Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

segunda-feira, 10 de julho de 2017

A "unidade" entre PT e PSB em Bayeux




Recentemente, nas últimas eleições municipais, ocorrida em outubro de 2016, em todo o país e também em Bayeux, PT e PSB marcharam em campos opostos. O primeiro (PT) participou e apoiou, desde a primeira hora, o candidato Berg Lima, do então PTN, incluindo uma ampla aliança eleitoral, donde participava não apenas o PTN e PT, mas também legendas de direita, como PR, PTC, PTB, PHS, PPS, a legenda de verniz de "esquerda" REDE  e o tucano PSDB, que tinha o vice na chapa, Luiz Antonio. Já o PSB, partido do governador Ricardo Coutinho em nosso Estado, tinha candidatura própria, o então prefeito da cidade, Expedito Pereira, que tentava na ocasião seu quinto mandato à frente da Prefeitura local, também comandando uma ampla aliança, que incluía partidos de direita, como PMDB, PSD, PSL, DEM, PRB, PV, PMN, PSC, PP, PRP, e os representantes da "esquerda oficial", PDT e PCdoB. Haviam outras candidaturas, mas essa era a polarização que se dava em Bayeux, na campanha eleitoral do ano passado. E, nesse aspecto, PT  e PSB estavam (aparentemente) em campos opostos, como se pode notar.
Afirmamos aparentemente porque, assim que venceu as eleições, com ampla maioria de votos e tomou posse, em 1º de janeiro desse ano, os dois partidos - PT  e PSB -, passaram a apoiar o novo prefeito de Bayeux, Berg Lima (agora Podemos), e seu vice, Luiz Antonio (PSDB). Já na campanha, haviam alguns questionamentos ao apoio dado pelo PT ao então candidato Berg Lima e, após sua posse, mais críticas à participação desse partido à sua integração à nova gestão municipal. Tudo por conta da presença do PSDB na composição da nova Prefeitura de Bayeux, afinal, todos/as sabem que os dois partidos (PT  e PSDB) são adversários ferrenhos em nível nacional, tendo duramente se enfrentado nas últimas eleições presidenciais, com Lula e Dilma e, mais especialmente, na recente eleição de Dilma. Quando esta ganhou, o PSDB com Aécio Neves à frente, iniciou um duríssimo processo de ataques ao PT e a seu governo, que culminou com o impeachment de Dilma Rousseff e toda essa crise que estamos assistindo em nosso país, desde então. Assim, por causa disso, PT e PSDB não costumam sentar-se à mesma mesa, como diz o dito popular. Porém, em Bayeux, isso foi quebrado na prática com a gestão Berg Lima. E contou com a presença do PSB, acompanhando o PT nessa empreitada política. Sendo que o PT estava no governo e o PSB, no Legislativo. Mas, ambos apoiando o governo Berg Lima na cidade de Bayeux. Era a unidade entre as duas legendas se confirmando na prática, abençoadas pela presença do PSDB no Poder Executivo, numa das maiores cidades da Paraíba.
Ao longo do mandato de Berg Lima, todos/as  começaram a perceber os inúmeros problemas que esta enfrentava na gestão, com vários setores,mas esta unidade parecia não se incomodar com isso e continuava, de certa forma, preservada. Até que chega o dia 05 de julho de 2017 e tudo muda de figura, não apenas em Bayeux e na gestão Berg Lima, mas também na relação dessas legendas com esta.
No dia seguinte ao "terremoto político"  que varreu Bayeux, com a prisão em flagrante de Berg Lima e seu imediato afastamento do cargo de prefeito determinado pelo TJPB, além da posse do vice-prefeito da cidade, Luiz Antonio, no cargo de prefeito, o PT de Bayeux anunciou, através de uma nota, que lamentava profundamente os acontecimentos recentes vivenciados em Bayeux e, após uma série de motivações expostos nessa nota, anunciava que estava se retirando da gestão municipal, com a posse do novo prefeito da cidade.
Neste sábado, 08 de julho do corrente ano, em declaração dada ao jornalista Anderson Soares, publicada em seu blog (http://blogdoandersonsoares.com.br/2017/07/08/kita-diz-que-psb-e-oposicao-ao-governo-interino-representamos-projetos-diferentes/), o presidente do PSB  de Bayeux, vereador Kita, afirmou que seu partido será oposição ao novo prefeito, Luiz Antonio, por conta de PSB e PSDB serem "adversários em nível estadual".
Até nesse momento, PT e PSB possuem unidade. Até recentemente, quando Berg Lima estava comandando a Prefeitura de Bayeux, apesar de todos os ataques que sofria, seja da Câmara Municipal. seja da categoria dos servidores municipais, tanto PT quanto PSB defendiam e participavam dessa gestão, inclusive com cargos dentro dela. Agora, que seu principal chefe foi pego com a "boca na botija", preso em flagrante, recebendo dinheiro de um dono de restaurante local em troca de pagar dívidas da Prefeitura a esse empresário, os dois partidos se retiram da Prefeitura, porque "descobriram" que seus partidos são adversários do PSDB. 
Fica a pergunta: agora, PT e PSB de Bayeux entenderam que o PSDB é completamente diferente desses (pelo menos, em tese)??? Ou será que, com isso, pretendem enganar o povo de Bayeux, mais uma vez???
Ficam as perguntas. As respostas, o povo as dará!!!   

0 comentários:

Postar um comentário