O MACHISMO DIVIDE A CLASSE, É
PRECISO COMBATÊ-LO!
Solidariedade à Vanessa, por um
tribunal dos trabalhadores para apurar o caso!!!
Na semana de
organização da Greve Geral contra os violentos ataques do governo de Michel
Temer e sua quadrilha à classe trabalhadora, através de suas contrarreformas,
ocorrida no dia 30 de junho, em todo o país, e também na Paraíba, o movimento
sindical, popular e estudantil foi surpreendido pelas redes sociais com uma gravíssima denúncia vindo de uma
companheira, de nome Vanessa Lima, que relatou publicamente (daí o motivo de
publicizarmos seu nome) a agressão violenta sofrida por esta, motivada por um
militante conhecido e reconhecido por boa parte da militância local, da
Consulta Popular, chamado Gleyson Melo, um dos mais importantes de tal
organização.
A
companheira citada fez questão – e, na nossa opinião, agiu corretamente – de
publicizar tal violência nas redes sociais, com relato e fotos da violência por
ela sofrida, exibindo fotos da agressão que ela sofreu, bem como do ambiente
destruído pelo militante citado, na ocasião. Lamentamos (para dizer o mínimo),
que um militante de tradição tenha cometido tal ato contra uma mulher e que sua
organização, em nota pública sobre o fato, tenha se restringido a afirmar que
cabe à companheira “a formalização das acusações” e que ao agressor “responder
às acusações relacionadas ao fato no tempo e no espaço adequados”. A Consulta
Popular, corretamente, afastou das atividades da organização o militante
Gleyson Melo durante o período das acusações, mas isso não é o suficiente. É
preciso apurar, verificar todos os fatos objetivamente e punir de maneira
exemplar para proteger a companheira e educar o conjunto de nossa classe, pois
ninguém pode falar em nome da liberdade oprimindo os outros.
A
CSP Conlutas quer, neste momento, se solidarizar com a companheira Vanessa Lima
e envia essa carta para exigir uma apuração dos fatos, assegurando o direito a
todos os envolvidos a se expressarem e punição exemplar no caso frente à
evidente violência. Estamos acompanhando o caso, esperamos uma decisão breve,
mas desde já defendemos e nos colocamos à disposição para ser parte de uma
comissão do movimento de trabalhadores, composta por movimento de mulheres e
entidades dos trabalhadores para julgar o caso e aplicar medidas frente ao
lamentável episódio. Não podemos permitir que este caso passe impune, sob pena
de avalizarmos mais uma agressão à mulher, o que em nenhuma hipótese deve ser
considerado entre nós!!!
Nossa
central reafirma seu compromisso em seus núcleos na defesa, na promoção e na
participação social das mulheres e, com isso, exigimos justiça, respeito,
dignidade e vida: machismo nunca mais!!!
Paraíba, julho de 2017.
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