Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Por quê a AETC JP não fala sobre o UBER???



A pergunta-título do artigo acima colocado procura responder a uma dúvida que venho me perguntando há muito tempo, desde que essa polêmica sobre o sistema UBER se instalou em nossa cidade, no ano passado. Venho perguntando isso a muitas pessoas, especialmente taxistas, com os quais falo constantemente em nossa "Cidade das Acácias".
Antes de buscar responder a essa pergunta, procurarei me aprofundar à polêmica do UBER em si, tão vivamente acendida em nossa capital, de uns tempos para cá. Antes de mais nada, só relembrar a todos/as como, basicamente, se dá o sistema: um/a profissional do volante pega seu veículo, habilita-o na UBER e, a cada corrida que faz, destina 25% do total desta ao sistema. Ou seja, de cada R$ 10 de cada corrida, R$ 2,50 vai para a UBER. Quem é o/a dono/a do sistema, ninguém sabe. É a grande incógnita da jogada...... Até agora!!!
Outra coisa, característica da UBER, é que o sistema é operado através de um aplicativo que é baixado nos computadores, smartphones, tablets, etc..., de cada pessoa e que este não paga nenhum imposto ao Estado e que, mesmo assim, pode operar sem problemas, graças a uma legislação federal, apesar de várias ações nos municípios brasileiros onde atua, inclusive em João Pessoa.
Uma outra característica do UBER, por onde ele tem passado, é a reação dos taxistas e suas associações e sindicatos. Em João Pessoa, não foi diferente, especialmente por causa deste não pagar imposto algum, ao contrário dos taxistas. 
Mas, em João Pessoa, ao contrário de outros locais, a tática usada por estes foi diferenciada de outros cantos. Em audiência realizada na Câmara Municipal da Capital, chamada pelo vereador Lucas de Brito (PSL), e com a presença do superintendente da SEMOB, Carlos Batinga, o referido sindicato, através de seu presidente, afirmou que defendia a regulamentação do UBER, desde que este pagasse impostos, tal e qual a categoria. Tática correta deste, devo afirmar.
Porém, quero afirmar aqui, neste artigo, o que ninguém, nem a SEMOB, por meio de seu superintendente, nem seu aliado, o dirigente da AETC JP, Mário Tourinho (um preposto das empresas de ônibus de João Pessoa), têm coragem de afirmar, em alto e bom som, que o mesmo deveria ocorrer com os transportes alternativos. Pois esta é a luta destes, há pelo menos uma década em nosso Estado: a regulamentação. E que vem sendo impedida por esses senhores e pelo lobby dos empresários de ônibus chefiados por esses mesmos senhores. Ou alguém já viu ou ouviu esses falarem algo contra o sistema UBER??? Mas, contra os transportes alternativos, TUDO. Já fizeram até uma associação fantasma para combater o setor!!!
Como o sindicato dos taxistas, na palavra de seu presidente, somos a favor da regulamentação do UBER, desde que paguem os mesmos impostos que os taxistas. Mas, se vale para o UBER, tem que valer também para o transporte alternativo!!!
Afinal de contas, existe uma semelhança e uma diferença entre o UBER e o alternativo: a semelhança é que ambos usam carros particulares; a diferença é que, no UBER, rola muito dinheiro para o/a dono/a do sistema (para o/a condutor/a, quase nenhum), enquanto no alternativo,não tem dinheiro algum.
Será que é por causa disso que nem Batinga nem a AETC de Tourinho falam nada sobre o UBER??? 

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