Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

sábado, 9 de abril de 2011

Sobre o massacre de Realengo


                               Imagem aérea da Esc. Mun. Tasso da Silveira, 
                                            em Realengo/RJ, 07/04/11

Na última quinta-feira, 07 de abril de 2011, o Brasil entrou em estado de choque com a violência desmedida feita por um ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no bairro do Realengo, no Rio de Janeiro. Um jovem ex-aluno da escola, Wellington Menezes, entrou escola adentro sob o pretexto de fazer uma palestra e começou a atirar em vários estudantes daquela unidade de ensino. Resultado de sua ação violenta: 12 mortos e vários feridos, todos entre 12 a 14 anos de idade.
O caso ganhou repercussão internacional, logo sendo comparado com atentado ocorrido em Columbine, nos EUA, há alguns anos. É o maior caso de violência na escola já ocorrido no nosso país e dificilmente será esquecido por todos nós. Foi extremamente doloroso assistir a pais, mães e demais familiares completamente desesperados por conta da ação assassina de um jovem que, sem razão aparente, provocou esse estrago imenso nas vidas de muitas famílias.
A lição que fica após essa tragédia urbana é como as escolas do país inteiro, em particular as públicas, vão se organizar depois desse triste acontecimento. Acredito ser um dever das autoridades estaduais e municipais abordarem esse assunto, em conjunto com a categoria do Magistério, na intenção de pensar e - sobretudo - repensar a situação em que se encontram nossas escolas públicas, especialmente no quesito segurança. Não é de hoje que assistimos a crescente onda de violência na sociedade brasileira em geral, e em especial, nas escolas públicas. Por isso, urge o debate sobre este tema. Alguma coisa do massacre de Realengo deve servir para melhorarmos nossa rede pública de ensino!
Não precisa ser um profundo conhecedor da educação brasileira para saber que a questão da segurança nas escolas públicas, municipais, estaduais e federais são críticas e precisa de uma solução urgente. A insegurança vivida pelos profissionais da educação e dos alunos é enorme na imensa maioria das escolas públicas e com certeza após essa ação violenta protagonizada por esse jovem no Rio de Janeiro, estes devem estar ainda mais preocupados. Eu, que sou professor da rede municipal de ensino em Sta. Rita e Bayeux, estou extremamente preocupado e esse sentimento deve estar nas cabeças do conjunto da categoria como um todo. É preciso envolver as entidades sindicais, as secretarias de educação e a categoria para debatermos essa questão e acharmos uma solução para o problema.
  

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