Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

domingo, 24 de maio de 2020

Bolsonaro, o exterminador de seu governo!!!







Um velho amigo e militante do PSTU costumava me dizer que a realidade é muito mais dinâmica do que nossas avaliações políticas. Isso tem se constatado nos últimos anos e, mais especificamente, nas últimas semanas e nos últimos dias em nosso país de forma impressionante no atual governo Bolsonaro, dada a capacidade fenomenal que este possui de produzir fatos que podem levá-lo rapidamente à autodestruição. 
Em 21 de maio deste ano, pela primeira vez, ocorreu um movimento conjunto de partidos de oposição e entidades sindicais, populares e estudantis que, juntas, assinaram e protocolaram na Câmara dos Deputados, em Brasília, um pedido de impeachment do Presidente da República por crimes de responsabilidade à Constituição Federal e à democracia brasileira (https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/05/21/oposicao-pedido-impeachment-bolsonaro.htm), em sua maioria praticados por conta da série de atos praticados por este (ou contando com sua participação e adesão) às manifestações que ocorreram recentemente em Brasília e no resto do país, aonde as principais palavras de ordem eram pelo fechamento do Congresso Nacional, do STF, pedindo a volta do regime militar, do AI-5, intervenção militar, dentre outras coisas. Sete partidos (PT, PCdoB, PSOL, PCB, PCO, PSTU e UP), além de MTST e Articulação de Povos Indígenas, mais 400 entidades do campo já citado, foram signatários do pedido de impeachment do Presidente Jair Bolsonaro junto à Câmara dos Deputados. Mais um dentre os muitos que já circulam naquela Casa, com a diferença de que este é fruto de uma iniciativa coletiva, unificada, de todas estas organizações partidárias e do movimento como um todo.
No mesmo dia, mas noticiado pela imprensa no dia seguinte (22/05), o ministro do STF, Celso de Mello, relator do processo que investiga denúncia do ex-ministro Sérgio Moro contra presidente Bolsonaro por suposta interferência política na PF, enviou à PGR pedido de perícia nos celulares de Bolsonaro e de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/05/22/interna_politica,857374/celso-de-mello-envia-para-a-pgr-pedido-de-pericia-em-celular-de-bolso.shtml). Evidentemente, isso não apenas aumentou o cerco sobre o presidente, mas causou enorme alvoroço nas hostes bolsonaristas, com rechaço inclusive do general Heleno, responsável pela segurança pessoal do presidente, que emitiu uma "Nota à Nação Brasileira", aonde afirma poder existir "consequências imprevisíveis", caso tal fato ocorra (https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2020/05/general-heleno-ameaca-golpe-apos-stf-pedir-pericia-de-celular-de-bolsonaro/).
Para aumentar o desespero de Bolsonaro e seus fiéis escudeiros - leia-se bolsonaristas e bolsominions -, o mesmo ministro do STF Celso de Mello determinou, no dia 22 de maio do corrente ano, a retirada do sigilo do vídeo da reunião ministerial ocorrida no dia 22 de abril deste ano em que Bolsonaro, segundo o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, teria dito em depoimento à PF e também em sua entrevista quando saiu do comando da pasta, que o presidente teria tido intenção de promover "interferência política" na PF (https://brasil.elpais.com/brasil/2020-05-22/celso-de-mello-retira-sigilo-de-video-de-reuniao-onde-bolsonaro-menciona-trocas-na-seguranca-para-proteger-familia.html). A simples retirada deste sigilo foi suficiente para se verificar o grau da natureza que não apenas Bolsonaro, mas muitos de seus ministros, possuem acerca da coisa pública e também do conceito que possuem daqueles que consideram como sendo seus adversários ou inimigos.  A começar do próprio Bolsonaro, como já afirmamos, passando pelo ministro da Educação, Weintraub; Salles, do Meio Ambiente; Paulo Guedes, da Economia; Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos; indo até o presidente da CEF, Pedro Guimarães, sem citar outros presentes. 
É uma reunião que ilustra perfeitamente o nível da equipe que está a comandar este país e que serve para, neste momento, elevar ainda a temperatura da crise política e econômica que vivemos, além da crise sanitária pela qual passamos com a pandemia do coronavírus, que já causou a morte de mais de 23 mil pessoas (segundo informação mais atualizada do Ministério da Saúde).
Assim, as cenas dos próximos capítulos dessa crise são imprevisíveis, tornando a frase de nosso velho amigo e militante dita acima cada vez mais certa. Porém, apesar da pandemia, nossa capacidade de intervenção na realidade não pode nem deve ficar limitada. Precisamos intervir, de alguma forma, e buscar alternativas de fazer com que nossa classe seja parte integrante (ou até, mesmo, protagonista, deste processo)!!!

FORA BOLSONARO E MOURÃO!!!
QUARENTENA GERAL PARA TODOS, JÁ!!!

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