Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

segunda-feira, 31 de maio de 2010

A culpa é da bola!


Os jogadores da era Dunga no comando técnico da Seleção Brasileira já descobriram quem pode eliminar a pentacampeã mundial da possibilidade de conquistar o sonhado hexa. E não se trata de nenhuma grande seleção mundial, tipo Argentina, Alemanha, Inglaterra, França, Uruguai, Itália, Holanda ou semelhantes, mas sim a bola. Pois é, a bola é a culpada desde já pelo provável insucesso da equipe canarinha em terras africanas.

Quem começou com as críticas à bola da Copa 2010 foi o goleiro Júlio César, seguido depois por Luís Fabiano e Júlio Baptista. Críticas que apenas saíram da concentração da Seleção Brasileira, em Johanesburgo. Nenhuma outra seleção que já chegou à África do Sul fez qualquer menção sobre este assunto. E mesmo que faça, isto é inaceitável.

Jogadores como os da Seleção Brasileira são, na arena do futebol mundial, astros de primeira grandeza. E jogadores desse naipe, que ganham milhões de dólares por ano, que gozam de regalias em seus clubes - a maioria, europeus - e também na Seleção, especialmente em época de Copa do Mundo, quando dão declarações como essas dadas por Júlio César, Luís Fabiano e Júlio Baptista soam como indecentes, imorais e, sobretudo, desprovida de qualquer sentido.

Pois não é preciso ter mais do que dois neurônios para se saber que a Jabulani - a bola da Copa 2010 - não será exclusiva aos jogadores brasileiros, portanto, o que resta aos três brasileiros e ao restante do grupo escolhido por Dunga é falar menos e jogar mais. Aliás, em futebol esta sempre foi uma boa receita para um grupo vencedor.

Porém, como diria o velho e bom Marx, é preciso sair da aparência das coisas e ir até a sua essência. As críticas de Júlio César, Luís Fabiano e Júlio Baptista não são à toa, não surgiram do nada, têm uma razão de ser. Por trás delas, está a disputa milionária entre as duas gigantes de materiais esportivos em todo o planeta, Nike e Adidas, esta última patrocinadora oficial de mais uma Copa do Mundo e fabricante da bola da Copa - mais uma, desde 1970 -. Para se ter uma noção do que representa esta disputa entre estas gigantes do mercado esportivo, das 32 seleções que disputarão o 1º mundial de futebol em terras africanas, nada menos do que 22 desfilarão com uma das duas marcas, sendo 12 com a Adidas e 10 com a Nike. Portanto, a fala dos três jogadores brasileiros não se trata apenas de uma reclamação esportiva, mas sobretudo mercantilista. Traduz uma disputa milionária por trás delas.
Tanto isso é verdade que foram buscar as primeiras críticas à bola fabricada pela Adidas na concentração da seleção pentacampeã mundial. Nada melhor para dar credibilidade ás críticas, concordam comigo? Em seguidam, pegaram como "boi de piranha" Júlio César, um dos três melhores goleiros do mundo na atualidade (para mim, independente do desempenho do Brasil nesta Copa, é o melhor do mundo sem nenhuma dúvida); no rastro dele, vieram os os outros dois, todos sem distinção garotos-propaganda da Nike. Para não dizer que estou exagerando, será que alguém poderia me responder porquê até a presente data Kaká não se meteu nesta polêmica? A resposta é simples: ele não é garoto-propaganda da Nike! Assim como não veremos nenhum jogador da Argentina ou da Alemanha dar nenhuma declaração dste tipo, pois ambas as seleções são patrocinadas pela Adidas. Ou seja, a Copa do Mundo já começou, seja bem vindo a ela!!!


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