Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Bolsonaro e sua política genocida em curso



Quando somos crianças (pelo menos era assim no MEU tempo de criança), o dia 19 de abril era celebrado nas escolas como um dia de alegria, pois lembrávamos o Dia do Índio, o dia dedicado aos primeiros habitantes de nosso território, que nos ensinaram muitos termos linguísticos, costumes e gostos culinários, além de outras coisas. Isso, de certa forma, permanece em nossas escolas até os nossos dias. Muito embora, o dia 19 de abril tenha adquirido, nos últimos anos, uma característica também de denúncia à situação de perseguição e extermínio que nossos povos indígenas têm sofrido, não apenas ao longo de nossa História (como começamos a perceber mais concretamente nos últimos anos, graças ao desvendamento dado pelos vários estudos feitos), mas especialmente nos recentes governos que temos tido em nosso país, para só falarmos do regime militar pós-1964 para cá.
O governo Bolsonaro, a partir de seu mandatário, transformou este dia, com a manifestação ocorrida em várias partes do país, a partir de Brasília, neste domingo, 19 de abril de 2020, num outro dia a ser lembrado, desta vez de forma triste. Poucos, talvez apenas Bolsonaro e seus amigos da caserna, lembravam que 19 de abril também celebrava o dia do Exército. Pelo menos, este blogueiro não lembrava disso. Mas, ele e seus amigos fizeram questão do país saber disso com as manifestações que aconteceram pedindo, entre outras coisas, a intervenção militar no país (leia-se a volta da ditadura militar) e o retorno do AI-5, sem falar no fechamento do Congresso Nacional e do STF. 
Bolsonaro (sem partido) que, em plena pandemia do coronavírus, ignora completamente as recomendações da OMS e do seu Ministério da Saúde, defendendo abertamente o fim do isolamento social e apoiando-se em sua "tropa de choque" na defesa das aglomerações e do retorno ao trabalho o quanto mais rápido possível, fez um fervoroso discurso em Brasília para sua turbe de alucinados e destilou mais veneno em sua legião de seguidores. O grande problema de tudo isso é que nem setores da centro-direita nem a "esquerda oficial" se dispõem a dar um freio de arrumação em tudo isso para parar de vez Bolsonaro. 
E o que significa dar um "freio de arrumação" em Bolsonaro, neste momento conjuntural??? Só há uma saída, neste momento: construir o FORA BOLSONARO e MOURÃO!!!
Não há mais condições de, com tudo isso que vem ocorrendo em nosso país, com a crise causada pela disseminação do coronavírus e a falta de uma condução séria que não vem sendo feita por este governo, de manter Bolsonaro à frente dos destinos do país. É preciso que tiremos Bolsonaro e Mourão já!!!]
Um dos maiores exemplos disso se dá neste "auxílio financeiro" que o governo Bolsonaro afirma conceder aos trabalhadores informais, autônomos, mães de família, dentre outros. Esta merreca de R$ 600. Até agora, apesar da propaganda oficial do governo, sabemos que milhões ainda não receberam ou estão em "análise" pelo sistema da Caixa. Enquanto isso, meia dúzia de banqueiros em todo o país receberam, logo no início desta crise, cerca de R$ 1,2 trilhão deste mesmo governo Bolsonaro, sem nenhuma burocracia. Este é o "compromisso" do governo!!!
Não dá para termos o discurso de que, neste momento, é mais prioritário cuidarmos da pandemia do coronavírus e preservarmos as vidas do que tirar Bolsonaro e Mourão do governo. Pois as duas coisas são simultâneas. Bolsonaro e Mourão atrapalham a preservação das vidas em nosso país, pois sua política, neste aspecto, é genocida, é de eliminação das vidas humanas. Para preservamos nossas vidas, precisamos tirá-los dos governo!!!
Porém, ao mesmo tempo que precisamos tirá-los do governo, temos que colocar em seu lugar um governo comprometido com os trabalhadores, governando com Conselhos Populares ao seu lado, para que assim, nossas reivindicações sejam atendidas. Só assim poderemos ter um governo realmente voltado para nossa classe!!!

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