Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

domingo, 29 de março de 2020

A omissão de João Azevedo e Luciano Cartaxo diante da “carreata da morte!!!


         


Neste sábado, 28 de março do corrente ano, realizou-se em João Pessoa (assim como em outras cidades do país) a “carreata da morte”, como ficou conhecida, pelos apoiadores do governo Bolsonaro. A principal reivindicação desta atividade foi exigir, das autoridades estaduais e municipais, o fim do isolamento social como forma de prevenir a propagação do Covid-19 e, assim, retomar as rotina normal do nosso cotidiano, restringindo o confinamento apenas aos/às idosos/as e pessoas do “grupo de risco” divulgado pela OMS por conta dessa pandemia.
Não vamos entrar no mérito da quantidade de pessoas presentes a esta “carreata da morte” em nossa capital, mas sim centrar o debate em torno da omissão do governador João Azevedo (Cidadania) e do prefeito Luciano Cartaxo (PV) frente a este evento ocorrido neste final de semana, tanto em João Pessoa como em Campina Grande.
Desde o início desta pandemia, a população paraibana e pessoense (em particular) foram protagonistas do isolamento social a que foram submetidos pelo Governo do Estado e da PMJP, assim como já ocorreu em diversas cidades do país e do mundo. Porém, coincidentemente após o “discurso da morte” feito por Bolsonaro em 24/03 deste ano, o governador João Azevedo recuou de suas ideias anteriores e editou um novo decreto governamental, determinando a reabertura de loterias e demais lojas comerciais. Mesmo que este e seus seguidores não aceitem, a concretização deste novo decreto do governador paraibano segue na mesma linha do governo Bolsonaro.
Para concluir este processo, o que o governador e o prefeito da capital fizeram no evento da “carreata da morte”, protagonizada hoje pelos bolsominions. Ou melhor, o que estes não fizeram para impedir. Em vários locais espalhados pelo país, as autoridades governamentais (e até da justiça, em alguns casos), houve o impedimento à realização dessas atividades, por conta dos decretos espalhados país afora sobre a necessidade do isolamento social e fechamento dos estabelecimentos comerciais. Em Fortaleza, os organizadores da “carreata da morte” desistiram de ir às ruas por conta da ameaça de sofrerem uma pesada multa a seus organizadores, feita pelo governador daquele Estado; na Bahia, a PM foi colocada para acabar com o evento; em Uberlândia/MG, o Ministério Público determinou medidas enérgicas das autoridades para impedir tal insanidade.
Infelizmente, isso não ocorreu em nosso Estado. O governador João Azevedo limitou-se a lamentar o ocorrido (em vídeo), apenas afirmando que estava “perplexo” com aquela convocação. O prefeito Luciano Cartaxo foi na mesma linha. Sem falar no MPPB, que foi no mesmo tom do governador e afirmou, em nota, que respeitava o direito das pessoas em fazerem manifestação. Interessante observar que, quando os trabalhadores vão às ruas, fazem passeatas e colocam carros de som para se dirigir ao povo, estas autoridades movimentam-se rapidamente para impedir tais atividades e não respeitam o “direito de manifestação” destes.
Em nenhum momento, verificou-se a presença da PM e da SEMOB para impedir a realização de tal “carreata da morte”. O que assistimos hoje, independente do público presente a estes eventos (como já disse antes), foi que ela se realizou, nas barbas dessas autoridades que nada fizeram. Lamentável tal postura de omissão frente a uma frontal declaração contrária à saúde pública, protagonizada por Bolsonaro e sua “tropa de choque”.
Pelo visto, nem Bolsonaro nem João Azevedo e muito menos Luciano Cartaxo aprenderam com a duríssima lição que vem da Itália, que pelas palavras do prefeito de Milão, negou-se a reconhecer a presença do coronavírus em seu país e o resultado aí está para mostrar a quem quiser ver. Milhares de mortos na “velha bota” por conta desta omissão das autoridades máximas do nosso Estado. Infelizmente...........

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