Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

quarta-feira, 5 de julho de 2017

CSP Conlutas PB lança nota sobre caso de violência contra mulher!!!




O MACHISMO DIVIDE A CLASSE, É PRECISO COMBATÊ-LO!
Solidariedade à Vanessa, por um tribunal dos trabalhadores para apurar o caso!!!


Na semana de organização da Greve Geral contra os violentos ataques do governo de Michel Temer e sua quadrilha à classe trabalhadora, através de suas contrarreformas, ocorrida no dia 30 de junho, em todo o país, e também na Paraíba, o movimento sindical, popular e estudantil foi surpreendido pelas redes sociais com uma gravíssima denúncia vindo de uma companheira, de nome Vanessa Lima, que relatou publicamente (daí o motivo de publicizarmos seu nome) a agressão violenta sofrida por esta, motivada por um militante conhecido e reconhecido por boa parte da militância local, da Consulta Popular, chamado Gleyson Melo, um dos mais importantes de tal organização.
         A companheira citada fez questão – e, na nossa opinião, agiu corretamente – de publicizar tal violência nas redes sociais, com relato e fotos da violência por ela sofrida, exibindo fotos da agressão que ela sofreu, bem como do ambiente destruído pelo militante citado, na ocasião. Lamentamos (para dizer o mínimo), que um militante de tradição tenha cometido tal ato contra uma mulher e que sua organização, em nota pública sobre o fato, tenha se restringido a afirmar que cabe à companheira “a formalização das acusações” e que ao agressor “responder às acusações relacionadas ao fato no tempo e no espaço adequados”. A Consulta Popular, corretamente, afastou das atividades da organização o militante Gleyson Melo durante o período das acusações, mas isso não é o suficiente. É preciso apurar, verificar todos os fatos objetivamente e punir de maneira exemplar para proteger a companheira e educar o conjunto de nossa classe, pois ninguém pode falar em nome da liberdade oprimindo os outros.
         A CSP Conlutas quer, neste momento, se solidarizar com a companheira Vanessa Lima e envia essa carta para exigir uma apuração dos fatos, assegurando o direito a todos os envolvidos a se expressarem e punição exemplar no caso frente à evidente violência. Estamos acompanhando o caso, esperamos uma decisão breve, mas desde já defendemos e nos colocamos à disposição para ser parte de uma comissão do movimento de trabalhadores, composta por movimento de mulheres e entidades dos trabalhadores para julgar o caso e aplicar medidas frente ao lamentável episódio. Não podemos permitir que este caso passe impune, sob pena de avalizarmos mais uma agressão à mulher, o que em nenhuma hipótese deve ser considerado entre nós!!!
         Nossa central reafirma seu compromisso em seus núcleos na defesa, na promoção e na participação social das mulheres e, com isso, exigimos justiça, respeito, dignidade e vida: machismo nunca mais!!!

Paraíba, julho de 2017.

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