Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

terça-feira, 17 de abril de 2012

O insustentável Estado de governar





O governo Ricardo Coutinho completou hoje, 17 de abril de 2012, 471 dias de mandato. E justamente neste dia que o governo sofreu a sua mais profunda derrota até agora, em uma sessão na Assembleia Legislativa.
Foram duas derrotas no mesmo dia, envolvendo duas MP's, ambas de fundamental importância para o governo. As MP's 184 e 185, que tratavam da redistribuição do número de cargos comissionados a serem ocupados por servidores de carreira e da data base do funcionalismo, respectivamente, foram amplamente debatidas por semanas, estavam trancando a pauta da AL e, finalmente, quando entraram para votação, o resultado foi extremamente negativo para o governo Ricardo Coutinho.
Não é a primeira vez que isso ocorre no governo Ricardo Coutinho. A diferença é que isso está ocorrendo com uma frequência espantosa. Em várias frentes. Semana passada, o TRT bateu o martelo e decretou o fim da terceirização na saúde estadual, agora vem a Assembleia e reafirma o reajuste do funcionalismo e a data base da categoria, além de manter a indicação dos cargos comissionados nas mãos dos servidores efetivos e não, como queria Ricardus I, entregues aos "amigos do rei".
Ricardo Coutinho enfrenta, sem sombra de dúvida, seu pior momento no governo. Com uma base na Assembleia completamente desorientada, além de fisiologista, Ricardo enfrenta um profundo desgaste na opinião pública com as atitudes que vem tomando. Isso se reflete diretamente na sucessão municipal na capital, onde sua candidata não consegue decolar de maneira alguma.
Tudo isso vem acontecendo e a postura de Ricardo Coutinho permanece a mesma. Parece que não está acontecendo nada, para ele o governo está fazendo a coisa certa, os outros é que estão agindo errado. É impressionante a postura arrogante, prepotente e inconsequente do governador Ricardo Coutinho ante os fatos gerados por ele próprio e seu governo neste Estado desde que chegou ao poder, em janeiro do ano passado. Típico dos reis absolutistas, que se achavam acima do bem e do mal.
A continuar dessa maneira, o governo Ricardo Coutinho poderá até chegar ao seu final. Repetir a dose aí já serão outros quinhentos.

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