Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Aos democratas da UFPB de plantão, a vitória de Margareth






Desde que os antigos gregos formularam o conceito de democracia e, séculos mais tarde, a Revolução Francesa, aperfeiçoou tal conceito colando a este um outro - o da cidadania - que muitos a usam (a democracia) do jeito que bem entendem. 
Porém, é a partir de Marx e, principalmente após Lenin que nós, socialistas, definimos democracia a partir de um elemento muito simples: o de que lado você está na luta de classes. Para nós, socialistas, a democracia tem um viés de classes. E não é só para nós não. A burguesia também pensa assim. Para fora, ela diz que a democracia tem valor universal, que ela vale para todos, que todos são iguais para todos e outras baboseiras do gênero. Os reformistas do PT também pensam e repetem esse mantra. Todavia, basta olhar para o lado e ver os índices de analfabetismo, de racismo, de homofobia e violência contra a mulher para verificarmos a universalidade da democracia que temos, não apenas em nosso país, mas no mundo como um todo.
Fazemos esse preâmbulo porque, neste momento em que ocorre uma eleição para Reitor da UFPB em seu 2º turno, a candidata que apoiamos, a professora Margareth Diniz, vem sendo atacada desde o primeiro turno de diversas maneiras pela candidata apoiada pelo atual Reitor, que vem fazendo de tudo para impedir sua vitória, sem no entanto merecer uma nota crítica desses setores (evidentemente, sabemos tais as razões).
Agora, no 2º turno, que ocorreu durante todo o dia 06/06, graças a uma ação judicial vitoriosa conquistada por Margareth no TRF 5º Região, os aliados da candidata da situação vieram com tudo pra cima desta com o discurso de que estava sendo quebrada a autonomia da UFPB e que, por causa disso, as pessoas não deveriam ir votar, porque isso seria legitimar uma eleição que não seria legal. Estes clamam pelo respeito à DEMOCRACIA UNIVERSITÁRIA, tão duramente conquistada ao longo dos anos e que não pode ser atropelada dessa maneira, dizem vários/as nas redes sociais.
Ninguém nega a importância e a dureza que foi conquistar a DEMOCRACIA UNIVERSITÁRIA. Mas, antes de mais nada, este blogueiro aqui queria perguntar: a DEMOCRACIA UNIVERSITÁRIA agora tem dono, é? Este blogueiro também deu sua parcela de contribuição para que ela pudesse existir e se consolidar, modéstia a parte. Além do mais, não me recordo de muitos desses democratas de plantão das redes sociais terem bradado pela autonomia da UFPB quando o Ministério Público Federal foi lá e detonou com o horário corrido dos servidores técnico-administrativos. Onde estavam vocês, heróicos defensores da autonomia universitária? Da mesma maneira, não soube de nenhum movimento desses "arautos" da democracia quando o atual Reitor, Rômulo Polari, nomeou 12 conselheiros pro tempore para o Consuni para garantir maioria neste Conselho. Por quê vocês não se manifestaram contra este atentado á democracia universitária, "paladinos da democracia"? Por fim, quando o TRE/PB exigiu que a Reitoria (segundo informes oficiais) centralizasse as urnas em local, por quê se permitiu essa intervenção nas questões internas da universidade? Mais uma vez, onde estavam estavam vocês, heróicos defensores da autonomia universitária? Por quê não fizeram nada para impedir tal agressão?
A resposta já foi dada lá atrás, por Marx e Lenin, define-se pelo lado de classe. 

Aos democratas da UFPB de plantão, a vitória de Margareth!        

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