Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

segunda-feira, 9 de março de 2020

Bayeux: pior do que tá, pode ficar - Parte II






Em março de 2018, no dia 23 daquele mês e ano, publicamos neste mesmo espaço um artigo com este mesmo título, abordando naquela oportunidade a lamentável ocasião em que vivia a cidade de Bayeux, que tinha naquele momento o terceiro prefeito administrando o município após o fatídico dia 05 de julho de 2017, data em que houve a prisão em flagrante do prefeito Berg Lima(hj no PL). O título do artigo fazia uma referência ao bordão eleitoral utilizado pelo deputado federal Tiririca (PR/SP), que se elegeu afirmando a seus eleitores, em 2010, que "pior do que tá, não fica". Profundo engano. As realidades mundial, nacional, estadual e, sobretudo local, provaram a Tiririca e seus eleitores o contrário. Infelizmente.....
Para quem não viu ou leu o primeiro artigo que fiz na data acima, convido-o/a a fazer isso neste blog. Além disso, vale salientar a todos/as que vivem e/ou acompanham a cena política de Bayeux que, desde o  momento em que publicamos o artigo acima referido, tal situação tem apenas piorado, infelizmente. Depois de Berg Lima ter passado cerca de 5 meses preso por causa dos acontecimentos registrados no restaurante Sal e Pedra, dois outros prefeitos passaram pela Prefeitura de Bayeux - Luiz Antonio (PSDB) e Noquinha (PSL) - e o caos só aumentou na cidade, gerando cada vez mais instabilidade entre a população e os servidores municipais. Em dezembro de 2018, por decisão judicial, Berg Lima retornou ao comando da Prefeitura Municipal e o que parecia ser uma volta à normalidade política-administrativa, mostrou-se na prática ser a continuidade de uma situação de completa desorganização. Desde então, ninguém em Bayeux sabe concretamente quem manda mais na cidade: se o prefeito Berg Lima ou os vereadores da cidade. De lá pra cá, Berg Lima foi alvo de dois pedidos de cassação, todos derrotados na Câmara sempre pelo mesmo placar: 10 vereadores contra e 7 a favor. E, mesmo com tudo isso, a folha de pagamento da Prefeitura não pára de crescer em relação aos "favorecidos" do prefeito. E o município sofrendo com tudo isso. Basta consultar o Sagresonline para verificar isso..............
No último dia 03 de março deste ano, o prefeito Berg Lima teve seu recurso negado por unanimidade no TJPB da condenação sofrida na Justiça de Bayeux, quando teve seus direitos políticos cassados, tornando-se inelegível por 8 anos, além de multa e outras condenações mais. Berg Lima ainda poderá recorrer no cargo mas, segundo o próprio desembargador relator da matéria, Marcos Cavalcanti, ele se torna inelegível por conta de ter sido condenado em 2ª instância (https://www.pbagora.com.br/noticia/politica/berg-lima-tem-condenacao-mantida-pelo-tjpb-que-rejeitou-recurso-da-defesa/531835/). 
Como diz o velho ditado, "além de queda, coice". No dia seguinte à esta decisão do TJPB, o TCE/PB, também por unanimidade, decidiu pedir intervenção na Prefeitura Municipal de Bayeux ao Estado da Paraíba, por conta de dois motivos básicos, segundo o tribunal: "ausência de pagamento regular por dois anos consecutivos da dívida fundada e na não aplicação do mínimo (constitucional, grifo nosso) de 25% da receita municipal em educação e de 15% nas ações e serviços públicos de saúde" (https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2020/03/04/tce-pb-pede-intervencao-estadual-na-prefeitura-de-bayeux.ghtml).
Nesta terça-feira, 10 de março do corrente ano, a Câmara Municipal de Bayeux se reunirá para apreciar o pedido de intervenção feito pelo TCE/PB e, se aprovado por maioria simples, este irá ao governador do Estado, João Azevedo (Cidadania) que baixará o decreto e o enviará à Assembleia Legislativa para que este seja apreciado e votado, cabendo aos/às deputados/as aprová-lo ou não. 
Neste momento, cabe dizer algumas coisas: 1) a intervenção estadual em Bayeux, assim como em qualquer outro município, é uma dose muito forte do remédio. Mas, necessária; 2) esta situação pela qual chegou Bayeux tem nome e sobrenome. Chama-se Berg Lima. E quem o defende deve também ser igualmente execrado; 3) tudo isso deve ser tomado como uma lição (dura, mas como uma lição) para o povo trabalhador, decente e honesto de Bayeux de que só a sua força, organização e disposição em tomar para si a construção de um verdadeiro poder para os trabalhadores poderá resolver, de uma vez por todas, os problemas de Bayeux, do Estado, do Brasil e do mundo.






0 comentários:

Postar um comentário