Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A privatização da saúde pública na PB e as furadeiras do Mago



A Paraíba assiste, há alguns meses, o caos na saúde pública em nosso estado. Médicos reclamando das condições de trabalho, do rebaixamento do valor dos plantões pagos a esses profissionais e imagens feitas pelos sindicatos ligados à categoria revelando as péssimas condições de trabalho existentes num dos maiores hospitais do Estado, o Trauma, localizado às margens da BR 230.
O governador Ricardo Coutinho, farmacêutico de profissão, formado pela UFPB, autointitulado de "socialista", está promovendo o maior ataque já sofrido pela saúde pública da Paraíba: a privatização do sistema, iniciando por uma das maiores unidades de saúde do estado, referência no tratamento a pacientes em situações extremamente graves: o Hospital de Emergência e Trauma Humberto Lucena.
A condução agora desse hospital está entregue à uma OS (Organização Social) chamada Cruz Vermelha, sob inúmeras suspeitas de sua idoneidade, levantadas por ninguém menos que o Procurador do Trabalho, Eduardo Varandas, que recentemente enumerou várias irregularidades na assinatura do contrato feito entre o governo do Estado e a dita Organização Social.
Como se não bastasse o ataque feito por Ricardo Coutinho, agora vem o seu pupilo fiel, Luciano Agra, prefeito de João Pessoa, querer imitar seu chefe e mandar para a Câmara Municipal um projeto de lei que prevê a entrada das OS's nos serviços de saúde e educação em nossa capital. 
Isso tudo acontecendo na mesma medida e velocidade em que nos chegam notícias de que o atendimento aos usuários do Hospital de Trauma continua precário e com superlotação de pacientes. O mais espantoso de tudo isso é que as notícias ruins sobre a saúde pública continua produzindo matérias nos meios de comunicação numa velocidade espantosa.  
A mais recente dá conta da utilização de furadeiras sendo utilizadas para cirurgias do crânio. Os instrumentos específicos para tais cirurgias, os craniótomos, estão passando por uma manutenção eterna, daquelas que só a morosidade do serviço público ineficiente pode explicar.
Até os equipamentos necessários para a realização de cirurgias extremamente delicados ficarem disponíveis para os médicos poderem fazer suas cirurgias, vamos rezar e torcer pelo sucesso de tais cirurgias, tanto para o paciente quanto para o cirurgião.


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