Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

domingo, 24 de maio de 2015

Dilma, Eduardo Cunha e o Congresso Nacional zombam do povo brasileiro




A semana que passou foi bastante emblemática para nossa classe, ao percebermos os movimentos feitos pelo governo Dilma e o Congresso Nacional, liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Infelizmente, este emblema para a classe trabalhadora brasileira veio em forma de zombaria. Sim, é isso que Dilma, Eduardo Cunha e o Congresso Nacional estão fazendo conosco: ZOMBANDO da nossa cara, trabalhadores/as!!!
A zombaria começou na quarta-feira, 20 de maio deste ano. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou um reajuste salarial de até 78% para os servidores do Judiciário federal. Aqui, queremos fazer um esclarecimento: nada temos contra de que essa categoria tenha reajuste salarial deste tamanho e receba bem pelo seu trabalho. O que não é aceitável é ver que a imensa massa de nossa classe receba um reajuste salarial de apenas 8,8% no salário mínimo, com o argumento de que se for maior do que isso, quebra o país. E este reajuste, por acaso, ajuda o país a crescer? Só para ilustrar, se os/as trabalhadores/as que recebem salário mínimo, tivessem esse reajuste de 78%, seu salário teria saído de R$ 724 para R$ 1288,72. Não resolveria a crise porque nossa classe passa, mas já ajudaria um pouco na resolução de seus problemas. Ainda estaria muito longe do salário mínimo ideal, segundo a Constituição e o Dieese, que hoje deveria estar em R$ 3251,61, mais que o dobro e meio do salário mínimo com o reajuste igual ao dos servidores do Judiciário. 
No mesmo dia, 20 de maio de 2015, os/as deputados/as federais aprovaram, por maioria de votos, a construção de um anexo da Câmara dos Deputados, onde neste haverá um shopping center, que será construído através de uma PPP - Parceria Público-Privado -. Foi uma vitória (mais uma) pessoal de Eduardo Cunha (PMDB/RJ), presidente da Câmara, na sua luta contra o governo Dilma. Nesta briga de cachorro grande, quem mais uma vez paga a conta somos nós, trabalhadores/as brasileiros/as.
Pra fechar a semana com chave de ouro, o governo Dilma anunciou o maior corte no orçamento da União da história brasileira. De uma canetada só, o governo Dilma cortou quase R$ 70 bi nos investimentos a serem feitos, pegando todos os ministérios sem exceção. Quem puxou a lista do corte foram os ministérios das Cidades (corte de R$ 17,23 bi), Saúde (corte de R$ 11,77 bi) e Educação (corte de R$ 9,42 bi). E tudo isso para quê, segundo o governo? Tentar atingir a meta do superávit primário este ano, que é de R$ 66,3 bi. E para que serve o superávit primário? Economizar dinheiro público para pagar os juros da dívida pública. Ou seja, o governo Dilma retira dinheiro da moradia popular, da saúde e educação públicas, da reforma agrária, dos transportes e de outras áreas sociais, para assim encher mais ainda os bolsos dos banqueiros nacionais e internacionais. Alguém consegue enxergar alguma diferença entre o governo do PT e o do PSDB, na era FHC?
Tudo isso ocorrendo num momento em que o governo Dilma e seus aliados no Congresso afirmam, com total ênfase, que é preciso apertar os cintos por conta da crise econômica que atravessa o país. Porém, o exemplo que deveria vir de cima não acontece, fazendo com que todos/as nós, assistamos a esse espetáculo de zombaria que a elite política e econômica fazem conosco.
Além de tudo isso, promovem um dos mais duros ataques à nossa classe, via PL 4330, MP's 664 e 665 e a mudança no cálculo das aposentadorias, agora com a fórmula 85/95, que vai dificultar ainda mais a aposentadoria de nossa classe. Não satisfeitos, o governo Dilma e o Congresso Nacional tomam medidas que vão na contramão do discurso oficial acima citado, promovendo assim uma CHACOTA com nosso povo, que não pode assistir de forma passiva tudo isso.
Por isso, é FUNDAMENTAL a participação de nossa classe, de todas as categorias de trabalhadores/as, no próximo dia 29/05, no Dia Nacional de Paralisação, contra o PL 4330, as MP's 664 e 665 e contra o ajuste fiscal de Dilma e do Congresso Nacional, rumo à Greve Geral. Só assim, com povo na rua, é que poderemos barrar todos esses ataques feitos aos nossos direitos e conquistas.    

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