Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

sábado, 4 de junho de 2011

Alguns números do futebol mundial e o salário mínimo do trabalhador brasileiro

Recentemente, ocorreu com toda sua pompa a final da Liga dos Campeões da Europa, disputada no estádio de Wembley, na Inglaterra, entre as equipes do Manchester United e do Barcelona. Equipes milionárias, de grandes jogadores, com supersalários, inimagináveis para os padrões brasileiros, que já são altos para nossa realidade, em alguns casos. Na imensa maioria dos casos, os jogadores brasileiros ganham salários miseráveis. Em outro artigo, mostraremos a disparidade existente no futebol brasileiro entre os salários das "estrelas" e dos demais jogadores que atuam em nosso país.
Voltando ao tema central de nosso artigo, Manchester e Barcelona fizeram um jogo muito disputado e no final a superioridade da equipe catalã fez-se prevalecer: Barcelona 3 a 1, tricampeão da Liga dos Campeões da Europa, já classificado para o Mundial Interclubes da Fifa a ser disputado no final do ano, onde tentará o bicampeonato. Messi e Cia. chegam, desde já, como favoritos ao título.
Boa parte da imprensa divulgou, antes mesmo da partida iniciar, que caso o Barcelona conquistasse o título em Wembley, cada jogador receberia um prêmio (ou "bicho", como se diz por aqui) de 600.000 (seiscentos mil euros), ou seja, cerca de R$ 1.386.000. Uma fortuna para o mercado futebolístico brasileiro, que já anda inflacionado, com a vinda de Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Luís Fabiano, e até mesmo com alguns que ainda estão por aqui, como Neymar. 
Agora imagina isso quando pensamos na nossa classe, nos/nas trabalhadores/as, que ralam diariamente 8 horas para ganhar, no fim do mês, R$ 545. O "bicho" de um Messi equivale ao salário de exatos 2.543 trabalhadores/as brasileiros/as. Da mesma forma,cada um desses/as, teria que trabalhar 195,6 anos para ganhar o que o craque argentino ganhou em 90 minutos. Isso é o capitalismo!!!
Vamos pensar agora no professor/a que ganha um salário de três dígitos - R$ 930 - denunciado pela companheira Amanda Gurgel. Para cada "bicho" de um jogador do Barcelona, seriam necessários 1490 professores/as. Para um/a professor/a ganhar o mesmo que o brasileiro Daniel Alves ganhou em 90 minutos, teria  que trabalhar 114,6 anos. 
Essas são as contradições impostas a nós pelo capital. Todo o momento vivenciamos essas questões e é por isso que precisamos, cada vez mais, nos organizar enquanto classe para combater essas disparidades tão gritantes que existem em nossa sociedade.

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