Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

O "Fica, Temer", o "perdão aos golpistas" e a construção do dia 10/11



Aproxima-se a chegada do dia 10/11, o Dia Nacional de Lutas contra as "reformas" do governo Temer, construída a partir do setor metalúrgico do país e incorporado por várias outras categorias, a partir dos servidores públicos federais, com decisão nacional do Fonasefe, mas também de outros  e setores, como os/as trabalhadores/as de Correios, petroleiros, pessoal da educação básica e tantos outros/as trabalhadores/as em todo nosso país, indignados com tantos ataques do governo Temer, por causa das "reformas" trabalhista, previdenciária,a lei da terceirização e demais "flechas" desferidas por este governo, que não se cansa de atacar nossa classe e demais setores explorados.
Para combater este governo, torna-se fundamental construir a mais ampla unidade de nossa classe e dos demais setores explorados, em cima de um programa igualmente unificado, que busque agregar todos/as em torno a uma luta anticapitalista, contra todos esses ataques que vimos sofrendo há anos.
Porém, a construção dessa unidade vem sendo posta à prova seguidas vezes e não vem sendo fácil sua construção. Infelizmente. Na última semana, pelo menos dois fatos da conjuntura nacional, contribuíram decisivamente para isso e precisam ser colocados para que possamos, dessa forma, explicitar nossas divergências, para assim, construirmos essa tão falada unidade. Pois será assim que poderemos construir a tão falada unidade. Se é que queremos mesmo construí-la.
Ambos os fatos foram expressados pela maior das lideranças populares de nosso país, o ex-presidente Lula. Segundo o jornal "Valor Econômico", na quinta-feira passada (26/10/17), na cidade mineira de Salinas, durante sua caravana, ele afirmou com todas as letras que "já não é mais o momento de pedir a saída antecipada do presidente Michel Temer". E completou. Disse que o povo deveria, em vez de ficar gritando "fora Temer", "defender o nome de um nome de um novo presidente".
Em seguida, no dia 30/10/17, no jornal "Estado de São Paulo", saiu a publicação de que, também em Minas Gerais, só que na capital, Belo Horizonte, Lula estaria "perdoando os golpistas". Isso ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff e do governador Fernando Pimentel, ambos do PT, e para uma grande plateia presente a um ato realizado naquela capital.
As duas falas são um balde de água geladíssima na construção de quem pretende construir um mínimo de ação unitária para o próximo período, em se tratando de lutas nesse país. Pois, como unificar algo com quem pensa única e exclusivamente em construir não as lutas, mas apoios e alianças para as eleições de 2018??? Como unificar com quem pensa em se unir a Renan Calheiros e demais "golpistas" e professar a palavra de ordem "Fica, Temer", ao invés de organizar o povo trabalhador de nosso país para derrotar esse governo e construir um poder que tenha, efetivamente, cheiro de povo???
Apesar de todas essas dificuldades, nós do PSTU e que ajudamos a construir a CSP Conlutas, estaremos na linha de frente na construção de um vigoroso e forte dia 10/11, o Dia Nacional de Lutas contra as "reformas" do governo Temer, a partir das bases de nossa classe, para que possamos, a partir dessa data, construirmos uma nova greve geral nesse país. Apesar dos "perdões aos golpistas" e aos "Fica, Temer"!!!

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