Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

sábado, 10 de julho de 2010

Uma avaliação da eleição do Sinfesa

No último dia 5 de julho deste ano, ocorreu a eleição para renovação da diretoria do Sindicato dos Funcionários Públicos de Sta. Rita - SINFESA -. Na disputa, duas chapas, a chapa 1 liderada pelo atual presidente, José Farias, e a chapa de oposição, capitaneada por Manoel Vieira, vice presidente da gestão que encerrava o mandato mas que rompera com José por conta dos desvios de conduta deste à frente da direção da entidade.
O SINFESA tem hoje com José no comando da entidade uma entidade completamente paralisada, que vive sob controle da Prefeitura, sem ter nenhuma autonomia e independência de classe. Daí a necessidade que um setor da categoria sentiu de dar uma resposta efetiva a esta situação. A greve do Magistério, em 2007, foi o estopim para se perceber a traição da maioria da direção do Sindicato quando esta por trás da categoria negociava o fim da greve com a Prefeitura sem nenhuma conquista para os trabalhadores às custas da perseguição a vários lutadores/lutadoras que atuavam na greve. Tudo isso com a permissão do presidente do Sindicato, José e a maioria de seus companheiros/as de diretoria.
Além disso, outra coisa bastante grave que se deu ao longo da gestão foi a completa falta de transparência na prestação de contas da entidade à categoria, afinal trata-se do dinheiro da categoria. Em 4 anos de gestão, nenhuma prestação de contas foi feita e só às vésperas da eleição, de forma muito atabalhoada, tal coisa foi feita e mesmo assim, há muito o que se questionar nas contas apresentadas.
No processo eleitoral em si, o que se viu foi uma tremenda desorganização proposital, tudo para garantir a qualquer custo a vitória da chapa da situação - ou a chapa da Prefeitura, podemos assim dizer -. Desde a eleição forjada da Comissão Eleitoral em Assembleia convocada sem a devida convocação bem feita na base até a atuação da "competente" e "eficiente" presidente da referida Comissão, para não dizer o contrário, que fez de tudo para tumultuar o processo eleitoral. Até mesmo ameaçar eleitores esta presidente fez, a fazvor da chapa 1. Isso é que é isenção!!!
Apesar de tudo isso, somado à "compra de votos" pela chapa situacional com as indicações de diretores/as de escolas, dobras de cargas para vários profissionais em escolas e outros tipos de favores feitos tal qual um candidato burguês da pior espécie, o comportamento político da chapa 2 durante todo o processo eleitoral e, especialmente, o desempenho eleitoral verificado ao abrir das urnas foi EXCELENTE!!!
Na eleição passada, a chapa de oposição a José saiu das urnas com um pífio resultado de 14%. Agora, a chapa 2, de Manoel, Valdir, Cleiton, Glória, Nevinha, Gilmar, Socorro, Elisângela, Elizama, Márcio e cia. saem das urnas com cerca de 34% dos votos, o que lhes dá uma credibilidade para iniciar um forte trabalho na base da categoria com muito mais respaldo.
Ainda mais que olhando para a atual composição da nova gestão do SINFESA, podemos verificar que a tendência é que José e cia. deverão se degenerar cada vez mais rápido, pois agora não há mais um Manoel Vieira para olhar os descalabros da gestão e, em seu lugar, entraram umas figurinhas que nós, servidores/as da base, devemos nos preocupar e muito com o futuro de nosso SINFESA.

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