Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Entre o imoral e a marginalidade: militantes do PSOL e do PT de Bayeux/PB se envolvem em escândalo de grande proporção!

A cidade de Bayeux, situada na Grande João Pessoa, amanheceu no dia 05 de janeiro deste ano, com uma bomba política envolvendo duas figuras políticas da esquerda da cidade. Uma delas é o conselheiro tutelar Tony Cultura, do PSOL; a outra personagem da história é o vereador do PT, Nino (conhecido como Nino do PT). 
Tony Cultura foi preso em flagrante, junto com outro conselheiro tutelar, acusado de tentar extorquir cerca de R$ 6.000 (seis mil reais) do vereador petista por este ter um relacionamento com uma jovem de 15 anos, segundo este, consentido pela família desta. O vereador, junto com a PM da cidade, armou uma situação onde na hora em que o vereador efetuou o pagamento da propina aos conselheiros na sua residência, os policiais apareceram e efetuaram a prisão destes em flagrante delito.
Evidentemente, como se tratam de duas figuras públicas na cidade, não se comenta outra coisa no município. Mas este caso envolve outra questão.
PSOL e PT são partidos de esquerda, pelo menos assim se consideram e assim são vistos pela população. Assim, devem - ao menos, deveriam -, ter alguns parâmetros éticos a serem seguidos pelos seus militantes.
Na matéria que foi ao na TV Cabo Branco, afiliada da Globo na Paraíba, o delegado da Infância e Juventude afirmou que o relacionamento do vereador Nino do PT com a jovem de 15 anos não se configura como prática de pedofilia por este ser consentido pela família da mesma. Nino também afirma, em seu depoimento prestado à Comissão Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, sempre há um membro da família a acompanhar as saídas dele com a jovem. Mas esta não é a questão. Do ponto de vista legal, Nino, pode não haver nenhum problema. Mas do ponto de vista ético existem problemas sim. E muitos. Nós somos figuras públicas e como tais devemos ter um comportamento exemplar. Não podemos nem devemos ter condutas que coloquem em risco nossa imagem nem tampouco as ideias que defendemos perante a classe que defendemos. A relação que Nino do PT mantém com a jovem de 15 anos pode realmente não ter nada a ver com pedofilia, mas daí que se consiga convencer alguém do povo disso...
Já Tony Cultura foi irresponsável ao extremo, para dizer o mínimo. Conselheiro tutelar da cidade, segundo ele, era conhecedor de uma denúncia de que o vereador Nino do PT era pedófilo. E aí, o que faz o nosso grande conselheiro tutelar? Em vez de apurar os fatos e, em se comprovando a denúncia, oferecer esta ao Ministério Público, não, ele tenta extorquir dinheiro do vereador petista. Incorre aí em dois erros gravíssimos: 1º) pratica o crime da extorsão; e 2º) sabedor de um crime (segundo ele declara à imprensa, Nino seria pedófilo), ele tenta em troca de dinheiro ocultar esse suposto crime. Com essa prisão, não apenas a carreira política de Tony Cultura está acabada, mas sua própria vida pessoal e, por tabela, a imagem do PSOL na cidade de Bayeux fica profundamente arranhada, difícil de se recuperar nos próximos anos.
Este episódio é muito triste pois mostra o mar de lama da degeneração política que um setor da esquerda brasileira mergulhou. Infelizmente, isso resvala na esquerda como um todo. Isso é o pior de tudo. 
Mesmo que a relação afetiva de Nino do PT não seja pedófila (consentida pela família, como ele repete várias vezes),  do ponto de vista da ética militante é profundamente questionável por conta de todos os parâmetros que um militante de esquerda deve - ou pelo menos deveria - seguir na sua conduta de vida. A prática de Tony Cultura, enquanto militante do PSOL, nem se fala. Não há palavras para descrever tal atitude. Envergonha completamente a todos/as que possuem uma história militante e que conhecem um mínimo da história da esquerda brasileira e mundial. 

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