Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

quarta-feira, 8 de abril de 2020

O Covid-19 e as etnias: sua terrível relação na sociedade capitalista que destrói os povos









Nesta quarta-feira, 08 de abril do corrente ano, vários órgãos de imprensa nacionais espalharam a notícia que veio dos EUA de que, no centro do capitalismo e também o epicentro da pandemia do coronavírus na atualidade mundial, a maior vítima da Covid-19 são as pessoas de cor negra. Mesmo sem estarem nas estatísticas oficiais do governo daquele país (como também de nenhum outro no mundo), dados de alguns Estados norte-americanos conferiam números impressionantes do que está ocorrendo no coração do império capitalista mundial em tempos de coronavírus ao povo negro daquele país.
Segundo a revista Veja, "no Estado de Illinois, 43% das pessoas que morreram pela doença e 28% dos que testaram positivos eram afro-americanas, um grupo que compõe apenas 15% da população estadual. No Michigan, um terço dos pacientes é negro e 40% são dessa população, que representa 15% dos habitantes do Estado. Em Lousiana, onde os afro-descendentes também representam um terço da população, 70% dos mortos pela Covid-19 eram afro-americanos" (https://veja.abril.com.br/mundo/coronavirus-taxa-de-contaminacao-e-maior-em-negros-nos-eua/).
Na mesma matéria, se afirma que "a Carolina do Norte e a Carolina do Sul divulgaram que a taxa de infecção na população negra excede a taxa da população em geral. Já em Connecticut, os afro-americanos contaminados se encaixam na média do estado" (idem). A revista Veja afirma ainda que trata-se de "estatísticas preliminares porque várias cidades e estados não reportam a etnia dos novos casos e mortes de Covid-19". Mas que, acrescenta o Times, segundo Veja, isso não deixa de ser "alarmante".
Isso revela para nós aquilo que percebemos há algum tempo: é uma característica que vimos notando como um dos elementos centrais desta *pandemia do coronavírus*, em nosso país e também em boa parte de outros locais do nosso planeta: seu conteúdo de classe e de raça.
Como bem abordou a companheira Marcela Azevedo, da Secretaria Nacional de Mulheres do PSTU, em seu artigo "Covid-19: a letalidade tem raça, gênero e classe", logo que esta terrível doença iniciou sua propagação em nosso país, esta esteve relacionada à coisa de gente de classe média pra cima, pois era tida por conta de pessoas que tinham contato com pessoas de outros países por haverem viajado para fora. Mas, os dias foram passando e a realidade foi se apresentando de outra forma e hoje percebemos que, não apenas no Brasil, mas no mundo verificamos que os/as trabalhadores/as, em especial àqueles/as que habitam as periferias do mundo capitalista estão mais suscetíveis a contraírem a Covid-19.
Como a população do Complexo do Alemão, que passa dias sem água disponível sequer  para lavar as mãos para sua higienização (como frequentemente orienta o Ministério da Saúde no combate ao coronavírus) conseguirá livrar-se de contrair esta doença??? Se aqui é assim, no coração do império não é diferente, podem ter certeza!!!  
(...) "A doença não escolhe raça, gênero ou conta bancária para se manifestar, mas as desigualdades impostas por este sistema de opressão e exploração determinam quem vai morrer e padecer, sem tratamento. Serão os pobres e oprimidos da classe trabalhadora, que estão mais expostos aos riscos e à letalidade da pandemia"(https://www.pstu.org.br/covid-19-a-letalidade-tem-raca-genero-e-classe/).
Esta é a dura e triste realidade a que nossa classe está inserida e no interior desta pandemia do coronavírus se revela, mais uma vez, a encruzilhada história que o capitalismo impõe à classe trabalhadora mundial: socialismo ou barbárie. E, mais uma vez, só o socialismo, com a classe trabalhadora organizada pela base, através de suas organizações classistas e uma direção firmemente comprometida com esta classe, conseguirá destruir este sistema que não tem nada a oferecer à humanidade a não ser a sua destruição!!!

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