Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

sábado, 22 de dezembro de 2018

O caos de Bayeux, os servidores municipais da cidade e a atual direção do SINTRAMB




Aprendi em pouco mais de 30 anos de militância, iniciada no movimento estudantil da UFPB em 1987, que não devemos fazer galhofas nem desprezar aqueles e aquelas que lutam. Estes/as merecem nosso respeito, mesmo que eventualmente tenhamos nossas diferenças políticas. Isto porque estes/as dedicam suas vidas e energias a colocá-las a serviço de uma causa coletiva, na defesa de setores e grupos que, muitas vezes, não podem fazê-lo ou não possuem a compreensão política dessa tarefa naquele momento.
Porém, além dessas questões levantadas, é preciso que a direção do movimento tenha a exata dimensão de um fator importante para realizar determinadas atividades, que possam, neste sentido, reunir um bom número de pessoas para que tal atividade cumpra a função a que se propõe. Senão, além de não atingir o fim determinado e pretendido, pode-se jogar o movimento e a entidade em questão a um ostracismo e a um descrédito perigosos. 
A foto acima revela um pouco disso. Em primeiro lugar, quero afirmar a todos/as que porventura leiam este artigo, que não participei de tal ato porque, na mesma hora da atividade, havia uma consulta médica já previamente agendada e não poderia estar presente. Avisei isso à presidente do SINTRAMB, Germana e ao companheiro Joel (conselheiro do Fundeb, como eu) que compareceu ao evento. Tudo isso devidamente registrados nos whatsapps de cada um. 
Em segundo lugar, afirmo isso porque, quando estivemos na direção do SINTRAMB, também realizamos um ato semelhante a este, em número reduzido, com relação ao "aniversário" de construção da UPA de Bayeux, na época do então prefeito Expedito, que já fazia 1 ano (na ocasião) de sua construção que não andava. Avalio hoje que faltou, de nossa parte, mais divulgação e preparação para a realização daquela atividade. Creio que, neste "ato de Natal", chamado pela atual direção do SINTRAMB, tenha faltado as mesmas coisas, sem falar em outra coisa, desconhecida para a maioria das pessoas, que revelo aqui: a teimosia política de uma direção que não aceita ser vencida pela base da categoria em assembleia. Digo isso porque, na última assembleia ocorrida em 13 de dezembro deste ano, quando houve a nossa eleição para o Conselho do Fundeb, junto com o companheiro Joel, discutiu-se também acerca da realização de uma atividade sobre o não pagamento do 13º salário aos servidores municipais de Bayeux. Na ocasião, a direção do SINTRAMB queria fazer isso no dia 20/12, mas após um debate na referida assembleia, decidiu-se que isto deveria ocorrer no dia 14/12, como ocorreu, em frente à Prefeitura, contra a vontade da direção do "MUDA SINTRAMB", que manteve sua posição de que tal evento deveria ser no dia 20/12. Assim, ocorreram em uma semana dois atos com a mesma finalidade. O resultado disso??? Dois atos esvaziados. Que isso significa, politicamente??? Movimento e sindicato desgastados politicamente. Isso é muito ruim, mas parece que a atual direção do SINTRAMB só sabe colocar a "culpa" disso na categoria. Lamentável..........
Não precisa ser um expert em política, pós-doutor em Ciência Política, para saber que Bayeux vive no caos há algum tempo, mais precisamente desde quando Berg Lima (hj, sem partido) foi preso em flagrante no dia 05 de julho de 2017 e que seus sucessores, Luiz Antonio (PSDB) e Noquinha (PSL) apenas ampliaram esse caos. E que, infelizmente, o "MUDA SINTRAMB" pouco ou quase nada fez neste período para que nossa categoria respondesse à altura esta grave crise que a cidade e a categoria dos servidores municipais também vive. O exemplo mais concreto disso é a política traçada por essa direção, tendo à frente a professora Germana, acerca do pagamento do 13º salário deste ano. Só agora, às vésperas da data final para a Prefeitura cumprir seu "dever de casa", é que Germana e cia se mexem para dar alguma satisfação à base. E, neste caso, não bastam ações jurídicas. Pois estas fazem parte do bê-a-bá do dicionário sindical. O que esta direção deveria ter feito e não fez, era preparar a categoria para o enfrentamento e a luta há pelo menos dois meses atrás, porque neste período já era visível que isso poderia ocorrer. Mas, o que o "MUDA SINTRAMB" fez??? Com a respostas, vocês!!!
Como disse anteriormente, esses erros de avaliação política podem ocorrer. Todos cometemos, é normal que aconteçam. O "x" da questão é quando isso ocorre mais de uma vez. Isso acaba comprometendo a credibilidade do movimento e da entidade como um todo. É isso que verificamos hoje em dia com nosso sindicato, pois observamos que não é a primeira vez que tal coisa acontece, seja em atos ou assembleias. Verificamos, já há um tempo, um certo distanciamento entre a atual direção do SINTRAMB e a base da categoria. Assim, só uma nova direção pode fazer com que nosso sindicato possa voltar a ter dias de protagonismo na cidade e, principalmente, na nossa categoria.

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