Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Vivemos numa DEMOCRACIA na Paraíba?




No dia 1º de fevereiro, a Paraíba foi surpreendida com uma notícia espantosa: o anúncio do fechamento da programação da Paraíba FM e, consequentemente, de três de seus programas jornalísticos que, de forma mais veemente e crítica, faziam oposição ao atual governador do Estado, Ricardo Coutinho. A argumentação utilizada pelos empresários do sistema  em que a Paraíba FM era vinculada era de que seu fechamento se devia à razões de ordem financeira, coisa difícil de se acreditar pela intempestividade da forma como se deu tal fechamento.
Além do mais, esse episódio do fim da Paraíba FM encerra com chave de ouro um ciclo iniciado em 2011, logo após a chegada de Ricardo Coutinho ao Palácio da Redenção, quando a equipe comandada por Gutemberg Cardoso e Josival Pereira, então na Correio FM, saíram deste sistema de comunicação também de forma intempestiva por não baterem de frente com o mandatário do Poder Executivo Estadual. O Palácio da Redenção e seus babões de plantão hã de negar isso até a morte, mas toda a Paraíba sabe disso perfeitamente. De uma leva só, saíram além dos citados, Marcelo José, Lenilson Guedes e tantos outros. Alguns meses depois, esses desembarcaram no sistema Cabo Branco e lá iniciaram um novo projeto, intitulado Paraíba FM, onde junto com outros competentíssimos profissionais, produziram três grandes programas do rádio paraibano, pela manhã, ao meio-dia e no horário das 18h: "Paraíba Agora", "Polêmica Paraíba"e "A Hora do Rush". Além dos já citados, toda a Paraíba tinha a satisfação de ouvir Edileide Vilaça, Padre Albeni, Maurílio Batista, Verônica Guerra, e tantos outros cobras do radiojornalismo paraibano a cumprir sua missão de bem informar o povo de nossa terra com um mínimo de informação crítica. Depois, também por influência do Palácio da Redenção, Marcelo José, Josival Pereira e Nilvan Ferreira saíram da Paraíba FM e foram ganhar a vida em outras paradas. Era o início do fim do projeto ambicioso iniciado há dois anos atrás. 
Evidentemente, que este blogueiro que vos fala e escreve nem sempre concordava com a opiniões emitidas pelos apresentadores destes programas, porém nestes programas nos era permitidos discordas deles e, principalmente, exprimir nossas posições divergentes do status quo existente atualmente em nosso Estado. Isso é que era o mais importante na Paraíba FM, esse era o seu diferencial em relação a outros sistemas de comunicação que ora continuam em vigor em terras tabajaras, sempre submissos ao que vem do Palácio da Redenção.
Esse é o maior prejuízo ao povo paraibano com o fim da Paraíba FM. Teremos, a partir de agora, a DITADURA DA INFORMAÇÃO em nosso Estado. Não teremos agora uma Tabajara. Teremos várias Tabajaras, espalhando aos quatro recantos deste Estado as "informações" de um governo que, em nome do povo, só tem causado prejuízos a esse mesmo povo. Pois que mais mal um governo pode causar a um povo do que privá-lo da informação crítica, da informação divergente?
Com o fim da Paraíba FM, só nos resta perguntar: na Paraíba, sob a égide de Ricardo Coutinho, vivemos realmente numa DEMOCRACIA?   

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