Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

As contradições da tropa de Ricardo Coutinho

O portal Politica PB publicou, na edição eletrônica de 05/01/11, uma noticia que precisa ser bem avaliada, daquelas que necessitam ser lidas por além das linhas. Nela, o novo secretário de Administração do Estado, Gilberto Carneiro, revela os critérios que nortearão as exonerações dos servidores temporários. Além disso, o atual secretário estadual e ex-secretário da Prefeitura Municipal de João Pessoa revela também na matéria o número de servidores temporários que existem na máquina estadual em outubro/2010, segundo dados do Sistema Sagres do TCE/PB. E é em cima desses dados que o atual governo vem trabalhando para estabelecer tais critérios anunciados por Gilberto Carneiro.
O problema - e aí reside uma das principais contradições da tropa de Ricardo Coutinho, a começar pelo seu chefe - é que em outubro de 2010, segundo dados do Sistema Sagres do TCE/PB, haviam exatos 36277 servidores temporários no Estado e, na mesma época, na Prefeitura de João Pessoa (quando Gilberto Carneiro era o secretário de Administração Municipal) haviam exatos 8671 servidores na mesma situação que os do Estado, ou 24% do total do Estado. Com uma diferença substancial: a máquina estadual tem que cobrir 223 municípios e João Pessoa é um município.
Antes de qualquer entendimento difuso sobre este artigo, devo esclarecer que a recomendação do MPPB é correta, pois o concurso público deve ser valorizado. Defendemos que o ingresso no serviço público deve se dar através de concurso público. Porém, alguns gestores públicos ficam posando de "paladinos éticos" e quando tiveram a oportunidade de se comportarem dessa forma, não agiram assim.
A pergunta que não quer calar, portanto, é: o Ministério Público vai agir quando na Prefeitura de João Pessoa?

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