Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Bayeux celebra 61 anos de emancipação política ainda em meio a uma grave crise!!!






Neste dia 15 de dezembro do corrente ano, a cidade de Bayeux celebrou seus 61 anos de emancipação política num momento extremamente delicado da vida política nacional, estadual e local. No plano nacional, estadual e local, vivemos sob uma pandemia do coronavírus que, infelizmente, voltou a ter números alarmantes de casos e mortes, forçando a que tenhamos novas medidas restritivas em nosso cotidiano de vida enquanto não chega a vacina, apesar desta já estar presente em várias partes do mundo, como Reino Unido, Canadá Bahrein, México, EUA e outras partes do mundo. Aqui no Brasil, ainda há uma grande indefinição quanto a isso e uma excessiva politização quanto a este assunto, de interesse público, tanto da parte do governo Bolsonaro (sem partido), quanto da parte do governo Doria (PSDB/SP), como também de outros governantes, como até mesmo o governador João Azevedo (Cidadania/PB) e o prefeito eleito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP/PB), que foi se reunir com o governo de São Paulo para tratar da aquisição da vacina chinesa Coronavac para nossa capital. Enquanto isso, o STF cobra que o governo federal entregue a este um plano nacional de imunização para o todo o povo brasileiro e este entrega um plano sem o aval de especialistas. E assim caminha a humanidade. No caso, o Brasil com quase 200 mil mortos por causa da Covid-19. E, apesar de tudo isso, Bolsonaro lança a ideia na Câmara dos Deputados, com o relator da "MP da Vacina", de que cada brasileiro/a que tome a vacina, seja ela qual for, assine um "termo de responsabilidade". Daí, surge a pergunta que não quer calar: para quê e porquê esse "termo de responsabilidade" se a vacina já terá o aval da Anvisa??? Coisas de Bolsonaro..................

Saímos um pouco do tema do artigo para enfatizar que, não apenas o Brasil, mas Bayeux também passa por momentos turbulentos. E não apenas na questão da saúde. Bayeux, infelizmente, convive há meses com a pandemia do coronavírus e também com o "fantasma" da bandeira amarela do "Plano Novo Normal PB" decretado pelo governo estadual já há algum tempo, o que faz com que vários serviços existentes na cidade não possam ocorrer da maneira devida, prejudicando a já sensível economia da cidade. Isso só faz agravar ainda mais a situação da cidade, que convive há pelo menos 3 anos com uma grave crise político-administrativa iniciada pelo ex-prefeito Berg Lima, quando de sua prisão em flagrante, em 05 de julho de 2017.

Quando toda a cidade (ou, pelo menos, a maioria desta) pensava que tais questões começariam a acabar - ou a minimizar - a partir de novembro deste ano, com a eleição da nova prefeita de Bayeux, feita pelo povo, nas urnas, à pedetista Luciene de Fofinho, eis que Bayeux já se encontra mergulhada em mais vários capítulos de uma nova crise política que afeta a cidade. Um destes capítulos atinge diretamente a prefeita reeleita, Luciene de Fofinho, com 6 ações na Justiça, suspeita de ter sido eleita por uso ilegal da máquina pública durante a campanha e seu mandato à frente da Prefeitura (já que fora eleita de forma indireta para o cargo, em agosto, pela Câmara Municipal da cidade); depois disso vir à tona, surgiu a denúncia, que também já começa a ser investigado pelo MP, que cerca de 10 vereadores/as eleitos e reeleitos/as teriam assinado uma "carta renúncia" de seus mandatos na próxima legislatura (a partir e 2021), para que apoiassem a eleição do vereador Noquinha (PSL) à presidência da Câmara Municipal da cidade e, ao mesmo tempo, "derrubassem" a prefeita Luciene de Fofinho (PDT) de seu cargo. Como afirmamos, tudo está sendo apurado por investigações do MP.

Assim, Bayeux chega a 61 anos de sua História abalada com tais denúncias de corrupção envolvendo pessoas que deveriam dar o exemplo de bem cuidar da cidade e zelar por sua imagem. Porém, não é isso que o povo trabalhador, honesto e decente de seus 97.203 habitantes - segundo o Censo de 2020, feito pelo IBGE - percebe no dia-a-dia pelo seu "ganha pão". Além disso, recentemente, este mesmo povo foi surpreendido cm a lamentável notícia do brutal assassinato do ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira, quando este passeava numa rua do bairro de Manaíra, em João Pessoa, perto de sua residência.

Todos/as que me conhecem em Bayeux sabem que possuía muitas diferenças políticas com Expedito Pereira. Estas se aprofundaram no período em que este foi prefeito de Bayeux pela última vez (2013-16) e eu estive na direção do SINTRAMB - Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Bayeux -, no mesmo período. Durante este momento, Expedito cassou as consignações do sindicato por 6 meses, fizemos uma greve geral da categoria dos servidores municipais em 2014 por 45 dias, conseguimos uma vitória na Justiça do reajuste dos vigilantes em 2015 (de forma definitiva), além de várias outras conquistas. Tudo isso serviu para, de certa forma, arrefecer ainda mais os ânimos entre nós, do ponto de vista político. Porém, nunca desejei o mal a Expedito Pereira, muito menos querer que este tivesse uma morte trágica como foi esta que ele teve. Quero aqui desejar nossos sentimentos à família e que os responsáveis por isto sejam punidos exemplarmente, como determina a lei.

Enquanto isso, que Bayeux volte a ter dias melhores, se livre de todos esses escândalos que vêm passando e, principalmente, das pessoas que causam tantos danos e males à cidade e à sua imagem. Que Bayeux tenha muito mais do que 61 anos e que esse presente lamentável de hoje seja um aprendizado para não errarmos mais num futuro próximo.

Parabéns, Bayeux!!!

Parabéns ao povo trabalhador, honesto e decente de Bayeux!!!





 

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