Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Quem tem um aliado desses não precisa de inimigo


Já diz o povo na sua sabedoria que parente não se escolhe, mas amigos sim. Em se tratando de política, é fundamental saber escolher bem seus aliados. Do contrário, o tiro pode sair pela culatra. É o que pode estar acontecendo no bunker da candidatura do "socialista" Ricardo Coutinho, que escolheu como um de seus preferenciais aliados na disputa eleitoral deste ano o senador e presidente estadual do Democratas, Efraim Morais.

Este senhor poderia perfeitamente passar a ser chamado a partir de agora de "Sr. Escândalo", tal a facilidade com que se envolve em casos dessa envergadura. De forma recorrente, a mídia nacional tem colocado o senador do Alto Sertão paraibano em destaque quando o assunto é escândalo envolvendo algum tipo de suposta maracutaia. Efraim Morais já foi acusado de prática de nepotismo, licitações irregulares quando estava à frente da 1ª Secretaria do Senado Federal, recentemente a revista "Veja" revelou que em seu gabinete estavam lotados 76 funcionários (58 em Brasília e 18 em João Pessoa, sendo que deste montante apenas 9 eram servidores do quadro efetivo do Senado), e esta semana o Jornal Nacional, da Rede Globo, revelou em matéria nacional duas funcionárias fantasmas contratadas pelo gabinete do senador paraibano. As duas irmãs ao descobrirem a trama tomaram a iniciativa de denunciar à Polícia Civil do DF o ocorrido. Segundo o JN, ao ser procurado, o senador não quis se pronunciar sobre o ocorrido. Tudo isso ocorreu na quarta-feira, 18/05/10.

No dia seguinte, 19/05/10, vem a explicação de Efraim Morais e o anúncio de uma medida. A explicação: ele não sabia de nada! Qualquer semelhança com a fala de Lula no caso do mensalão não é mera coincidência. A medida: mandou demitir as três "envolvidas" no caso - as duas funcionárias fantasmas e a que as contratou, de nome Mônica Bicalho, que já trabalhava no gabinete do senador paraibano.

Efraim tenta, com isso, remediar sua imagem perante a opinião pública. Mas isso não adianta. Primeiro, que nem uma criança de 7 anos de idade acredita na versão contada pelo mesmo de que ele não sabia das contratações. Ora, afinal de contas, quem é que contrata alguém para o gabinete de um senador da República senão o próprio senador? A quem Efraim Morais pretende enganar? Ou será que ele pensa que todos os paraibanos e paraibanas são idiotas para acreditar numa conversinha de Trancoso dessas?

Como é do seu feitio, Ricardo Coutinho está calado. Mas com certeza já deve ter passado algum recado diretamente ao seu agora grande aliado Efraim Morais. Com certeza, Ricardo não deve estar contente com esses acontecimentos e sabe que isso repercutirá negativamente na sua campanha. Afinal de contas, Ricardo construiu sua imagem como um político sério e honesto e tais acontecimentos protagonizados por um de seus principais aliados o fazem ficar sem argumentos para explicar a aliança que está sendo costurada.

Pelo menos para quem tem um pouquinho de ética e caráter.

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