maranhão se nega a atender uma reivindicação básica da categoria: pagar o piso salarial do magistério, definido na lei 11.738, desde 16 de julho de 2008, que entre outras coisas, estabelece que em 2010, Estados e Municípios deveriam pagar o valor do piso de forma integralizada, ou seja, R$ 1.024,67, segundo o MEC anunciou em janeiro próximo passado, após ter anunciado o novo índice de reajuste de 7,86%.
Mas porque será então que Maranhão não cumpre o que diz a lei, logo ele, um advogado formado e tido como um político sério por boa parte da mídia paraibana (leia-se Correio da Paraíba e satélites)?
Pelo mesmo motivo que outros governantes de outras siglas partidárias - inclusive o PT, quando estão lá - afirmam: a tal da Lei de Responsabilidade Fiscal. Essa famigerada lei, criada por FHC no seu segundo mandato e criticada à época por petistas, pecêdobistas, peessebistas e outros istas mas defendida quando estes estão no governo, serve de argumento para ferrar os servidores públicos, apenas isto.
Porém, para Maranhão e sua turma não existe LRF quando se trata de inchar a máquina do Estado com mais de 6.000 nomeações desde que o "mestre de obras" retornou à cadeira mais cobiçada do Palácio da Redenção. Para isso, existe dinheiro de rodo, mas para garantir o reajuste e o piso salarial aos profissionais do magistério estadual, aí tem a LRF para impedir que estes recebam o que merecem.
Além disso, esses profissionais ainda são obrigados a ouvir do secretário de Educação, Sales Gaudêncio, que ganham o 6º melhor salário do país. Não se sabe se Sales quer que os professores e professoras estaduais riam ou chorem até não poderem mais dessa declaração.
Como se não bastasse a péssima situação salarial da categoria, ainda tem a péssima situação de trabalho. escolas sucateadas, caindo aos pedaços, que não oferecem as mínimas condições de trabalho aos profissionais e aos estudantes.
Este é o retrato da educação pública na Paraíba. Uma herança terrível construída por sucessivas gerações de políticos tradicionais que governam nosso Estado há séculos e que agora, mais uma vez, está sendo conduzido pelo senhor Zé Maranhão.
Ontem, Cássio. Hoje, Maranhão. E amanhã, quem será?

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