Jornada Nacional de Lutas, Brasília, 24/08/2011

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Trump merece mais créditos do que críticas

 




             Muitas pessoas que me conhecem – e que não me conhecem também – me criticarão apenas por causa do título deste artigo. E não as culpo por isso. Se se restringirem apenas à leitura do título. Mas, se lerem o restante das linhas que acompanham o mesmo, talvez acabem concordando comigo.

            Donald Trump tornou-se, em 20 de janeiro deste ano, o 47º presidente dos EUA. E também o 1º CONDENADO pela Justiça norte-americana a assumir a presidência do país. Estas foram as duas ÚNICAS novidades que cercaram a cerimônia de posse do republicano nascido em Nova Iorque há 78 anos (completará 79 anos em junho deste ano). As medidas já anunciadas por ele, após sua posse, não são nenhuma novidade. Pelo menos, para quem já conhece minimamente Trump.

            Suspensão de programas voltados para os LGBTQI+, para os refugiados (inclusive os já autorizados), proibição do direito à cidadania para os filhos de imigrantes nascidos nos EUA (contrariando a Emenda nº 14 da Constituição dos EUA), retirada dos EUA da OMS (assim como já havia feito no mandato anterior), anúncio de sanções comerciais à Rússia, caso Putin não chegue a um acordo com a Ucrânia sobre o fim da guerra, ameaças ao Panamá sobre o controle do Canal do Panamá e à Dinamarca sobre a conquista da Groenlândia, além de uma declaração pra lá de esnobadora sobre o Brasil e a América Latina. Tudo isso anunciado em pouco mais de 3 dias de segundo mandato de Trump na Casa Branca.

            Que o republicano chegaria à Casa Branca para exercer seu segundo mandato mais fortalecido e radicalizado, todos/as já sabiam. Inclusive os representantes da elite europeia, presentes na União Europeia. Porém, creio que boa parte destes não tinham compreensão de que a “batida do bombo”, como se diz no popular, poderia ser tão pesada em tão pouco tempo.

            Por isso, a razão do título. Na minha avaliação, Trump merece mais créditos do que críticas. Por uma simples razão: ele é o inimigo que conhecemos. Que temos a certeza que é nosso inimigo. Ao contrário de outros/as, que posam de “defensores dos trabalhadores”, de “amigos dos trabalhadores”, mas na hora H, fazem o jogo dos ricos e poderosos, dando as migalhas para a classe trabalhadora e sua juventude igualmente explorada pelo capital.


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